Estudo biomecânico em flexão da coluna cervical de cadáveres humanos submetida à corpectomia e estabilização com enxerto de fíbula / Cervical spine flexion biomechanical study in cadaver submitted to resection of vertebral body and stabilization with fibular graft

Este estudo apresenta e discute os resultados da análise biomecânica, radiográfica e anatômica de 20 peças de coluna cervical de cadáveres humanos, submetidas à corpectomia de C5, discectomia adjacente e estabilização com enxerto de fíbula. Os ensaios em flexão foram realizados em Máquina Universal de Testes. Nenhuma fratura ou extrusão do enxerto foi observada. A falha mecânica ocorreu na interface corpo vertebral-enxerto fibular, caracterizada por fratura dos corpos vertebrais adjacentes em 11 experimentos e afundamento da esponjosa em nove. O ligamento longitudinal posterior e o complexo ligamentar posterior não foram lesados em nenhuma das peças. Concluem que, em estudo experimental, o enxerto de fíbula é resistente e proporciona estabilidade imediata à coluna cervical quando submetido a carga em flexão.

Estudo biomecânico por impacto do mecanismo de flexäo com rotaçäo axial da coluna cervical de cadáveres / Biomechanical study through impact flexion mechanism with axial rotation of cervical spine in cadavers

Os mecanismos de trauma na coluna cervical têm sido estudados por pesquisadores na área de Bioengenharia, com especial atençäo devido ao alto índice de lesöes cervicais associadas a danos neurológicos em pacientes jovens. Foram obtidas 23 peças anatômicas de cadáveres, as quais foram submetidas a estudo experimental por testes mecânicos (grupo I) e através de impacto (grupo II) e analisadas por estudo radiográfico e anatômico. Dois vetores foram determinados para realizaçäo dos ensaios: um principal em flexäo e um secundário em rotaçäo axial. Os dados matemáticos obtidos no grupo I representaram falhas mecânicas com 40J, energia que foi utilizada por impacto para realizaçäo dos ensaios no grupo II. Este estudo demonstrou que o impacto produziu lesöes ligamentares em maior número nos ligamentos longitudinal posterior e ligamento capsular quando comparado com o grupo I, ocorrendo baixa incidência de fraturas, demonstrando que, com a mesma energia aplicada, lesöes ligamentares mais extensas säo produzidas por impacto.