Óxido nítrico no humor aquoso de pacientes fumantes / Nitric oxide in aqueous humor in smoler patients

A fumaça do cigarro é um agente irritante em geral, que pode causar disfunção endotelial no organismo. Durante a oxidação do tabaco há a produção de óxido nítrico. Como há relação entre o tabaco e a produção de óxido nítrico (ON) e este por sua vez com a disfunção endotelial, o presente estudo teve como objetivo quantificar o ON no humor aquoso em pessoas fumantes. Métodos: Foi realizado estudo prospectivo e analítico em 21 pacientes da Fundação Altino Ventura que foram submetidos à facectomia. Os pacientes foram divididos em dois grupos, o grupo 1 (estudo) -fumantes e o grupo 2 (controle) - pacientes que nunca fumaram. Foi coletado 0,2ml do humor aquoso com agulha estéril de insulina e colocado em tubo estéril seco de vidro. A dosagem do óxido nítrico foi feita pela reação de Griess. Resultados: Embora a média dos níveis de ON tenha sido maior nos fumantes (G1), a diferença não alcançou significância estatística (G1 - 1,51 ± 1,36µmol/ml versus G2 – 1,24 ± 1,36µmol/ml – p = 0,3286). Discussão: Este resultado pode ter sido influenciado por outras variáveis que são capazes de aumentar a concentração de óxido nítrico no organismo, como, por exemplo: doenças cardiovasculares e o glaucoma, assim como abaixar, como o uso de corticoide. O tamanho da amostra foi pequena, o que pode ter influenciado a falta de significância das médias das concentrações de ON. Outros estudos, com amostra maior, são necessários para poder responder se o óxido nítrico está aumentado no humor aquoso de pacientes fumantes.

Perfil sócio-demográfico, dados antropométricos e neurodesenvolvimento dos pacientes com múltiplas deficiências. da população de baixa renda / Social demographic profile, anthropometric findings and neurodevelopment data from patients with multiple deficiencies im poor population of Peranambuco State

O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil sócio demográfico, dados antropométricos e de neurodesenvolvimento dos pacientes com múltiplas deficiências, da população de baixa renda do estado de Pernambuco. Realizou-se estudo observacional do tipo transversal, em 274 pacientes com múltiplas deficiências, com idade inferior a 20 anos, no período de junho a setembro de 2004. Os pacientes eram atendidos em centros de referência do Recife e zona metropolitana. Aplicou-se um questionário estruturado às genitoras, explicando-se a importância da veracidade das informações. Dentre 274 pacientes estudados, 160(58,5por cento) eram do gênero masculino e 114(41,5por cento) do feminino. A faixa etária variou de um mês a 20 anos, com média de 6,6 ± 4,9 anos. O peso ao nascimento variou de 500 a 4.500g. com média de 2.891 ± 873g. A estatura ao nascimento variou de 31 a 57 cm, com média de 47,0 ± 5,8cm. As alterações do neurodesenvolvimento foram detectadas em 216 pacientes (79,0por cento). Constatou-se que o perfil dos pacientes caracterizou-se por indivíduos predominantemente do gênero masculino, com média das idades de 6,6 anos, procedentes do Grande Recife, com pais adultos jovens e com baixa escolaridade. A maioria utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) para obter tratamento, são provenientes de famílias de baixo poder aquisitivo, e apresentam peso e estatura ao nascimento dentro dos padrões da normalidade. É provável que, todos estes parâmetros possa influenciar a alteração do neurodesenvolvimento, verificado na maioria dos casos

Inclusões social, familiar e escolar de pacientes com múltiplas deficiências atendidos em centros de referências de Pernambuco / Social, familiar and school inclusion of multiple deficient cared for at reference centers im Pernambuco

Resumo: Cerca de 10 por cento da população mundial é afetada por algum tipo de deficiência, e os portadores de deficiências multiplas constituem um problema social. O objetivo do estudo foi valiar as situações de inclusões familiar, social e escolar dos pacientes relacionados abaixo. O estudo, tipo corte transversal, inclui 278 portadores de multiplas deficiências (57,9por cento do sexo masculino e 42,1por cento do sexo feminino) provenientes de sete centros de referência em Pernambuco, com média das idades de 7,0±5,7 anos. Através de questionário estruturado colheram-se dados relativos a: tipo de escola freqüentada , inserção familiar, escolar e social, influência do tipo de escola e do relacionamento familiar, escolar e social, inflência dos tipos de deficiência e as inclusões social, familiar e escolar. As freqüências dos tipos de deficiências foram: mental (78,4por cento) da fala (69,4por cento), motora(58,3por cento), visual(34,2por cento) e auditiva(7,2por cento). Aproximadamente uma em cada cinco mães achava seus filhos com problemas de relacionamento familiar, escolar ou social. entretanto, quase metade desta crianças(44,6por cento) estava excluida de qualquer tipo de escola. O baixo nível sócio-cultural predominante na população estudada impedia que os pais percebessem a exclusão de seus filhos. As escolas regulares influenciaram positivamente na socialização dos deficientes múltiplas. As deficiências mental e motora influenciaram negativamente no relacionamento escolar e na inclusão social. As deficiências visual, auditiva e de fala não revelaram associação com as exclusões social, familiar ou escolar dos mesmos. Pode-se concluir que um número importante de portadores de múltiplas deficiências não apresentaram índices satisfatórios de inclusão escolar e social. São pessoas com necessidades especiais e que precisam de maior atenção para uma melhor inclusão social, escolar e familiar

Hepatite B: perfil de proteção em estudantes dos Cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem da UFPE / Hepatitis B: protection profile in students of the medicine courses, dentistry and nursing of UFPE

Foi feito um estudo transversal em 863 estudantes dos cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem da UFPE, para verificar a prevalência presumível da Hepatite B e seu perfil de proteção. Parte significativa da amostra, 84,5 por cento, afirmou não ter tido hepatite, 13,7 por cento afirmaram ter tido a doença e 1,9 por cento não souberam informar. Dos estudantes que afirmaram ter tido hepatite, 66,1 por cento foram do tipo A, 13,6 por cento do tipo B e 0,8 por cento do tipo C. Em relação à cobertura vacinal, 49 por cento dos entrevistados disseram ter tomado vacina anti-hepatite B, 32,4 por cento afirmaram não ter tomado e 18,5 por cento não sabiam informar. A frequência de hepatite B entre os estudantes é preocupante, tanto em relação ao seu futuro profissional quanto ao seu papel como indivíduo/cidadão. Devido ao baixo nível de proteção e ao risco aumentado de infecção entre os profissionais de saúde, segure-se a obrigatoriedade e a comprovação da vacinação contra o vírus da hepatite B no ato da matrícula em Escolas de Saúde do país