Résumé
Objetivo: Identificar determinantes socioeconômicos e de atenção à saúde na variação espacial da gravidez na adolescência, Brasil, 2014. Métodos: Estudo ecológico espacial com municípios como unidades de análise. Utilizou-se regressão linear espacial para verificar associações entre taxa de fecundidade em adolescentes de 15 a 19 anos e variáveis socioeconômicas e de saúde. Resultados: A fecundidade na adolescência associou-se negativamente a maior cobertura da Estratégia Saúde da Família (ß = -0,011 IC95% -0,017;-0,005), número adequado de consultas de pré-natal (ß = -0,122 IC95% -0,224;-0,132) e menor renda familiar média per capita (ß = -0,104 IC95% -0,105;-0,103); e positivamente, ao índice de Gini (ß = 7,031 IC95% 4,793;9,269), baixa renda (ß = 0,127 IC95% 0,108;0,145), maior densidade domiciliar (ß = 6,292 IC95% 5,062;7,522) e baixa escolaridade (ß = 0,260 IC95% 0,224;0,295). Conclusão: Menores acesso a atenção básica e renda associam-se a maior taxa de fecundidade na adolescência. Piores indicadores socioeconômicos e de atenção à saúde associam-se a maior taxa de fecundidade na adolescência.
Objetivo: Identificar determinantes socioeconómicos y de atención a la salud en la variación espacial del embarazo adolescente en Brasil en 2014. Métodos Estudio espacial ecológico con municipios como unidades de análisis. La regresión lineal espacial se utilizó para verificar la asociación entre la tasa de fecundidad adolescente (15-19 años) y variables socioeconómicas y de salud. Resultados: La tasa de fecundidad adolescente se asoció negativamente con mayor cobertura de la Estrategia de Salud Familiar (ß = -0,011 IC95% -0,017;-0,005), número adecuado de consultas prenatales (ß = -0.122 IC95% -0,132;-0,224) e bajo ingreso familiar promedio per cápita (ß = -0,104 IC95% -0,105;-0,103). Esta asociación fue positiva con el índice de Gini (ß = 7,031 IC95% 4,793; 9,269), bajos ingresos (ß = 0,127 IC95% 0,108; 0,145), mayor densidad familiar (ß = 6,292 IC95% 5,062; 7,522) y baja escolaridad (ß = 0,260 IC95% 0,224; 0,295). Conclusión: El menor acceso a la atención primaria y menores ingresos están asociados con una mayor fecundidad en la adolescencia. Los peores indicadores socioeconómicos y de atención a la salud se asocian con una mayor tasa de fecundidad en la adolescencia.
Objective: To identify socioeconomic and health care determinants of spatial variation in adolescent pregnancy in Brazil in 2014. Methods: This was a spatial ecological study having municipalities as units of analysis. Spatial linear regression was used to verify association between the fertility rate in 15-19 year-old women and socioeconomic and health variables. Results: The adolescent fertility rate was negatively associated with higher Family Health Strategy coverage (ß = -0.011 - 95%CI -0.017;-0.005), an adequate number of prenatal consultations (ß = -0.122 - 95%CI -0.132;-0.224) and low average family income per capita (ß = -0.104 - 95%CI -0.105;-0.103). Association was positive in relation to the Gini index (ß = 7.031 - 95%CI 4.793;9.269), low income (ß = 0.127 - 95%CI 0.108;0.145), higher household density (ß = 6.292 - 95%CI 5.062;7.522) and less schooling (ß = 0.260 - 95%CI 0.224;0.295). Conclusion: Reduced access to primary care and lower income are associated with higher adolescent fertility rates. Poorer socioeconomic and health care indicators are associated with higher adolescent fertility rates.