RÉSUMÉ
Este estudo objetivou conhecer a concepção de família para crianças em situação de acolhimento institucional bem como para profissionais da mesma instituição. Participaram do estudo três meninas, entre nove e dez anos de idade, e três profissionais (uma assistente social, uma monitora e a diretora). A coleta de dados com as crianças foi realizada através de um grupo focal (GF), em que foram utilizados recursos lúdicos e simbólicos. Além disso, foi solicitado o desenho da família e realizada uma entrevista semiestruturada individual. Já com os profissionais, fez-se o uso de entrevistas semiestruturadas. Os resultados foram analisados através da análise de conteúdo, e os dados encontrados apontaram que as crianças possuem a representação de família relacionada à família de origem, à família monoparental e à família nuclear. A percepção dos profissionais é formada pelas representações de suas famílias de origem e pela percepção das famílias das crianças institucionalizadas sob o viés dos riscos e da culpabilização. Assim, torna-se necessário abrir espaços para reflexões sobre o modelo de família junto à equipe da instituição, a fim de que possam notar as novas configurações familiares na sociedade atual e os fatores de proteção presentes nas famílias de origem das crianças, superando uma visão patologizante...
This work investigated the concept of family to children in residential care, as well as to professionals from the same institution. Three girls between nine and ten years old and three professionals (a social worker, a director and monitors) participated in the work. Data collection with the children was performed through a focus group, in which playful and symbolic resources were used. In addition, the family drawing was asked and a semi-structured individual interview was performed. With the professionals, semi-structured interviews were used. The results were analyzed through content analysis, and the findings showed that children have the representation of family related to their family of origin, to the single parent family and to the nuclear family. The professionals' perception is formed by the representations of their families of origin and by their perceptions of families of institutionalized children under the bias of risk and blame. Thus, it becomes necessary to open spaces for reflection on the family model with the team of the institution, so that they can notice the new family configurations in today's society and the protective factors present in the families of these children, overcoming a pathological vision...
Este estudio objetivó conocer la concepción de familia para niños en situación de acogimiento institucional así como para profesionales de la misma institución. Participaron del estudio tres niñas, entre nueve diez años de edad, y tres profesionales (una asistente social, una monitora y la directora). La recolección de datos con los niños fue realizada a través de un grupo focal (GF), en que fueron utilizados recursos lúdicos y simbólicos. Además, fue pedido el dibujo de la familia y realizada una entrevista semiestructurada individual. Ya con los profesionales, se hizo el uso de entrevistas semiestructuradas. Los resultados fueron analizados a través del análisis de contenido, y los datos encontrados apuntaron que los niños poseen la representación de familia relacionada a la familia de origen, a la familia monoparental y a la familia nuclear. La percepción de los profesionales está formada por las representaciones de sus familias de origen y por la percepción de las familias de los niños institucionalizados bajo el punto de vista de los riesgos y de la culpabilización. Así, se vuelve necesario abrir espacios para reflexiones sobre el modelo de familia junto al equipo de la institución, a fin de que puedan notar las nuevas configuraciones familiares en la sociedad actual y los factores de protección presentes en las familias de origen de los niños, superando una visión patologizante...