RÉSUMÉ
This work presents the observed changes in Wistar rats under long treatment (thirteen weeks) with different oral doses of the ethanolic extract (EE) from Jatropha gossypiifolia L., Euphorbiaceae. The most significant toxic signs indicated a reduction of the activity in the central nervous system and digestive disturbances. The histopathological analysis shows hepatotoxity and pulmonary damages. The lethality was 46.6% among males under the higher experimental dose (405 mg/kg) and 13.3% both in females under the higher dose and among the animals treated with 135 mg/kg of the product. These data show the significant oral chronic toxicity of EE of J. gossypiifolia in rats.
RÉSUMÉ
The cardiovascular effects elicited by the ethanolic extract obtained from the roots of Erythroxylum pungens O.E. Schulz, Erythroxylaceae (EEEP) and the vasorelaxant effect induced by its main tropane alkaloid (pungencine) were investigated. In normotensive rats, administration of EEEP (1, 10, 30 and 60 mg/kg i.v., randomly) produced dose-dependent hypotension (-2±1, -7±0.5 -17.6±1, -24±1 Δ mmHg, n=5) followed by tachycardia (3±0.5, 7±2, 7.1±1, 10±5 Δ bpm, n=5). In intact phenylephrine (Phe, 10 µM)-pre-contracted rings, EEEP (0.01-500 µg/mL) induced concentration-dependent vasorelaxation (EC50 13.7±5.5 µg/mL, Maximal Response= 92±2.6%), and this effect was unchanged after the removal of the vascular endothelium (EC50 27.2±4.7 µg/ml, Maximal Response= 88.3±3.3 %). In KCl (80 mM)-pre-contracted-endothelium-denuded rings, EEEP elicited concentration-dependent relaxation (EC50= 128.2±11.2 µg/mL, Maximal Response 76.8±3.4%). Vasorelaxation has also been achieved with tonic contractions evoked by the L-type Ca2+ channel agonist Bay K 8644 (EC50 80.2±9.1 µg/mL, Maximal Response 86.3±8.3%). In addition, in a depolarizing medium, EEEP inhibited CaCl2 (30-500 µg/mL) induced contractions and caused a concentration-dependent rightward shift of the relaxation curves. Lastly, the tropane alkaloid pungencine caused vasorelaxation in mesenteric arteries resembling to the EEEP responses. These results suggests that EEEP induces hypotension and vasorelaxation, at least in part, due to the reduction in [Ca2+]i in vascular smooth muscle cells.
RÉSUMÉ
Pradosia huberi (Ducke) Ducke (Sapotaceae), an Amazonian species, is popularly known as "casca-doce" and used in the folk medicine for the treatment of gastritis. The ethanol extract of the bark contains mainly polyphenolic compounds, which are known to show a large number of activities, including cardioprotective and vasorelaxant effects. The aim of this study was to evaluate the pharmacological properties induced by P. huberi ethanol extract (PHEE) and fractions and 2-3-dihydromyricetin-3-O-α-L-rhamnoside derived from this extract, in isolated rat mesenteric arteries. PHEE was separated and the following fractions were obtained: CHCl3, CHCl3:AcOEt (1:1), AcOEt, AcOEt:MeOH (1:1) and MeOH. We isolated 2-3-dihydromyricetin-3-O-α-L-rhamnoside from the MeOH fraction, which was identified by¹H and 13C NMR spectra and compared with data in the literature. PHEE (1-100 µg/mL) induced concentration-dependent relaxations of 10 µM phenylephrine-induced tone (EC50=17,1±2,9 µg/mL; Emax=87.4±2.9 percent, n=8). The MeOH fraction also relaxed mesenteric rings (EC50=31±2.0 µg/mL; Emax=54±12.5 percent, n=6) but less effectively when compared to PHEE. Both effects were completely abolished after removal of the vascular endothelium. The AcOEt:MeOH (1:1) fraction and the isolated flavonoid were ineffective in eliciting vasorelaxation. The study demonstrates that PHEE and MeOH fraction of Pradosia huberi possess a vasorelaxant effect, which may be completely dependent upon endothelium. The isolated flavonoid is not responsible for this vasorelaxant effect.
Pradosia huberi (Ducke) Ducke (Sapotaceae), espécie Amazônica popularmente conhecida como "casca-doce" é utilizada na medicina tradicional no tratamento de gastrite. O extrato etanólico de suas cascas é rico em polifenóis que podem apresentar um grande número de atividades, incluindo efeito vasorelaxante e cardioprotetor. O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades farmacológicas do extrato etanólico (EPH), de frações e da 2,3-diidromiricetina-3-O-α-L-raminosídeo isolados de P. huberi, em artéria mesentérica isolada de rato. O EPH foi fracionado resultando nas seguintes frações: CHCl3, CHCl3:AcOEt (1:1), AcOEt, AcOEt:MeOH (1:1) e MeOH. Da fração MeOH foi isolada a 2,3-diidromiricetina-3-O-α-L-raminosídeo e identificada através de espectro de RMN de ¹H e 13C, além de comparações com os dados de literatura. EPH (1-100 µg/mL) promoveu relaxamento dependente de concentração no tônus vascular induzido por 10 µM de fenilefrina (CE50=17,1±2,9 µg/mL; Emax=87,4±2,9 por cento, n=8). A fração MeOH também relaxou os anéis mesentéricos (CE50=31±2,0µg/mL; Emax=54±12,5 por cento, n=6), porém com menor eficácia quando comparado ao efeito de EPH. Tanto o efeito de EPH com de MeOH foram completamente abolidos após a remoção do endotélio vascular. A fração AcOEt:MeOH (1:1) e o flavonoide isolado induziram vasorelaxamento. O estudo demonstrou que o EPH e a fração MeOH de Pradosia huberi apresentam propriedade vasorelaxante que pode ser completamente dependente da presença do endotélio. O flavonoide isolado não é o responsável por este efeito vasorelaxante.
RÉSUMÉ
This study aimed to evaluate the molluscicidal and larvicidal activity of some essential oils and phytochemicals from medicinal plants. Molluscicide and larvicidal activity were determined by, respectively, the lethality bioassays using Artemia salina Leach. Artemiidae and Aedes aegypti L. Culicidae larvae. Essential oils from Eugenia uniflora L. Myrtaceae, Laurus nobilis L. Lauraceae, Origanum vulgare L. Lamiaceae and the phytochemicals α-pinene and eugenol presented citotoxicity toward Artemia salina with CL50 values between 9.59 and 253.43 μL/mL. Essential oils from E. uniflora, M. piperita, O. vulgare and R. officinalis showed embryotoxicity on Aedes aegypti larvae with a viability inhibition between 40 and 100 percent. These results show the bioactivity of the assayed essential oils and phytochemicals and, partially, justify their insertion in further evaluation in order to establish a safe exploitation of their biological potentiality.
Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade moluscicida e larvicida de alguns óleos essenciais e fitoconstituintes de plantas medicinais. A atividade moluscicida e larvicida foi determinada empregando-se, respectivamente, o teste de letalidade contra náupilos de Artemia salina Leach. Artemiidae e contra larvas de Aedes aegypti L. Culicidae. Os óleos essenciais de Eugenia uniflora L. Myrtaceae, Laurus nobilis L. Lauraceae, Origanum vulgare L. Lamiaceae e os fitoconstituintes α-pineno e eugenol mostraram bioatividade citotóxica frente A. salina com valores de CL50 entre 9,59 e 253,43 μL/mL. Os óleos essenciais de E. uniflora, M. piperita, O. vulgare e R. officinalis apresentaram atividade de embriotoxicidade sobre as larvas de A. aegypti mostrando uma variação de inibição de viabilidade entre 40 e 100 por cento. Estes resultados demonstram o potencial de bioatividade desses óleos essenciais e fitoconstituintes e justificam, parcialmente, o desenvolvimento de estudos com esses produtos para uso popular.
RÉSUMÉ
Neste estudo, foram realizados ensaios clínicos toxicológicos, fase I, do produto fitoterápico composto pelas plantas medicinais Schinus terebinthifolius Raddi, Plectranthus amboinicus Lour e Eucalyptus globulus Labill. O estudo foi realizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB/PB e, para isto, foram selecionados 28 voluntários sadios, sendo 14 homens e 14 mulheres que ingeriram por via oral, ininterruptamente durante 8 semanas, 15 mL do produto, três vezes ao dia; e no 3º e 7º dia, 3ª e 6ª semanas e 24 h após a 8ª semana, foram feitas avaliações clínicas e laboratoriais para análise da toxicidade aguda e crônica. Os resultados obtidos demonstraram que os pacientes não apresentaram alterações clínicas, laboratoriais e reações adversas significantes, apenas pequenas alterações foram detectadas no sangue através da aspartato transaminase (AST) e fosfatase alcalina no grupo feminino para um p < 0,05; no entanto, estes valores determinados permaneceram dentro dos valores de normalidade para indivíduos adultos. Conclui-se que estes dados, em complementação àqueles obtidos com os estudos pré-clínicos, confirmam a baixa toxicidade do produto fitoterápico.
In this study, phase I clinical toxicological assays of the herbal medicine composed of the medicinal plants Schinus terebinthifolius Raddi, Plectranthus amboinicus Lour and Eucaliptus globulus Labill were performed. The study was carried out at Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB/PB/Brazil and for this purpose, 28 healthy volunteers were chosen, 14 men and 14 women who ingested 15 mL of the medicine per oral, with no interruption, three times a day; and on the 3rd and 7th days, on the 3rd and 6th weeks and 24h after the 8th week, clinical and laboratory evaluations were performed to analyze the acute and chronic toxicity. As results, the patients did not show significant clinical and laboratory alterations and adverse reactions, only little alterations were detected in blood through aspartate transaminase (AST) and alkaline phosphatase in the female group to a p < 0.05; however, these values are according to the normality standard for adult individuals. It can be concluded that these data, complementary to those obtained with the preclinical studies, confirm the low toxicity of the herbal medicine.
RÉSUMÉ
A Jatropha gossypiifolia L. apesar de ser usada na medicina popular com finalidades diversas, é uma espécie classicamente catalogada como tóxica. Este trabalho teve como objetivo a pesquisa de alterações histopatológicas em vísceras de ratos sob tratamento agudo com o extrato etanólico (EE) da Jatropha gossypiifolia L. Ratos Wistar foram tratados por via oral (gavagem) com doses únicas do extrato de até 5 g/kg e observados por 14 dias. Após esse período, os animais foram sacrificados por tração cervical e as vísceras foram coletadas. O coração, o fígado e o rim foram seccionados por incisão sagital e os pulmões submetidos à perfusão via traquéia, com solução de formol a 10 por cento. As secções teciduais foram processadas conforme os métodos habituais, coradas pela hematoxilina-eosina e tricômico e observadas ao microscópio óptico. Apenas nos animais tratados com a maior dose do extrato (5 g/kg) foram observadas alterações em fígado e pulmão evidenciadas por resposta inflamatória e estimulação do sistema imunitário. Estes resultados indicam uma toxicidade aguda oral relativamente baixa; entretanto, corroboram com os indícios de hepatotoxicidade já publicados, expondo ainda um potencial de toxicidade pulmonar do produto, o que ressalta a importância de estudos toxicológicos de longa duração com o EE da espécie Jatropha gossypiifolia L.
Jatropha gossypiifolia L. has been used in folk medicine in Brazil despite its classification as a toxic plant. The aim of this work was the assessment of histopathological a lterations in rats after acute treatment with the ethanol extract (EE) from Jatropha gossypiifolia L. Wistar rats were treated by gavage with single doses of EE until the limit dose of 5 g/kg (w.b.). 14 days after treatment the rats were sacrificed and the viscera were collected. The hard, liver and kidney were sectioned by sagittal incision and the lung submitted to perfusion with phormol (10 percent). The histological sections were processed by the usual methods in hematoxilin-eosin and trichrome staining and were observed through optical microscopy. Only in treated rats with 5 g/kg (w.b.) we observed some alterations in the liver and lung that means inflammatory response and immune activation. These results indicate a low oral acute toxicity, in relative terms, however, it was confirmed the hepatic toxicity already reported and showed the importance of long-term toxicological studies of the EE from Jatropha gossypiifolia L.
RÉSUMÉ
The essential oils obtained by steam distillation from the roots, stems, leaves and fruits of Ocotea duckei had their composition analyzed by GC-MS. The pharmacological activity of these oils was also evaluated showing significant cardiovascular effects. Forty-nine substances were identified, consisting of a complex mixture of monoterpenes (45 percent) and sesquiterpenes (55 percent). The fruits yielded (1.9 percent) more essential oil than the stems (1.0 percent), roots (0.8 percent) and leaves (0.7 percent). The main component in the oil of the leaves was trans-caryophyllene (60.54 percent), in the stem bark beta-eudesmol (27.51 percent) and in the fruits, dl-limonene (30.12 percent). The predominant essential oil component in the roots was elemol (24.31 percent). In non-anaesthetized normotensive rats, the essential oils from different parts of Ocotea duckei (leaves, fruits, stem and roots) induced significant (p < 0.05) hypotension followed by bradycardia.
O óleo essencial obtido da destilação por vapor de água das folhas, caule, raíz e frutos de Ocotea duckei teve sua composição química analisada através de CG-EM. A atividade farmacológica desses óleos também foi avaliada, mostrando significantes efeitos cardiovasculares. Quarenta e nove substâncias foram identificadas, constituída por uma mistura complexa de monoterpenos (45 por cento) e sesquiterpenos (55 por cento). Os frutos forneceram (1,9 por cento) mais óleo essencial do que os caules (1,0 por cento), raízes (0,8 por cento) e folhas (0,7 por cento). O principal componente encontrado nas folhas foi o trans-cariofileno (60,54 por cento), nas cascas do caule, beta-eudesmol (27,51 por cento) e nos frutos, dl-limoneno (30,12 por cento). O componente predominante do óleo essencial das raízes foi elemol (24,31 por cento). Em ratos normotensos, não anestesiados, o óleo essencial de diferentes partes de Ocotea duckei (folhas, frutos, caule e raiz) induziu significante (p < 0,05) hipotensão seguido de bradicardia.
Sujet(s)
Animaux , Rats , Chromatographie gazeuse-spectrométrie de masse , Lauraceae/composition chimique , Huile essentielle , Ocotea/composition chimiqueRÉSUMÉ
The Brazilian polyherbal formulation (BPF) is composed by dyes of Eucalyptus globulus Labill, Peltodon radicans Pohl and Schinus terebinthifolius Raddi in alcohol at 13.3° GL. The formulation is popularly used in Paraíba state, Brazil since 1889 and it is used as an antiseptic and anti-inflammatory medicine. The aim of this study was to evaluate the anti-inflammatory property of the polyherbal formulation. For this purpose it was used the12-O-tetradecanoylphorbol 13-acetate (TPA) and capsaicin-induced mouse ear edema and the carrageenan-induced rat paw edema. The BPF at dose of 26 mL/Kg inhibited both 12-O-tetradecanoylphorbol 13-acetate (TPA) and capsaicin-induced ear edema by 49 percent (p < 0.05) and 24 percent (p < 0.01) respectively. Preliminary results on carrageenan-induced rat paw edema demonstrated that oral administration also inhibited the paw edema by approximately 29 percent. The results demonstrate that the Brazilian polyherbal formulation has anti-inflammatory activity and the better dose was the one used by the population.
O medicamento fitoterápico brasileiro - BPF é composto de corantes das plantas Eucalyptus globulus Labill, Peltodon radicans Pohl e Schinus terebinthifolius Raddi em alcool a 13,3° GL. Este medicamento é popularmente usado no estado da Paraíba, Brasil desde 1889 como anti-séptico e antiinflamatório. O objetivo deste estudo foi avaliar a propriedade antiinflamatória deste medicamento fitoterápico. Para tal, foram utilizadas as técnicas de edema de orelha em camundongos induzido por 12-O-tetradecanoilforbol 13-acetato (TPA) ou capsaicina e o edema de pata de rato induzido por carragenina. O BPF na dose de 26 mL/kg inibiu tanto edema de orelha induzido por TPA como por capsaicina a 49 por cento (p < 0.05) e 24 por cento (p < 0.01) respectivamente. Estudos preliminares utilizando a técnica de edema de pata induzido por carragenina demonstraram que a administração oral também inibiu o edema de pata em aproximadamente 29 por cento. Os resultados demonstraram que o medicamento fitoterápico brasileiro (BPF) apresentou propriedades antiinflamatórias e a melhor dose foi aquela que é usada pela população.
Sujet(s)
Animaux , Souris , Rats , Anti-inflammatoires , Capsaïcine , Médicaments Phytothérapeutiques , Plantes médicinalesRÉSUMÉ
Este trabalho teve como objetivo a avaliação da toxicidade aguda do extrato etanólico (EE) de partes aéreas de Jatropha gossypiifolia L., espécie vegetal muito usada na medicina popular, apesar de ser catalogada como planta tóxica. Ratos Wistar foram tratados por via oral com doses únicas do extrato (1,2 g/kg; 1,8 g/kg; 2,7 g/kg; 4,0 g/kg e 5,0 g/kg) e observados por 14 dias. Os principais sinais de toxicidade encontrados, em alguns animais, foram: ptose palpebral, perda de peso e paralisia do trem posterior. Outras alterações significativas ocorreram apenas em machos tratados com a dose de 5 g/kg: aumento dos níveis sangüíneos de creatinina, AST, sódio e potássio; diminuição dos níveis de uréia e albumina; leucopenia, além de discretas alterações na coloração e consistência de vísceras. A dose letal mediana (DL50) foi superior a 4,0 g/kg para machos e maior do que 5,0 g/kg para fêmeas. Estes resultados indicam uma toxicidade aguda oral relativamente baixa; contudo, ressaltam a necessidade da realização de estudos toxicológicos de longa duração com o EE de J. gossypiifolia L.
The aim of this work was the assessment of acute oral toxicity of the ethanol extract (EE) of the aerial parts of Jatropha gossypiifolia L. This plant is used in folk medicine despite its classification as a toxic plant. Wistar rats were treated per oralis with single doses of EE [1.2 g/kg; 1.8 g/kg; 2.7 g/kg; 4.0 g/kg and 5.0 g/kg (w.b.)] and observed for 14 days. The most important signs of toxicity were: ptosis; reduction of body weight and hindlimb paralysis. Other sgnificant alterations occurred only in males treated with 5.0 g/kg (w.b.): increase of creatinine, AST, sodium and potassium seric levels; reduction of urea and albumin; leukopenia and small alterations in color and consistence of viscera. The LD50 value was higher than 4.0 g/kg (w.b.) for males and higher than 5.0 g/kg (w.b) for females. These results indicate a low oral acute toxicity, in relative terms, however it shows the importance of long-term toxicological studies of the EE from J. gossypiifolia.
RÉSUMÉ
Inhibition of Angiotensin Converting Enzyme (ACE) is a modern therapeutic target in the treatment of hypertension. Within the enzyme cascade of the renin-angiotensin system, ACE removes histidyl-leucine from angiotensin I to form the physiologically active octapeptide angiotensin II, one of the most potent known vasoconstrictors. Therefore, a rationale for treating hypertension would be to administer drugs or natural compounds which selectively inhibit ACE. The present work constitutes a review of the literature of plants and chemically defined molecules from natural sources with in vitro anti-hypertensive potential based on the inhibition of ACE. The review refers to 321 plants, the parts utilized, type of extract and whether they are active or not. It includes also the names of 158 compounds isolated from higher plants, marine sponges and algae, fungi and snake venom. Some aspects of recent research with natural products directed to produce anti-hypertensive drugs are discussed. In this review, 148 references were cited.
A inibição da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) é um alvo terapêutico moderno e eficaz no tratamento da hipertensão arterial. Na cascata enzimática que envolve o sistema renina-angiotensina, a ECA promove a remoção dos aminoácidos histidil-leucina da angiotensina I para formar o octapeptídio angiotensina II, a qual é fisiologicamente ativa em diversos sistemas, e considerado como um dos mais potentes vasoconstrictores endógenos conhecido. Portanto, uma racionalidade no tratamento da hipertensão seria administrar drogas ou compostos de origem natural que inibam seletivamente a ECA. O presente estudo constitui uma revisão da literatura sobre plantas e moléculas de origem natural com potencial anti-hipertensivo, baseado na inibição in vitro da ECA. A revisão referencia 321 plantas, partes usadas, tipo de extrato e se é ativo ou não. Inclui ainda o nome de 158 compostos isolados de plantas superiores, esponjas e algas marinhas, fungos e venenos de cobra. Alguns aspectos de pesquisa recente com produtos naturais direcionados à produção de drogas anti-hipertensivas também são discutidos. Nesta revisão 148 referências foram consultadas.
RÉSUMÉ
The cardiovascular effects induced by the hydroalcoholic extract of the stem of Xylopia cayennensis (HEXC) were studied in rats using a combined in vivo and in vitro approach. In non-anesthetized rats, HEXC injections produced a significant and dose-dependent hypotension associated with an increase in heart rate. The hypotensive response was not attenuated after nitric oxide (NO) synthase blockade, L-NAME (20 mg/Kg, i.v.). In isolated rat superior aortic rings, HEXC was able to relax the tonus induced by phenylephrine (1 µM) and KCl (80 mM), (EC50 = 85±13 and 62±5 µg/mL, respectively). The smooth muscle-relaxant activity of HEXC was not inhibited by removal of vascular endothelium (EC50 = 58±6 µg/mL). HEXC antagonized CaCl2-induced contractions in depolarizing medium nominally without Ca2+. HEXC inhibited the intracellular calcium-dependent transient contractions induced by caffeine (20 mM) in Ca2+-free solution, but not those induced by norepinephrine (1 µM). In isolated rat atrial preparations, HEXC produced negative inotropic and chronotropic responses (IC50= 534±42 and 259±22 µg/mL, respectively). The results obtained suggest that the hypotensive effect of HEXC is probably due to a peripheral vasodilatation, at least, secondary to an interference with the Ca2+ mobilization as a consequence of voltage-dependent Ca2+ channel blockade and the inhibition of Ca2+ release from caffeine-sensitive intracellular stores. Finally, HEXC acts directly on the heart decreasing contractility and heart rate, these effects are of little importance to the expression of the hypotensive response induced by HEXC.
Os efeitos cardiovasculares induzidos pelo extrato hidroalcoólico do caule de Xylopia cayennensis (EHXC) foram estudados em ratos, utilizando uma abordagem combinada in vivo e in vitro. Em ratos não anestesiados, EHXC induziu uma hipotensão não dependente de dose associada com um aumento da freqüência cardíaca. Esta resposta hipontesora não foi atenuada depois do bloqueio com L-NAME (20 mg/Kg, i.v.). Em anéis de aorta isolados de rato, EHXC foi capaz de relaxar o tônus induzido por fenilefrina (1 µM) e KCl (80 mM), (CE50 = 85±13 e 62±5 µg/mL, respectivamente). A atividade vasorelaxante do HEXC não foi inibida pela remoção do endotélio vascular (CE50 = 58±6 µg/mL). HEXC antagonizou as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca+2. EHXC antagonizou de maneira dependente de concentração as contrações transientes induzidas por cafeína (20 mM), em meio livre de Ca2+, contudo não alterou aquelas induzidas por noradrenalina (1 µM). Em átrio isolado de rato, EHXC induziu um efeito inotrópico e cronotrópico negativo (CI50= 534±42 µg/mL e 259±22 µg/mL; respectivamente). Os resultados obtidos demonstram que EHXC apresenta um potente efeito hipotensor, provavelmente conseqüência da diminuição da resistência periférica total que parece ser, em parte, devido a uma ação inibitória sobre o influxo de Ca+2 através de canais de cálcio dependentes de voltagem e também através da inibição da liberação de Ca+2 dos estoques intracelulares sensíveis à cafeína. HEXC atua diretamente no coração diminuindo a contratilidade e a freqüência cardíaca, estes efeitos têm importância pequena na expressão da resposta hipotensiva induzida por HEXC.
RÉSUMÉ
Apresenta-se um sistema para informatização de experimentos hemodinâmicos com ratos. O sistema permite a aquisição de até 15 horas de experimento e armazena os dados brutos de pressão arterial, possibilitando a análise posterior dos dados obtidos.