RÉSUMÉ
Objetivou-se avaliar pela algimetria mecânica e térmica o sinergismo do butorfanol associado à levomepromazina em cães anestesiados pelo sevofluorano, induzidos pelo tiopental, avaliando-se os principais parâmetros fisiológicos, hemogasometria, BIS, recuperação e analgesia pós-anestésica. Aprovado pela comissão de ética da instituição, utilizaram-se 30 cães saudáveis, alocados em três grupos de 10 cada. Os animais de GI receberam levomepromazina (0,5 mg/kg IV) na MPA, indução anestésica com tiopental (12,5 mg/kg IV) e manutenção pelo sevofluorano, durante 60 minutos. O mesmo protocolo foi realizado em Gil e GIII, porém associou-se o butorfanol (0,2 mg/kg IV) a levomepromazina, e em GIII a dose do tiopental foi aquela suficiente para abolir o reflexo laringotraqueal e realização da intubação orotraqueal A dose média do tiopental em GII foi 7,05 mg/kg. Não foi observada taquicardia após intubação em GII e GIII, enquanto que durante manutenção anestésica, a freqüência cardíaca apresentou valores inferiores a GI e a pressão arterial manteve-se mais estável, apesar da moderada hipotensão. A FeSEVo foi em média para GI - 2,05%, GII - 1,48% e GIII - 1,68%. O BIS foi inferior nos animais de GL Não se notaram alterações significativas nas variáveis respiratórias, hemogasométricas e recuperação anestésica. A resposta ao estímulo mecânico e térmico foi superior nos grupos tratados pelo butorfanol (GII - 74min e 49min; GiII - 59min e 42min). Concluiu-se que o butorfanol determinou estabilidade hemodinâmica e respiratória no protocolo utilizado, e que apesar de diminuir o componente hipnótico revelado pelo BIS, melhorou a qualidade da anestesia, reduzindo o consumo de tiopental e sevofluorano, proporcionando analgesia na recuperação anestésica, não influenciando na mesma)