RÉSUMÉ
Alzheimer's disease (AD) is characterized by impairment in memory and autonomy, causing excessive pressure on family and an overburdened health care system. Early diagnosis, with the appropriate treatment, is important to reduce the pattern of disease progression. Objective: The study sought to identify the most probable causes of delay in diagnosis. Methods: A cross-sectional study involving AD patients followed at an Outpatient Geriatric Clinic from a tertiary public university hospital was conducted between June 2009 and February 2011. Results: Ninety-four patients were evaluated (66% women), aged 77.76±6.8 years and with median educational level of 3 years (95% CI 2.7-3.80). Regarding severity of dementia, 51.8% of patients were classified as having mild dementia (CDR 1), 40% moderate dementia (CDR 2) and 8.2% severe dementia (CDR 3). Mean educational level of caregivers was 8.3±3.9 years. Among those who believed there was a delay, 36% stated that the "family thought that the changes were normal for the age of the patient" reporting average delay of 1.8 years (95% CI: 1.3-2.5) while 45.3% stated that the "doctor did not reach a diagnosis" reporting a median delay of 1.5 years (95% CI: 1.4-2.3). Conclusion: Based on these results, it can be concluded the time between onset of symptoms and diagnosis was excessive. This study may be useful to help increase awareness of issues not sufficiently discussed in the literature, such as diagnostic delay and influence of caregivers' educational level on treatment.
A doença de Alzheimer é caracterizada por comprometimento na memória e na autonomia, causando pressão excessiva em familiares e sobrecarregando o sistema público de saúde. O diagnóstico precoce, com o tratamento adequado, é importante para reduzir o padrão de evolução da doença. Objetivo: O estudo pretende identificar as causas mais prováveis de atraso no diagnóstico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal envolvendo pacientes com DA acompanhados em Ambulatório de Geriatria de um hospital terciário público entre junho de 2009 e fevereiro de 2011. Resultados: Noventa e quatro pacientes foram avaliados (66% mulheres), com média de idade de 77,8±6,8 anos e com mediana de escolaridade de 3 anos (IC 95%: 2,7-3,8). Quanto à gravidade da doença, 51,8% foram classificados como demência leve (CDR 1), 40% como demência moderada (CDR 2) e 8,2% como demência grave (CDR 3). A escolaridade do cuidador foi de 8,3±3,9 anos. Entre aqueles que acreditavam que havia um atraso no diagnóstico, 36% responderam que "a família achava as alterações como normais para a idade do paciente", com média de 1,8 anos (IC 95%: 1,3-2,5) e 45,3% responderam que "o médico não fez o diagnóstico", com mediana de 1,5 anos (IC 95%: 1,4-2,3). Foi observado que o tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi maior do que deveria ser. Conclusão: Este estudo pode contribuir para aumentar o conhecimento sobre questões ainda pouco discutidas na literatura científica, como atraso no diagnóstico e influência da escolaridade do cuidador no tratamento.