Comportamento dos nervos glossofaríngeo e vago, na região retrofaríngea de ovinos: origem aparente no crânio, trajeto, ramificação e distribuição / Behavior of the glossopharyngeal and vagus nerves in the retropharyngeal region of sheep: apparent origin in cranium, course, branching and distribution

In 60 hemiheads of sheep of the Santa Ines breed the apparent origin in the skull of itinerary, ramification and distribution of the glossopharingeal nerve (Gf) and the vagus nerve (Vg) in the retropharyngeal region (Rr) were studied. By fixation and dissection of the specimens it was seen that the glossopharyngeal nerve and the vagus nerve arise from the jugular foramen in 100 percent of the cases. The right and the left glossopharingeal nerve (Glde) are frequently (86.6 percent) located more medially to the tympanic bulla, pass caudally to the stylohyoid bone, bypass the margin of the caudal stylopharyngeal muscle, the tonsilla, of the pharyngeal and the lingual mucous membrane. These branches are distributed, respectively, in the carotid sinus, pharyngeal musculature, soft palate, stylopharyngeal muscle, palatine tonsil, pharyngeal mucosa and the caudal third of the tongue (100 percent). The right and the left vagus nerve run caudally in association with the accessory nerves (Ac) up to the atlas (70 percent) and go then medially to the occipital artery, dorsally to the common carotid and the sympathetic trunk in the cervical region (80 percent). The vague nerves have pharyngeal (86.6 percent) and cranial laryngeal (100 percent) branches.

Em 60 hemicabeças de ovinos da raça Santa Inês foram estudadas a origem aparente no crânio, trajeto, ramificação e distribuição do nervo glossofaríngeo (Gf) e do nervo vago (Vg), na região retrofaríngea (Rr). Mediante fixação e dissecação das peças, foi observado que os nervos glossofaríngeos e vagos originam-se no forame jugular em 100 por cento dos casos. Os nervos glossofaríngeos direito e esquerdo (Gfde) são localizados, com maior freqüência (86,6 por cento), medialmente à bula timpânica, passam caudalmente ao osso estiloióide, contornam a margem caudal do músculo estilofaríngeo caudal, tonsilar, da mucosa faríngea e lingual. Estes ramos distribuemse, respectivamente, no seio carotídeo, musculatura faríngea, palato mole, músculo estilofaríngeo caudal, tonsila palatina, mucosa faríngea e terço caudal da língua (100 por cento). Os nervos vagos direito e esquerdo (Vgde) correm caudalmente em associação com os nervos acessórios (Ac) até o atlas (70 por cento), após o que passam medialmente à artéria occipital, dorsalmente à carótida comum e ao tronco simpático, na região cervical (80 por cento). Os ramos dos nervos vagos são os faríngeos (86,66 por cento) e os laríngeos craniais (100 por cento).

Estudo da prevalência de papilomavírus humanos em lesöes do trato genital masculino / Prevalence study of human papillomavirus infection in male genital lesions

Os papilomavírus humanos säo os principais agentes causadores de cånceres genitais. Epidemias de HPV têm se tornado cada vez mais freqüentes no mundo inteiro, sendo a infecçäo pelo HPV hoje estimada como a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis. O estudo teve como objetivo pesquisar a presença de HPV em biópsias de leöes do trato genital masculino, compatíveis com infecçäo por esse vírus, pelo método de hibridizaçäo in situ. Foram examinadas 75 biópsias de lesöes classificadas à peniscopia em condilomas, lesöes papulares e lesöes acetobrancas. A prevalência de infecçäo foi de 78,7 por cento, 59-75, com predominåncia dos tipos 6 e 11, de baixo risco, detectados em 59,3 por cento dos casos positivos e a presença de HPV de alto risco em 37,2 por cento das amostras

Human papillomavirus infection and p53 overexpression associated to cervical cancer

Foram avaliadas 120 amostras de lesöes cervicais, a fim de detectar a presença de papilomavirus humano (HPV) e a superexpressäo da proteína p53. A infecçäo pelo HPV foi diagnosticada pela técnica de hibridizaçäo näo-isotópica. A prevalência do HPV nas lesöes cervicais estudadas foi de 84,2 por cento, variando de 95,2 em lesöes intra-epiteliais de grau I, a 84,4 por cento em carcinomas de células escamosas. A superexpressäo da proteína p53 foi detectada pela técnica de imunoistoquímica. Nossos resultados demonstraram a presença de alteraçöes na p53 em 32,5 por cento das lesöes avaliadas, com um padräo crescente de alteraçöes de 10 por cento em casos controles até 43,7 por cento em carcinomas invasivos. Foi também demonstrado que 25 por cento dos casos apresentavam simultaneamente a infecçäo pelo HPV e alteraçöes na p53. Em nosso estudo, também avaliamos as pacientes prospectivamente, por um período de seis anos. Cerca de 41 por cento das pacientes apresentaram quadro progressivo até NIC III ou carcinoma invasivo. Dentre elas, 83,3 por cento apresentaram infecçäo por HPV de alto risco e 66,5 por cento tiveram p53 alterada. Com relaçäo a estas altas taxas de alteraçöes na expressäo da p53 associadas com a infecçäo viral e a progressäo ao câncer, sugerimos que a superexpressäo da p53 pode näo ser essencial ao desenvolvimento de câncer, mas parece conferir uma maior probabilidade de crescimento das células malignas. Em conclusäo, alteraçöes na p53 e infecçäo pelo HPV podem cooperar para o estabelecimento de cânceres. A fim de colaborar nossos resultados, seräo necessários estudos acumulando dados epidemiológicos e genéticos da p53 e de seu câncer cervical