Résumé
Objetivo: Estudar pacientes diabéticos e não diabéticos em UTI, quantoà etiologia das infecções do trato urinário e resistência aos antibióticos,como a produção de beta-lactamase de espectro ampliado e resistênciaàs quinolonas. Métodos: O critério de inclusão para este estudo foia presença de urocultura positiva, glicemia maior que 126 mg/dl eglicemia menor que 100 mg/dl. Foi possível incluir 494 pacientes,210 diabéticos e 284 não diabéticos. Resultados: O uropatógenoisolado, em ambos os grupos, com maior freqüência foi Eschericiacoli, com uma diferença significativa (p = 0.0001) nos pacientes nãodiabéticos (60%) comparados aos diabéticos (31%). A infecção do tratourinário causada por Candida albicans teve uma prevalência de 30%nos pacientes diabéticos e de 16% nos não diabéticos (p = 0,003).A produção de beta-lactamase de espectro ampliado foi encontradacom maior freqüência nas Klebsiella pneumoniae, porém sem diferençasignificativa entre os grupos. Já a Escherichia coli produtora de betalactamasede espectro ampliado foi mais freqüente em pacientesdiabéticos (12%) do que nos pacientes não diabéticos (4%) (p =0,03). A resistência às quinolonas também estava mais presente nospacientes diabéticos (40%) comparados aos não diabéticos (14%) (p= 0,0001). Escherichia coli é um dos agentes isolados com maiorfreqüência nos pacientes com infecção do trato urinário. Conclusão:Pacientes diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver infecçãodo trato urinário de etiologia fúngica, principalmente Candida albicans.Pacientes diabéticos apresentam maior prevalência de ITU causada porEscherichia coli produtora de beta-lactamase de espectro ampliado eresistente às quinolonas.