Artroplastia total do joelho: avaliação a médio prazo: dois a dez anos / Total knee arthroplasty: midterm follow-up: two to ten years

O estudo analisa retrospectivamente 75 pacientes submetidos a artroplastia total de joelho (ATJ) no período compreendido entre 1987 e 1997, seguindo-se os conceitos de Freeman, Insall, Whiteside, Ritter, Hungerford, Rand e outros. O objetivo do estudo é avaliar os pacientes operados no Hospital Novo Mundo com seguimento mínimo de 24 meses e comparar os resultados obtidos com a literatura, com ênfase quanto à soltura dos componentes e/ou possíveis complicações. Obteve-se avaliação atual de 51 pacientes, pois 24 foram excluídos (sete foram a óbito, 14 não foram encontrados e três apresentaram complicações antes dos 24 meses de pós-operatório). Os autores realizaram 65 ATJ nesses 51 pacientes (14 bilaterais), sendo predominante o diagnóstico de artrose em 81,5 por cento dos casos. A idade variou de 30 a 82 anos (média de 64,4 anos), com maioria do sexo feminino (84,3 por cento). O ligamento cruzado posterior (LCP) foi preservado em 60 joelhos e ressecado em cinco. Quanto à fixação dos componentes, em 48 joelhos utilizaram próteses híbridas (fêmur sem cimento) e próteses cimentadas nos outros 17 joelhos. O tempo de seguimento médio foi de 57 meses (24 a 137 meses). Usaram para avaliação os critérios do Hospital for Special Surgery (HSS) e os resultados encontrados no estudo apresentaram média de 49,3 pontos no pré-operatório e 92,2 pontos no pós-operatório (PO), com 92,3 por cento de excelentes e bons resultados. Utilizaram os critérios da Knee Society Total Knee Arthroplasty Roentgenographic Evaluation and Scoring System para avaliação radiográfica e obtiveram 90,0 por cento dos joelhos com linhas radioluscentes não significativas, 8,3 por cento moderadas com possível progressão e 1,7 por cento com soltura presente ou provável. Analisaram as complicações incluindo todos os 75 pacientes e encontraram cinco com complicações imediatas e seis com complicações tardias. Avaliando os pacientes a médio prazo do estudo, concluem que a ATJ fornece resultados muito satisfatórios, com grande melhora na qualidade de vida. O uso de próteses híbridas não mostrou maiores índices de soltura dos componentes. Com o aprimoramento dos materiais (instrumental/implantes) e técnica mais apurada, podem comprovar-se pela literatura resultados excelentes nos seguimentos a longo prazo (10 a 15 anos).

Fratura supracondiliana do úmero na criança: reduçäo incruenta com fixaçäo percutânea / Humeral supracondylar fracture in children: closed reductions with percutaneous fixation

No período de janeiro de 1982 a abril de 1993, foram atendidas 290 crianças que apresentavam fratura supracondiliana do úmero com desvio. Desse total, 195 foram tratadas com reduçao incruenta e fixaçao percutânea com fios de Kirschner. As fraturas foram classificadas em quatro graus, segundo La Grange & Rigault, sendo a maioria do tipo IV. Foram avaliados 70 pacientes submetidos a esse tipo de tratamento proposto pelo serviço, tendo seguimento médio de 67,2 meses (variando de 13 a 150 meses). Os resultados foram avaliados pelo método de Michel & Adams, obtendo-se 90 por cento de excelentes e bons resultados (tabela 2). Chegou-se à conclusao de que esse método de tratamento produz boa estabilizaçao para fraturas supracondilianas do úmero, diminui o risco de compressao, tem baixos índices de infecçao e necessita de curto prazo de hospitalizaçao do paciente. As lesoes neurológicas nao invalidam o método.