RÉSUMÉ
Abstract Introduction The association between uterine cervix and anogenital carcinomas and human papillomavirus, HPV, is well established, however the involvement of this virus in the development of oral squamous cell carcinomas remains controversial. Objectives To evaluate the relationship between HPV infection and oral squamous cell carcinomas, and to estimate the incidence of this infection in these patients. Methods Four electronic databases were searched to find studies that met the following inclusion criteria: i) performed in humans; ii) were cohort, case-control or cross-sectional; iii) assessed the HPV oncogenic activity by the E6 and E7 mRNA; iv) included primary oral squamous cell carcinomas which; v) diagnosis had been confirmed by biopsy. Information about the country; study period; sample obtainment; sites of oral squamous cell carcinomas; number, gender and age range of the population; the prevalence of HPV infection and subtypes detected; use of tobacco or alcohol and oral sex practice were extracted. The methodological quality of included articles was assessed using 14 criteria. Results The search strategy retrieved 2129 articles. Assessment of the full text was done for 626 articles, but five were included. The total of participants included was 383, most of them male with mean age between 51.0 and 63.5 years old. Seventeen patients were HPV/mRNA-positive, being the subtypes 16 and 18 detected more frequently. Nine of the HPV/mRNA-positive oral squamous cell carcinomas occurred on the tongue. The quality score average of included articles was five points. Conclusions Among the 383 oral squamous cell carcinoma patients included, 17 (4.4%) were HPV/mRNA-positive, nevertheless it was not possible to assess if HPV infection was associated with oral squamous cell carcinomas because none of the studies included was longitudinal and cross-sectional investigations do not have control group.
Resumo Introdução A associação entre os carcinomas de colo uterino e anogenitais e o papilomavírus humano (HPV) está bem estabelecida; entretanto, o envolvimento desse vírus no desenvolvimento de carcinomas espinocelulares orais permanece controverso. Objetivos Avaliar a relação entre a infecção pelo HPV e os carcinomas espinocelulares orais e estimar a proporção dessa infecção nesses pacientes. Método Quatro bases de dados eletrônicas foram pesquisadas para encontrar estudos que atendessem aos seguintes critérios de inclusão: i) feitos em humanos; ii) estudos do tipo coorte, caso-controle ou transversal; iii) avaliaram a atividade oncogênica do HPV pelo mRNA E6 e E7; iv) incluíram CECOs primários, cujo diagnóstico foi confirmado por biópsia; v) o diagnóstico foi confirmado por biópsia. Informações sobre o país; período do estudos; obtenção da amostra; locais dos carcinomas espinocelulares orais; número, sexo e faixa etária da população; prevalência de infecção por HPV e subtipos detectados; informações sobre o uso de tabaco ou álcool e a prática de sexo oral foram obtidas. A qualidade metodológica dos artigos incluídos foi avaliada através de 14 critérios. Resultados A estratégia de busca recuperou 2.129 artigos. A avaliação de texto completo foi feita em 626 artigos, mas apenas cinco foram incluídos. O total de participantes incluídos foi de 383, a maioria do sexo masculino e com média de idade entre 51,0 e 63,5 anos. Dezessete pacientes eram HPV/mRNA-positivos, os subtipos 16 e 18 foram detectados com maior frequência. Nove dos carcinomas espinocelulares orais HPV/mRNA-positivos ocorreram na língua. A média do escore de qualidade dos artigos incluídos foi de cinco pontos. Conclusões Entre os 383 pacientes incluídos com carcinomas espinocelulares orais, 17 (4,4%) eram HPV/mRNA-positivos; entretanto, não foi possível avaliar se a infecção por HPV estava associada com carcinomas espinocelulares orais porque nenhum dos estudos incluídos era longitudinal e as investigações transversais não têm grupo controle.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Tumeurs de la bouche/épidémiologie , Carcinome épidermoïde , Infections à papillomavirus/épidémiologie , Tumeurs de la tête et du cou , Papillomaviridae/génétique , ADN viral , Études transversales , Carcinome épidermoïde de la tête et du cou/épidémiologie , Adulte d'âge moyenRÉSUMÉ
A proteína catiônica eosinofílica (ECP) presente nos grânulos específicos dos eosinófilos apresenta atividade citotóxica, particularmente para células tumorais, entretanto a função exata dos eosinófilos e de seus produtos nas neoplasias malignas continua obscura. O objetivo desse trabalho foi investigar a prevalência do polimorfismo 434(G>C) do gene ECP em pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) de boca e sua correlação com a eosinofilia tecidual associada aos tumores (TATE), bem como com as características demográficas, clínicas e microscópicas. O genótipo 434 do gene ECP em 165 pacientes saudáveis e em 157 pacientes com CEC de boca, tratados no Hospital do Câncer A. C. Camargo entre 1984 a 2002, foi detectado pela clivagem da seqüência específica de DNA amplificada com a enzima de restrição PstI e análise dos produtos de clivagem pela eletroforese em gel de agarose. A TATE foi determinada por análise morfométrica. A associação entre os genótipos, a intensidade da TATE e as variáveis demográficas, clínicas e microscópicas foi avaliada pelo teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher. As análises das sobrevidas global, livre de doença e específica por câncer foram feitas pelo estimador limite de Kaplan-Meier e a comparação das curvas de sobrevida foi realizada utilizando-se o teste log-rank. Notou-se uma predominância dos indivíduos heterozigotos para o polimorfismo 434(G>C) do gene ECP. Nenhuma diferença estatística significativa foi obtida entre os diferentes genótipos, a intensidade da TATE e as variáveis demográficas, clínicas e microscópicas. Uma maior freqüência de esvaziamento cervical bilateral, recidiva local, embolização vascular, comprometimento das margens cirúrgicas e realização de radioterapia pós-operatória foi observada nos pacientes com CEC de boca, TATE intensa e genótipos 434GC/CC. Não houve correlação estatística significativa entre os diferentes genótipos 434 do gene ECP e as sobrevidas global, livre de doença e específica por câncer. Baseados em nossos resultados, concluímos que houve uma tendência de os pacientes com CEC de boca, intensa eosinofilia tecidual e genótipos 434GC/CC do gene ECP apresentarem uma evolução clínica desfavorável, quando comparados aos indivíduos com genótipo 434GG, provavelmente pela presença de uma variante genética dessa proteína com propriedades citotóxicas alteradas.
Eosinophil cationic protein (ECP), found in secretory granules of human eosinophils, presents cytotoxic activity, particularly against cancer cells. The specific functional role of eosinophils in solid malignant tumors remains unclear. The aim of this study was to investigate the prevalence of the ECP-gene polymorphism 434(G>C) in oral squamous cell carcinoma (OSCC) patients and its association with tumor-associated tissue eosinophilia (TATE), as well as demographic, clinical and microscopic variables. The 434 genotypes in the ECP-gene of 165 healthy individuals and 157 OSCC patients, submitted to surgical treatment at the Hospital A. C. Camargo from 1984 to 2002, were detected by cleavage of the amplified DNA sequence with restriction enzyme PstI and analyses of the cleaved product by agarose gel electrophoresis. TATE, in OSCC, was obtained by morphometric analysis. Chisquare test or Fishers exact test was used to analyze the association among ECP-gene polymorphism 434(G>C), TATE, demographic, clinical and microscopic variables. Diseasefree survival and overall survival were calculated by the Kaplan-Meier product-limit actuarial method and the comparison of the survival curves were performed using log rank test. Most of healthy individuals and OSCC patients showed the genotype 434GC. There was no statistical association among 434 genotypes, TATE intensity and demographic, clinical or microscopic variables of OSCC patients. Higher frequency of bilateral neck dissection, local recurrence, vascular embolization, involved resection margins and postoperative radiotherapy was detected in OSCC patients with intense TATE and 434GC/CC genotypes. No statistically significant differences on survival rates were found among 434 genotypes. In conclusion, these results suggest a tendency of worse clinical outcome in OSCC patients with intense TATE and 434GC/CC genotypes, probably due an ECP genetic variant with altered cytotoxic activity.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Carcinome épidermoïde , Protéine cationique de l'éosinophile , Granulocytes éosinophiles , Polymorphisme génétiqueRÉSUMÉ
O cysto dentígero é uma lesão de importante significado clínico na odontopediatria, pois acomete um número considerável de pacientes jovens. Sua ocorrência na primeira década de vida não é tão elevada, mas vários casos têm sido relatados na literatura. Os autores descrevem um caso clínico de um cisto dentígero acometendo uma paciente infantil tratado conservadoramente, através de marsupialização.