RÉSUMÉ
O objetivo deste trabalho foi investigar o crescimento e desenvolvimento craniofacial, oclusal e a freqüência das patologias obstrutivas nos indivíduos com obstrução das vias aéreas superiores. Foram selecionados 50 pacientes de 7 a 12 anos de idade, que foram submetidos aos exames: otorrinolaringológico, nasofibroscópico, ortodôntico e radiográfico. A amostra foi dividida em 30 pacientes com obstrução das vias aéreas superiores (Grupo de estudo) e 20 pacientes sem obstrução (Grupo controle). No grupo de estudo, investigou-se a patologia obstrutiva prevalente. Compararam-se os dois grupos para avaliar se havia diferenças entre eles em relação: ao tipo de palato e à presença ou não de mordida cruzada; à classificação de Angle; à posição da maxila e da mandíbula; à altura facial (inferior, posterior e total) e ao padrão facial (braquifacial, mesofacial e dolicofacial). Foram utilizados 12 cefalométricos da Análise de Ricketts. A causa mais freqüente de obstrução foi a hipertrofia das adenóides. Comparando-se os dois grupos, não encontramos diferença em relação à classificação de Angle, mas encontramos diferença de médias estatisticamente significativas em oito fatores cefalométricos. No grupo de estudo houve maior incidência de palato atrésico e mordida cruzada; a maxila estava bem posicionada e a mandíbula estava retroposicionada e rotacionada em sentido horário, em relação à base do crânio; as alturas maxilar, inferior e total estavam aumentadas e o padrão dolicofacial prevaleceu.