Résumé
OBJETIVO: Traçar o perfil sócio-funcional e clínico de idosos com risco moderado de quedas e compará-lo com idosos de baixo risco, identificando os fatores avaliados que correlacionassem com o risco e o relato de queda. MÉTODOS: O estudo avaliou 49 idosos (com média de idade de 71,24 anos, DP 5,47) que procuraram atendimento num ambulatório de triagem geriátrica de um hospital de nível terciário. Foram avaliados: equilíbrio, marcha (avaliados pelo teste POMA Ia), força muscular (30's chair stand), velocidade da marcha (timed up and go), incidência de quedas e outros riscos clínicos. RESULTADOS: O grupo de risco moderado relatou mais quedas (14 idosos) do que o baixo risco (3), atingindo a significância estatística (x sobre 2 = 0,0052). Dentre os fatores de risco avaliados a presença de depressão ou antecedentes psiquiátricos foi mais freqüente no risco moderado (x sobre 2 = 0,0016), porém, não apresentou diferença quando a variável era o relato prévio de quedas. A presença de fraqueza muscular apresentou associação estatística tanto em relação ao risco (x sobre ç2 =0,0284) quanto à queda (x sobre 2 =0,0013). CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que o POMA Ia é um instrumento para a identificação de pacientes com risco de quedas e que fatores como depressão ou antecedentes e fraqueza muscular estão associados a ocorrência de quedas em idosos de risco moderado.