RÉSUMÉ
We report on an adult woman with rare coexistence of acromegaly, pheochromocytoma (PHEO), gastrointestinal stromal tumor (GIST), intestinal polyposis, and thyroid follicular adenoma. At the age of 56, she was diagnosed with acromegaly caused by a pituitary macroadenoma, treated by transsphenoidal surgery, radiotherapy, and octreotide. During routine colonoscopy, multiple polyps were identified as tubular adenomas with high-grade dysplasia on histology. Years later, an abdominal mass of 8.0 x 6.2 cm was detected by routine ultrasound. Surgical exploration revealed an adrenal mass and another tumor adhered to the lesser gastric curvature, which were removed. Pathology confirmed the diagnosis of PHEO and GIST. PHEO immunohistochemistry was negative for GHRH. During follow-up, nodular goiter was found with normal levels of calcitonin and inconclusive cytology. Near-total thyroidectomy was performed, revealing a follicular adenoma. Her family history was negative for all of these tumor types. Genetic analysis for PHEO/paraganglioma genes (SDH A-D, SDHAF2, RET, VHL, TMEM127, and MAX), and pituitary-related genes (AIP, MEN1, and p27) were negative. Though the finding of PHEO and acromegaly with multiple other tumors could be a fortuitous coexistence, we suggest that this case may represent a new variant of MEN syndrome with a de novo germline mutation in a not yet identified gene. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(8):507-12.
Relatamos o caso de uma mulher com rara coexistência de acromegalia, feocromocitoma (FEO), tumor do estroma gastrointestinal (GIST), polipose intestinal e adenoma folicular de tireoide. Aos 56 anos, ela foi diagnosticada com acromegalia por um macroadenoma hipofisário, tratado com cirurgia transesfenoidal, radioterapia e octreotide. Uma colonoscopia de rotina detectou múltiplos pólipos, que à histologia eram adenomas tubulares com alto grau de displasia. Anos mais tarde, uma ecografia detectou uma massa abdominal de 8.0 x 6.2 cm, que na exploração cirúrgica era uma lesão adrenal e outro tumor aderido à pequena curvatura gástrica. A patologia confirmou os diagnósticos de FEO e GIST. A imuno-histoquímica do FEO foi negativa para GHRH. No seguimento, encontrou-se um bócio nodular com níveis normais de calcitonina e citologia inconclusiva. Após tireoidectomia total o diagnóstico histológico foi de adenoma folicular. A história familiar era negativa para todos esses tumores. As análises genéticas para genes de síndromes de FEO/paragangliomas (SDH A-D, SDHAF2, RET, VHL, TMEM127 e MAX) e para hipofisárias (AIP, MEN1 e p27) foram todas negativas. Embora a presença de FEO e acromegalia com múltiplos outros tumores possa ser uma coexistência fortuita, acreditamos na possibilidade de uma nova variante de NEM com uma mutação germinativa de novo em um gene ainda não identificado Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(8):507-12.
Sujet(s)
Sujet âgé , Femelle , Humains , Adénomes/génétique , Tumeurs de la surrénale/génétique , Tumeurs gastro-intestinales/génétique , Tumeurs stromales gastro-intestinales/génétique , Tumeurs primitives multiples/génétique , Phéochromocytome/génétique , Tumeurs de la thyroïde/génétique , Acromégalie/complications , Acromégalie/génétique , MutationRÉSUMÉ
We present four FIPA kindred discussing clinical and molecular data and emphasizing the differences regarding AIP status, as well as the importance of genetic screening. Family 1 consists of five patients harboring somatotropinomas with germline E24X mutation in AIP. In one of the patients, acromegaly was diagnosed through active screening, being cured by surgery. Families 2 and 3 are composed of two patients with non-functioning pituitary adenomas. Family 4 comprises patients harboring a prolactinoma and a somatotropinoma. No mutations in AIP were found in these families. No patient in Family 1 was controlled with octreotide treatment, while the acromegalic patient in Family 4 was controlled with octreotide LAR. In conclusion, FIPA is a heterogeneous condition, which may be associated with AIP mutation. Genomic and clinical screening is recommended in families with two or more members harboring pituitary adenomas, allowing early diagnosis and better outcome.
Apresentamos dados clínicos e moleculares de quatro famílias com adenoma hipofisário familiar isolado (FIPA) enfatizando as diferenças na presença ou não de mutação do AIP e a importância da triagem genética. A Família 1 é composta por cinco pacientes portadores de somatotropinomas com mutação germinativa E24X no AIP. Um dos pacientes foi diagnosticado por meio de rastreio ativo, com cura cirúrgica. As Famílias 2 e 3 apresentam em sua composição dois pacientes com adenomas hipofisários não funcionantes. A Família 4 compreende dois pacientes, um com prolactinoma e outro com somatotropinoma. Não foi encontrada mutação no AIP nessas famílias. Na Família 1, não houve resposta ao octreotide, enquanto o paciente acromegálico da Família 4 foi controlado com a medicação. Em conclusão, a FIPA é uma condição heterogênea que pode estar associada à mutação do AIP e o rastreio genético/clínico é recomendado nas famílias com dois ou mais membros portadores de adenoma hipofisário. Isso permite um diagnóstico precoce, com melhor prognóstico.