Associations between primary health care strategies and outcomes of mental disorders

Objective: To investigate associations between the percentage and severity of mental disorders (MD) and three different primary health care (PHC) strategies in Brazil: traditional care (TC), the Family Health Strategy (FHS), and FHS with shared mental health care (FHS+SC). Methods: Random samples were selected from three different areas of a Brazilian city. Each area was served by a different PHC strategy (TC, FHS, or FHS+SC). Five mental health professionals, blinded to the type of PHC strategy delivered in each area, conducted interviews using the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) and other specific instruments to assess the prevalence and severity of MD. Results: 530 subjects were interviewed. The TC strategy was significantly associated with a higher percentage of MD when compared to FHS and FHS+SC. These results were not affected by adjustment for sociodemographic variables. The difference in prevalence of MD between the two FHS areas (with and without SC) was not statistically significant. No significant differences in MD severity were observed across the three PHC strategies. Conclusion: Areas covered by FHS showed a lower percentage of MD than those covered by TC. Presence of SC did not influence the prevalence of MD, suggesting that mental-health training of FHS teams may have minimized the influence of SC.

Políticas de saúde mental e mudanças na demanda de serviços de emergência / Mental health policies and changes in the emergency services profile

Objetivo: Verificar as mudanças ocorridas em um serviço de emergências psiquiátricas de um hospital universitário de Ribeiräo Preto, SP (EP-RP), em funçäo de mudanças nas políticas de saúde mental da regiäo. Métodos: Os dados sobre os atendimentos foram colhidos em arquivos do EP-RP, no período de 1988 a 1997. Foram estudadas as variáveis sexo, faixa etária, procedência e diagnóstico principal. Os dados sobre as mudanças nas políticas de saúde mental, na regiäo, foram obtidos de documentos das secretarias de saúde do estado e do município. Resultados: O aumento a cada ano do número de atendimentos realizados acompanhou o progressivo envolvimento do EP-RP na rede de serviços de saúde mental. Em 1995, a procura pelo serviço foi 2,3 vezes maior do que em 1988. Nesse período, o atendimento EP-RP deu apoio às mudanças nas políticas de saúde mental na regiäo, que resultaram na reduçäo de 654 leitos psiquiátricos. Em 1996 e 1997, houve uma diminuiçäo do total de atendimentos em cerca de 20 por cento com relaçäo a 1995, acompanhando o aumento do número e da capacidade de atendimento dos serviços extra-hospitalares. A partir de 1990, o serviço passou a atender uma maior proporçäo de pacientes mais velhos, do sexo masculino, com diagnóstico de dependência de substâncias e transtornos psicóticos e uma proporçäo menor de quadros näo psicóticos. Conclusöes: As mudanças observadas no EP-RP correlacionam-se com as das políticas de saúde mental na regiäo de Ribeiräo Preto, como a instalaçäo da Central de Vagas Psiquiátricas, em 1990, a reduçäo de leitos psiquiátricos a partir de 1993 e a criaçäo e/ou ampliaçäo de serviços extra-hospitalares a partir de 1995