RÉSUMÉ
ABSTRACT BACKGROUND: Hypertension is the most common disease in primary care settings. Only 30% of cases were adequately controlled. OBJECTIVES: To analyze the knowledge and understanding of patients with hypertension regarding the factors that facilitate and limit adherence to treatment and, based on the results, build specific guidelines on hypertension self-care and control. DESIGN AND SETTING: This qualitative study was conducted in a primary healthcare setting. METHODS: Patients with hypertension who were followed at a primary healthcare unit were interviewed through focus groups, and a qualitative interpretation of their statements according to Bardin's content analysis was performed. RESULTS: Three focus groups were formed (21 participants), from whose analysis emerged 74 core ideas related to the concept of hypertension, causes of increase in blood pressure, clinical consequences of hypertension, and possible patients' contributions to help control blood pressure, arising from eating habits, psychosocial conditions, and lifestyle. Patients tend to accept the concept of "high blood pressure" as an inherent condition of the disease in their lives. Eating habits are strongly related to life history and self-perception of health. The association between high blood pressure and nervousness or stress appears to be strong. CONCLUSION: The experience of having "pressure problem" is unique for each person. It is necessary to optimize listening, recognizing that, for the patient to understand what hypertension is and its management, there must be understanding and convergence of proposals, adjustments, and changes in a positive and personalized way. As a result of this study, we implemented educational actions in primary healthcare units.
RÉSUMÉ
Abstract BACKGROUND: The worldwide prevalences of anxiety and depressive disorders are 3.6% and 4.4%, respectively. Among medical students, many studies have indicated that the prevalences of these mental disorders vary between 19.7% and 47.1%, but there is a lack of information on psychotropic drug usage in this group of students. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of psychotropic drug use, adherence to therapy and main clinical and diagnostic indications relating to psychotropic drug use among medical students. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study at a Brazilian private university in the city of Sorocaba, state of São Paulo. METHODS: Observational analytical cross-sectional study, conducted during the second semester of 2019, through a semi-structured online questionnaire, answered by first to sixth-year medical students. RESULTS: Among the 263 participants (41.7% of the 630 enrolled students), the current prevalence of psychotropic drug usage was 30.4%. This prevalence increased over the course and 90.7% of the drugs were prescribed at regular medical consultations (85.5% by psychiatrists). The main indications for psychotropic drug usage were anxiety (30.0%), depression (22.8%), insomnia (7.2%), panic (5.3%) and attention deficit hyperactivity disorder (3.8%). Women were more likely to present diagnoses of depression and panic. Most of the participants used antidepressants and had good adherence to medications. Adequate sleep and regular physical activity were identified as protective factors against mental disorders. CONCLUSION: The prevalence of mental disorders among medical students is high, which justifies the use of psychotropic drugs. This study provides valuable information and recommendations for institutional educational actions to improve students' mental health.
RÉSUMÉ
Abstract: New information technologies have produced profound changes in education and society. All knowledge areas have been constantly reinvented, readjusted and recreated to fit the changing demands of professional practice. Education in the health professions has also followed this trend. It is now clear how students, the future educators, are involved in this transformation and have been vectors of these changes. In parallel, the new curricula for health professions courses presuppose the active participation of students in their own training and in the training of their peers. This new way of teaching, which privileges teamwork, peer learning, interdisciplinarity, and autonomy, stimulates and demands this leadership role from students. Active student participation in undergraduate educational activities has several benefits: it favors learning; interpersonal relationships; acquiring skills in communication, mentoring, leadership, research, and management and develops social accountability. Undergraduate students in the health professions, even at the earliest stages of their education, make their choices and direct their interest to the area of knowledge they desire in professional life. When this choice falls on a specific area of health, they find, at the undergraduate level, ways to begin to develop their knowledge and skills in clinical practice, surgery, pediatrics, laboratory research, public health and other areas, but find no support for training when they intend to be future teachers. In this context, the FELLOWS Project emerged, proposed and carried out by medical students, a blended learning teaching development project that aims to train and improve education skills for students of the health professions, herein presented as an experience report. In 2017 the project took place from April to October, in monthly nighttime meetings, and eventually on Saturdays. It was conducted by four medical students (coordinators), two supervising local teachers and had collaborators from other medical education institutions. In 2018 the educational activities were held exclusively by students/resident coordinators and supervising teachers through two immersion sessions (Friday, Saturday and Sunday), separated by a 4 month-period, during which an education project was prepared, created in groups of six students accompanied by a tutor and a coordinator. The activities of the FELLOWS Project follow the National Curriculum Guidelines for the Undergraduate Medical Course of 2001 and 2014, meet the demands of health education in Brazil and respect the desired profile of the professional graduate, with social accountability. It offers contact with and progressive skills of communication and competencies for teaching, using active teaching-learning methodologies, teamwork, the use of digital technologies, exercising oral and written communication and creativity for innovation. The FELLOWS Project implementation process has brought direct benefits to the organizers and participants and indirect benefits to the educational institutions to which they belong, as it involved knowledge production, student engagement and social accountability.
Resumo: As novas tecnologias da informação produziram profundas transformações na educação e na sociedade. Todas as áreas do conhecimento têm sido constantemente reinventadas, readaptadas e recriadas para se ajustarem às novas exigências da prática profissional. A educação nas profissões da saúde também tem seguido esses passos. É nítido como os estudantes, futuros educadores, estão envolvidos nessa transformação e têm sido vetores dessas mudanças. Paralelamente, a concepção dos novos currículos para os cursos da área da saúde pressupõe a participação ativa dos estudantes na própria formação e na de seus pares. Essa nova forma de ensinar, que privilegia o trabalho em equipe, a aprendizagem por pares, a interdisciplinaridade e a autonomia, estimula e exige esse protagonismo dos estudantes. A participação ativa do estudante nas atividades educativas da graduação traz inúmeros benefícios: favorece o aprendizado, as relações interpessoais e a aquisição de habilidades de comunicação, de orientação, de liderança, de pesquisa e de gestão, e desenvolve a responsabilidade social. Os estudantes das profissões da saúde, mesmo nas fases mais precoces de formação, fazem suas escolhas e direcionam sua formação para o que desejam na vida profissional. Quando essa escolha recai sobre uma área específica da saúde, eles encontram, desde a graduação, maneiras de começar a desenvolver seus conhecimentos e habilidades em clínica médica, cirurgia, pediatria, pesquisa em laboratório, saúde pública e outras áreas, mas não encontram apoio à formação quando pretendem ser futuros professores. Nesse contexto, surgiu o Projeto FELLOWS, um projeto de desenvolvimento docente, proposto e conduzido por estudantes de Medicina, em blended learning (presencial e a distância) que tem como objetivos a formação e o aperfeiçoamento em habilidades de educação para estudantes das profissões da saúde, aqui apresentado como um relato de experiência. Em 2017, o projeto estendeu-se de abril a outubro em encontros mensais no horário noturno e, eventualmente, aos sábados. Foi conduzido por quatro estudantes de Medicina (coordenadores) e dois professores supervisores e contou com colaboradores de outras instituições de educação médica. Em 2018, as atividades educativas foram realizadas exclusivamente pelos estudantes/residentes coordenadores e os professores supervisores, por meio de duas sessões de imersão (sexta, sábado e domingo), separadas por um período de quatro meses em que foi elaborado um projeto de educação, construído em grupos de seis estudantes acompanhados por um tutor e um coordenador. As atividades do Projeto FELLOWS seguem as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina de 2001 e 2014, atendem às demandas da educação nas áreas da saúde no Brasil e respeitam o perfil desejado do profissional egresso, com responsabilidade social. Oferecem o contato e progressivo domínio de habilidades de comunicação e de competências para o trabalho docente, o uso de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, o trabalho em equipe, o uso de tecnologias digitais, o exercício da comunicação oral e escrita e a criatividade para a inovação. O processo de execução do Projeto FELLOWS trouxe benefícios diretos para os organizadores e para os participantes, e benefícios indiretos para as instituições de ensino a que pertencem, pois envolveu produção de conhecimento, engajamento estudantil e responsabilidade social.
RÉSUMÉ
ABSTRACT In 2006, the medical course of the Faculty of Medical Sciences and Health of PUC-SP (FCMS of PUC-SP) completely restructured its curriculum and pedagogical project and began to use active teaching/learning methods, centered on problem-based learning. There is often some resistance on the part of the teachers in relation to the changes, depending on the consequences for their daily practice. However, the participation of the teachers and their commitment to reform proposals are fundamental for them to occur and to be continually renewed. In this sense, this study had as objective to evaluate the teachers' view of the FCMS of the PUC-SP medical course on the changes triggered by the curricular reform; the impact of these changes on their own work, on the quality of the course and on the graduate doctor and, the suggestions to improve the curriculum, as part of the ongoing goal to produce well-trained professionals adapted to the needs of the population and to the health care system. The data were obtained through a pre-tested semi-structured questionnaire, sent to the teachers working on the medical course. The second part of the questionnaire, object of this article, was to be answered only by the teachers who were already working before the curricular reform. Of the 178 teachers, 102 answered the questionnaire and, of these, 73 (71.6%) had already worked on the course before the curricular reform and answered the second part of the questionnaire. In general, the teachers have a positive view of the changes triggered by the reform, with emphasis on the active role of the student in the teaching/learning process and the growth provided to the teacher, induced by the pedagogical model chosen. They also consider that there has been an improvement in the quality of the course and the graduate doctor. Although well evaluated, the change to an interdisciplinary model and the deficiencies of the physical structure and equipment made available for the course complicate the work of the teacher. The difficulty in evaluating the student and the lack of a permanent teacher development plan appear as the main problems to be faced in the search for improving the course.
RESUMO Em 2006, o curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS da PUC-SP) reestruturou inteiramente seu currículo e o projeto pedagógico, e passou a utilizar métodos ativos de ensino-aprendizagem, centrados na Aprendizagem Baseada em Problemas. É comum haver certa resistência de parte dos docentes em relação às mudanças em função das possíveis consequências para a sua prática diária. Entretanto, a participação do docente e seu comprometimento diante de propostas de reformas são fundamentais para que elas de fato ocorram e se renovem continuamente. Neste sentido, este estudo teve como objetivo avaliar a visão do docente do curso de Medicina da FCMS da PUC-SP sobre as mudanças desencadeadas pela reforma curricular e o impacto destas mudanças sobre seu próprio trabalho, sobre a qualidade do curso e do médico formado e as sugestões para aperfeiçoar o currículo, dentro da busca contínua por um profissional bem formado e adequado às necessidades da população e do sistema de saúde. Os dados foram obtidos por meio de um questionário semiestruturado, pré-testado, enviado aos docentes em atividade no curso. A segunda parte do questionário, objeto deste artigo, deveria ser respondida pelos docentes que já estivessem em atividade antes da reforma curricular. Dos 178 docentes, 102 responderam ao questionário, e, destes, 73 (71,6%) já exerciam atividades no curso antes da reforma curricular e responderam à segunda parte do questionário. De maneira geral, os docentes têm uma visão positiva sobre as mudanças desencadeadas pela reforma, com ênfase no papel ativo do aluno no processo de ensino-aprendizagem e no crescimento proporcionado ao professor, gerado pelo modelo pedagógico escolhido. Também consideram que houve melhora na qualidade do curso e do médico formado. Embora bem avaliada, a mudança para um modelo interdisciplinar e as deficiências da estrutura física e dos equipamentos disponibilizados para o curso dificultam o trabalho do professor. A dificuldade na avaliação do aluno e a falta de um plano de capacitação permanente do docente aparecem como os principais problemas a serem enfrentados na busca do aperfeiçoamento do curso.
RÉSUMÉ
No Brasil, a hipertensão e o diabetes mellitus tipo 2 são responsáveis por 60% dos casos de doença renal crônica terminal em terapia renal substitutiva. Estudos americanos identificaram agregação familiar da doença renal crônica, predominante em afrodescendentes. Um único estudo brasileiro observou agregação familiar entre portadores de doença renal crônica quando comparados a indivíduos internados com função renal normal. O objetivo deste artigo é avaliar se existe agregação familiar da doença renal crônica em familiares de indivíduos em terapia renal substitutiva causada por hipertensão e/ou diabetes mellitus. Estudo caso-controle tendo como casos 336 pacientes em terapia renal substitutiva portadores de diabetes mellitus ou hipertensão há pelo menos 5 anos e controles amostra pareada de indivíduos com hipertensão ou diabetes mellitus e função renal normal (n = 389). Os indivíduos em terapia renal substitutiva (casos) apresentaram razão de chance de 2,35 (IC95% 1,42-3,89; p < 0,001) versus controles de terem familiares com doença renal crônica terminal, independente da raça ou doença de base. Existe agregação familiar da doença renal crônica na amostra estudada e esta predisposição independe da raça e da doença de base (hipertensão ou diabetes mellitus).
In Brazil hypertension and type 2 diabetes mellitus are responsible for 60% of cases of end-stage renal disease in renal replacement therapy. In the United States studies have identified family clustering of chronic kidney disease, predominantly in African-Americans. A single Brazilian study observed family clustering among patients with chronic kidney disease when compared with hospitalized patients with normal renal function. This article aims to assess whether there is family clustering of chronic kidney disease in relatives of individuals in renal replacement therapy caused by hypertension and/or diabetes mellitus. A case-control study with 336 patients in renal replacement therapy with diabetes mellitus or hypertension for at least 5 years (cases) and a control matched sample group of individuals with hypertension or diabetes mellitus and normal renal function (n = 389). Individuals in renal replacement therapy (cases) had a ratio of 2.35 (95% CI 1.42-3.89, p < 0.001) versus the control group in having relatives with chronic renal disease, irrespective of race or causative illness. There is family clustering of chronic kidney disease in the sample studied, and this predisposition is irrespective of race and underlying disease (hypertension or diabetes mellitus).
Sujet(s)
Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Protocoles de polychimiothérapie antinéoplasique/usage thérapeutique , Cystectomie , Traitement néoadjuvant/méthodes , Tumeurs de la vessie urinaire/traitement médicamenteux , Tumeurs de la vessie urinaire/anatomopathologie , Traitement médicamenteux adjuvant , Cisplatine/administration et posologie , Méthotrexate/administration et posologie , Analyse de survie , Résultat thérapeutique , Tumeurs de la vessie urinaire/chirurgie , Vinblastine/administration et posologieRÉSUMÉ
OBJECTIVE: To better explore the relationship between parameters of glycemic control of T2DM in RRT, we studied 23 patients on hemodialysis (HD), 22 on peritoneal dialysis (PD), and compared them with 24 T2DM patients with normal renal function (NRF). MATERIALS AND METHODS: We performed, on four consecutive days, 10 assessments of capillary blood glucose [4 fasting, 2 pre- and 4 postprandial (post-G) and average (AG)], random glycemia, and HbA1c in all patients. RESULTS: Preprandial blood glucose was greater in patients on RRT compared with NRF. Correlations between AG and HbA1c were 0.76 for HD, 0.66 for PD, and 0.82 for NRF. The regression lines between AG and HbA1c were similar for patients on HD and with NFR, but they were displaced upward for PD. CONCLUSION: Similar HbA1c values in PD patients may correspond to greater levels of AG than in HD or NRF patients.
OBJETIVO: Para melhor explorar a relação entre os parâmetros de controle glicêmico em DM2 em TRS, estudamos 23 pacientes em hemodiálise (HD), 22 em diálise peritoneal (DP) em comparação à 24 DM2 com função renal normal (FRN). MATERIAIS E MÉTODOS: Em quatro dias consecutivos, realizamos 10 glicemias capilares [4 em jejum, 2 pré- e 4 pós-prandiais (G-pós) e a média glicêmica (MG)], glicemia aleatória e HbA1c em todos os pacientes. RESULTADOS: As glicemias pré-prandiais foram mais elevadas nos pacientes em TRS se comparadas àqueles com FRN. As correlações entre MG e HbA1c foram em HD = 0,76; DP = 0,66 e FRN = 0,82. As retas de regressão entre MG e HbA1c assemelham-se nos pacientes em HD e NFR e estão deslocadas para cima em DP. CONCLUSÃO: Valores similares de HbA1c podem corresponder a MG maiores em pacientes em DP do que em HD ou FRN.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Glycémie/analyse , Hémoglobine glyquée/analyse , Défaillance rénale chronique/physiopathologie , Dialyse rénale , /complications , /mortalité , Jeûne , Tests de la fonction rénale , Défaillance rénale chronique/mortalité , Rein/physiopathologie , Dialyse péritonéaleRÉSUMÉ
INTRODUÇÃO: Um dos maiores desafios no manejo da hipertensão arterial é o adequado controle pressórico. Para se alcançar esse objetivo tem se difundido a medida residencial da pressão arterial (MRPA) com aparelhos automáticos. Entretanto, parte da comunidade médico-científica ainda discute sua validade, acreditando que as medidas pressóricas domiciliares podem ser incorretas. OBJETIVO: Avaliar a correspondência entre as medidas simultâneas da pressão arterial (PA) pelo método auscultatório convencional e método digital automático, habitualmente utilizado na MRPA. MÉTODOS: Através de uma conexão em "Y" acoplamos um manguito a um aparelho digital automático validado (ONROM 705IT) e a um esfigmomanômetro de coluna de mercúrio, permitindo aferir simultaneamente a PA pelos dois métodos. Determinamos a PA em 423 indivíduos (normotensos e hipertensos), adequando o tamanho do manguito à circunferência braquial. RESULTADOS: Os valores representam média ± desvio padrão (DP) (valores mínimo-máximo): Idade 40,8 ± 16,3 anos (18-92), circunferência braquial 28,2 ± 3,7 cm (19-42), PA sistólica (PAS) auscultatório 127,6 ± 22,8 mmHg (69-223), PAS automático 129,5 ± 23,0 mmHg (56-226), PA diastólica (PAD) auscultatório 79,5 ± 12,6 mmHg (49-135), PAD automático 79,0 ± 12,6 mmHg (48-123). A diferença média da PAS entre os dois métodos foi de 1,9 mmHg (-15 a +19) e a diferença da PAD de 0,5 mmHg (-19 a +13). Os índices de correlação de Pearson entre os métodos são para a PAS (r = 0,97), e PAD (r = 0,91). A análise de Bland-Altman mostrou concordância clinicamente aceitável entre os métodos. CONCLUSÃO: A PA aferida pelo método digital automático apresenta boa concordância com o método auscultatório convencional, devendo ser usada no auxílio do diagnóstico e controle da hipertensão arterial (HA).
INTRODUCTION: One of the biggest challenges in the management of hypertension is adequate blood pressure (BP) control. To achieve this goal, home blood pressure measurement (HBPM) with automated devices has been encouraged. However, part of the medical community still disputes its validity, believing that HBPM may lead to incorrect readings. OBJECTIVE: To evaluate the correspondence between the simultaneous measurements of BP with the auscultatory method and an oscillometric digital method, commonly used in HBPM. METHODS: BP was determined simultaneously in 423 individuals (normotensive and hypertensive) with a validated automated digital device (ONROM 705IT) and with the auscultatory method with a mercury sphygmomanometer. Both devices were connected through a Y-shaped connection to a cuff whose size was adjusted to the arm circumference. RESULTS: The values represent mean ± SD (minimum-maximum values): age 40.8 ± 16.3 years (18-92), arm circumference 28.2 ± 3.7 cm (19-42), systolic BP (SBP) auscultatory 127.6 ± 22.8 mmHg (69-223), SBP automated 129.5 ± 23.0 mmHg (56-226), diastolic BP (DBP) auscultatory 79.5 ± 12.6 mmHg (49-135) DBP automated 79.0 ± 12.6 mmHg (48-123). The mean difference in SBP between the two methods was 1.9 mmHg (-15 to +19) and 0.5 mmHg for DBP (-19 to +13). The Bland-Altman analysis showed clinically acceptable agreement between the methods. CONCLUSION: BP measured with the automated method closely mirrors that determined with the conventional auscultatory method and should be used to improve the diagnosis and control of hypertension.
Sujet(s)
Adolescent , Adulte , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Mesure de la pression artérielle/méthodes , Pression sanguine/physiologie , Oscillométrie/instrumentation , SphygmomanomètresRÉSUMÉ
A associação de acometimento renal e hipertensão arterial é muito freqüente, não sendo muitas vezes possível apontar sua origem. A insuficiência renal compromete a excreção de sódio, sendo este um fator importante na resistência ao tratamento anti-hipertensivo. Outros fatores podem dificultar o controle pressórico na insuficiência renal, em particular a proteinúria, a hiperatividade adrenérgica e a desregulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). Lesões renais, como as induzidas pelo diabetes melito e pela doença renal policística, são causas adicionais de maior refratariedade ao tratamento da hipertensão arterial. A gravidade da hipertensão arterial aumenta a incidência de complicações cardiovasculares e a progressão da doença renal, por isso, recomendam-se metas de valores pressóricos mais baixas ( <130 x 80 mmHg ou < 125 x 75 mmHg se a proteinúria for > 1 g/dia). Para atingir tais metas, são necessárias medidas dietéticas mais restritivas em relação à ingestão de sódio e maior agressividade no tratamento farmacológico, combinando-se os agentes anti-hipertensivos de forma sinérgica e em doses adequadas. O uso de diuréticos de alça (mais potentes) em doses altas e a associação com tiazídicos são úteis no controle da hipervolemia. Os bloqueadores do SRAA têm indicação específica, pois contribuem para o controle pressórico e oferecem proteção renal e cardiovascular. A complementação com antagonistas dos canais de cálcio, simpatolíticos, betabloqueadores e vasodilatadores pode ser necessária