RÉSUMÉ
Objetivo: A infecção do trato urinário (ITU) é a mais frequente na população, podendo acometer indivíduos de todas as idades e sexo, sendo mais prevalente no sexo feminino e predominantemente causada por bacilos Gram-negativos (BGN). O diagnóstico laboratorial se baseia na realização do exame de elementos e sedimentos anormais (EAS), pela análise de aspectos físicos, químicos e microscópicos, incluindo análise de nitrito e leucócitos e cultura de urina, onde é possível determinar o agente patogênico associado à infecção. Assim, é de grande importância o diagnóstico correto diante da possibilidade da ITU apresentar-se de maneira assintomática ou sintomática, ainda com a possibilidade de evolução do quadro clínico. Verificar a frequência de ITU por bactérias, em pacientes ambulatoriais, relacionando com os resultados obtidos para a presença de nitrito e leucócitos nas amostras analisadas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal do tipo retrospectivo, realizado a partir de dados de pacientes ambulatoriais da PUC Goiás, obtidos no período de janeiro a dezembro de 2017, onde foram analisadas as variáveis: idade, sexo, resultados de urocultura, nitrito e leucócitos. Resultados: Dos 3.070 pacientes analisados, 13,4% apresentaram ITU, sendo que os BGN foram os principais agentes causadores da patologia, com maior prevalência no sexo feminino. A Escherichia coli foi o microrganismo encontrado com maior frequência. Tanto os dados de nitrito quanto os leucócitos apresentaram baixa sensibilidade e alta especificidade frente a casos de urocultura positiva. Conclusão: Os resultados demonstraram a necessidade de se realizar pesquisa de nitrito, leucócitos e urocultura para diagnóstico correto de ITU.