Résumé
Introdução: a execução do preparo químico-mecânico é incapaz de promover a eliminação de microrganismos aderidos nos canais radiculares, originando, como recurso complementar, a medicação intracanal. Em casos específicos, faz-se necessária a implementação de protocolos que estendam o tratamento em várias sessões, sendo esse um ponto negativo, uma vez que depende da cooperação do paciente, em decorrência dos sucessivos retornos. Desse modo, torna-se importante a disponibilidade de uma associação de medicamentos que possa permanecer dentro do canal radicular por longos períodos, preservando a atividade de cada uma das substâncias empregadas, o que pode ser alcançado pela associação do hidróxido de cálcio à clorexidina gel a 2% e ao óxido de zinco. Relato de caso: após a desobturação do canal radicular do dente #11, com a utilização de brocas Gates-Glidden e limas tipo K associadas a um solvente de guta-percha, foi realizado um curativo de demora, com pasta de hidróxido de cálcio, que permaneceu por um período de 20 dias, sem a remissão dos sintomas. Foi, então, inserida a pasta de hidróxido de cálcio, clorexidina gel a 2% e óxido de zinco na proporção de 2:1:2, permanecendo pelo período de 5 meses sem renovações periódicas, até que se constatasse radiograficamente a regressão da lesão. Conclusão: a associação de medicamentos foi efetiva no controle da infecção, sem a necessidade de renovação periódica do curativo.