Sujet(s)
Humains , Femelle , Enfant , Adolescent , Adulte , Programmes de vaccination , Vaccins antiméningococciques , Méningite à méningocoques/prévention et contrôle , Méningite à méningocoques/transmission , Infections à méningocoques/complications , Groupes à Risque , Brésil , Médecine factuelle , 59641RÉSUMÉ
RESUMO Objetivo: Realizar uma breve revisão bibliográfica que mostre as mais recentes evidências científicas que permitam determinar se há benefícios em vacinar contra o HPV (Papilomavírus Humano) mulheres que já realizaram conização para tratamento de lesões pré- -malignas do colo do útero. Método: Foram revisados 5 artigos atualizados e específicos ao tópico, além de estudos em outras fontes bibliográficas. Resultados: Todos os artigos estudados revelaram forte fator protetivo da vacina em relação à recorrências de apresentação da patologia. Conclusão: Nossa revisão não indicou efeito terapêutico próprio da vacinação, mas indicou que há papel adjuvante ao tratamento cirúrgico, sendo uma associação em favor da proteção da mulher já tratada para a patologia relacionada ao HPV. PALAVRA-CHAVE: Conização, vacina, HPV, NIC, LEEP
ABSTRACT Objective: To carry out a brief literature review showing the latest scientific evidence to determine whether women who have already undergone conization for the treatment of pre-malignant lesions of the cervix are benefited from the vaccine against HPV (Human Papillomavirus). Method: Five updated and topic-specific articles were reviewed, as well as studies in other bibliographic sources. Results: All articles studied revealed a strong protective factor of the vaccine in relation to recurrent presentation of the pathology. Conclusion: Our review did not indicate a therapeutic effect of vaccination itself, but it indicated that there is an adjuvant role to surgical treatment, being a combination in favor of protecting women who have already been treated for HPVrelated pathology. KEYWORDS: Conization, vaccine, HPC, CIN, LEEP
Sujet(s)
Humains , Femelle , Papillomaviridae , Vaccins , ConisationRÉSUMÉ
RESUMO No Brasil o câncer cervical representa o terceiro câncer mais freqüente em mulheres. As diretrizes nacionais sugerem que o rastreamento do câncer tem inicio aos 25 anos. O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência de pacientes com idade inferior ou igual a 30 anos entre as pacientes com diagnóstico histológico comprovado de câncer do colo do útero ou lesão intra-epitelial de alto grau provenientes do ambulatório de ginecologia e obstetrícia do HCPA. Métodos: Um estudo transversal retrospectivo foi conduzido no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Foram arroladas todas as pacientes com diagnóstico de lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG) ou câncer de colo do útero em citopatológicos, biópsias e conizações no período de abril de 2006 a novembro de 2017. Os dados foram coletados do prontuário eletrônico da instituição. A analise estatística foi realizada através do SPSS versão 18.0 (Chicago Inc., 2009). Resultados: Um total de 119 mulheres com até 30 anos foram diagnosticadas com LIEAG e câncer de colo de útero. A mediana de idade foi 27,00 anos [25,61-26,74] e a mediana da idade de iniciação sexual foi 15,00 [14,94- 15,58]. Nossa amostra demonstrou que 74% das mulheres apresentaram gestação anterior ao diagnóstico, sendo que 35,3% possuíam mais de 3 gestações. Em nosso estudo, foi detectado que 32,8% eram tabagistas ativa. PALAVRAS-CHAVE: Lesão intraepitelial de alto grau, câncer cervical, mulher jovem, rastreamento para câncer de colo
ABSTRACT In Brazil, cervical cancer represents the third most frequent cancer in women. National guidelines suggest that cancer screening begins at the age of 25 years. The aim of this study is to assess the prevalence of patients aged less than or equal to 30 years among patients with a proven histological diagnosis of cervical cancer or high-grade intraepithelial lesions from the HCPA gynecology and obstetrics outpatient clinic. Methods: A retrospective cross-sectional study was conducted at the Gynecology and Obstetrics Service of Hospital de Clinicas de Porto Alegre. All patients diagnosed with high-grade intraepithelial lesion (HGIEL) or cervical cancer in cytopathological tests, biopsies and conizations from April 2006 to November 2017 were enrolled. Data were collected from the institution's electronic medical record. Statistical analysis was performed using SPSS version 18.0 (Chicago Inc., 2009). Results: A total of 119 women aged 30 years and under were diagnosed with HGIEL and cervical cancer. The median age was 27.00 years [25.61-26.74] and the median age at sexual initiation was 15.00 [14.94-15.58]. Our sample showed that 74% of women had pregnancy prior to diagnosis, with 35.3% having more than 3 pregnancies. In our study, it was found that 32.8% were active smokers. KEYWORDS: High-grade intraepithelial lesion, cervical cancer, young women, screening for cervical cancer
Sujet(s)
Humains , Femelle , Femmes , Tumeurs du col de l'utérus , Test de Papanicolaou , Lésions malpighiennes intra-épithélialesRÉSUMÉ
Tumores de células de Leydig são neoplasias de células esteroides e correspondem a menos de 0,5% dos tumores ovarianos. Ocorrem mais comumente na pós-menopausa e se apresentam com virilização em metade dos casos. Relatamos o caso de uma mulher de 53 anos com história de virilização. A investigação com ressonância magnética demonstrou altos níveis séricos de testosterona e um nódulo de 2 cm no ovário direito. A paciente foi submetida a ooforectomia bilateral, e a análise patológica confirmou o diagnóstico de tumor de células de Leydig do ovário direito. Um dia após a cirurgia, o nível sérico de testosterona se normalizou. Em quatro meses, a paciente apresentou nível sérico normal de testosterona e regressão parcial da alopecia. Em mulheres pós-menopáusicas com quadro de virilização progressiva, deve-se suspeitar de neoplasias ovarianas produtoras de andrógenos (AU)
Leydig cell tumors are tumors of the steroids cells and represent less than 0.5% of ovarian tumors. They occur most often in postmenopausal women and present with virilization in half of the cases. We report the case of a 53-year-old woman with virilization history. Magnetic resonance imaging showed high serum testosterone levels and a 2-cm nodule in the right ovary. The patient underwent bilateral oophorectomy, and the pathological analysis confirmed the diagnosis of Leydig cell tumor in the right ovary. The day after surgery, serum testosterone level was normalized. In four months, the patient had normal serum testosterone level and partial regression of alopecia. In postmenopausal women with progressive virilization, ovarian neoplasms producing androgens should be investigated (AU)
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte d'âge moyen , Hyperandrogénie/étiologie , Tumeur à cellules de Leydig/complications , Virilisme/étiologie , Tumeur à cellules de Leydig/diagnostic , Tumeur à cellules de Leydig/chirurgieRÉSUMÉ
Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida. Métodos: Estudo de coorte histórica incluindo todas as pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário entre 1996 e 2012. Após revisão de prontuários médicos, foram analisadas as variáveis idade, status hormonal, tipo histológico e grau tumoral, invasão miometrial, estadiamento cirúrgico, cirurgia realizada, tratamento complementar e sobrevida. Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide, estádio III, estádio IV e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito. Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional...
This study describes the clinical profile and the hystopathologic characteristics of endometrial carcinomas from patients treated at the Gynecologic Oncology department of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), as well as the forms of treatment, prognostic factors, and survival. Methods: Historic cohort study including all patients subjected to primary surgical treatment between 1996 and 2012. After review of the medical records, the variablesage, hormonal status, tumor histologic type and grade, myometrial invasion, surgical staging, performed surgery, complementary treatment, and survival were analyzed. Results: One hundred sixty four patients were included, with a mean age of 64.2 years (31-95 years), of which almost 90% were postmenopausal women. Follow-up time ranged from 4 days to 14.6 years. Endometrioid adenocarcinoma was the most frequently histological type (78% of cases). Hysterectomy with bilateral salpingooophorectomy plus pelvic linfadenectomy was the most frequently performed surgery (77.5%). Adjuvant treatment was held in 57.9% of the patients, with radiotherapy being the treatment of choice in 87.4%. Thirty-six deaths (22%) occurred during followup, with a mean overall survival of 125 months. In the bivariate analysis, age ≥ 65 years, non-endometrioid histology, poorly differentiated tumors (G3), myometrial invasion ≥ 50%, and lymph node metastasis were correlated to lower survival. In the multivariate analysis, non-endometrioid histology, stage III, stage IV and lymph node metastasis were significantly associated with death. Conclusion: The results found are compatible with the existing literature and contribute to the scarce existing national statistics...
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adénocarcinome/chirurgie , Adénocarcinome/mortalité , Adénocarcinome/radiothérapie , Tumeurs de l'endomètre/épidémiologieRÉSUMÉ
Atualmente, considera-se que a infecção pelo papiloma virus humano é uma condição necessária para que maioria das lesões pré-invasoras e invasoras ocorra no colo uterino. Várias técnicas para identificação do DNA-HPV têm permitido desvendar a patogênese desta infecção e suas repercussões clínicas. No entanto, apesar do papel importante das novas técnicas, em geral seu emprego clínico ainda é controvertido. Para o emprego correto destes exames diagnósticos é necessário compreender melhor o significado dos resultados positivos
Sujet(s)
Humains , Femelle , Dysplasie du col utérin , Sondes d'ADN spécifiques du VPH , Infections à papillomavirus/diagnostic , Infections à papillomavirus/épidémiologie , Tumeurs du col de l'utérus/épidémiologie , Papillomaviridae , Réaction de polymérisation en chaîne/méthodes , ColposcopieRÉSUMÉ
Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso do fenticonazol no tratamento da vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis em um estudo placebo controlado. Métodos: Participaram do estudo 47 mulheres, randomizadas para receber fentico- nazol ou placebo. Utilizou-se dose de 5g ao dia de fenticonazol creme vaginal 2(por cento) por sete dias. As avaliações foram feitas em 3 visitas (dias 1, 9 e 28 após início do tratamento) e incluíram exame ginecológico, avaliação da secreção vaginal, teste das aminas, pesquisa de clue cells e medida de pH da secreção vaginal. Resultados: A proporção de cura no grupo tratado com fentíconazoi 85(por cento), foi sígnificatívamente maior do que a do grupo placebo, 35(por cento ) (P=0.003). A proporção de recorrência de infecção no grupo tratado com fenticonazol foi de 11,8 (por cento), significativamente menor que no grupo placebo, 50(por cento) (P=0,089). Apenas uma paciente apresentou efeito adverso definitivamente relacionado ao tratamento caracterizado por ardência vaginal de intensidade moderada.Conclusão: O fenticonazol se apresentou como uma alternativa eficaz no tratamento da vaginose bacteriana, com proporção de cura e índice de recorrência estatisticamente significativos quando comparados com o grupo placebo.