RÉSUMÉ
Resumo: A osterradionecrose após radioterapia para as neoplasias de cabeça e pescoço tem incidência variável. A mandíbula é o osso mais frequentemente afetado, sendo a osterradiocrese de clavícula uma rara ocorrência. O presente trabalho apresenta três pacientes com osteorradionecrose de clavícula subsequente a tratamento cirúrgico e radioterapia para neoplasias de cabeça e pescoço. Os três pacientes foram submetidos a esvaziamento cervical, rotaçäo de retalho miocutâneo de músculo peitoral maior e irradiaçäo dos leitos tumorais com campos se estendendo às cadeias e fossas supraclaviculares. Desenvolveram a osteorradionecrose após períodos de noves meses, três anos e sete anos após a radioterapia. Enfatizamos os principais mecanismos envolvidos na produçäo da necrose óssea, os fatores comumente implicados no seu desencadeamento, bem como assinalamos as formas terapêuticas. Embora a osterradionecrose clavicluar apresente baixa incidência, ela deve ser caracterizada em pacientes tratados com grandes ressecçöes cirúrgicas e rotaçöes de retalhos muicutâneos.