RÉSUMÉ
A prática do paraquedismo pode causar frequentes lesões músculo-esqueléticas em seus praticantes. Há uma escassez de publicações científicas nacionais e raros estudos internacionais sobre a prevalência de lesões músculo-esqueléticas entre militares paraquedistas. Objetivo: Este estudo teve por objetivo definir a prevalência e descrever as características de lesões músculo-esqueléticas que acometem militares paraquedistas, bem como determinar prováveis fatores de risco associados. Casuística e método: A presente pesquisa foi um estudo descritivo e transversal, constituída por 163 militares paraquedistas integrantes da Brigada de Operações Especiais do Exército Brasileiro, situada na cidade de Goiânia/GO. Para o levantamento de dados foi utilizado um questionário autoreferido composto de questões referentes ao perfil do militar e de sua prática no paraquedismo, características das lesões músculo-esqueléticas ocorridas e possíveis fatores de risco relacionados. Resultados: Os resultados demonstraram uma elevada prevalência de lesões músculo-esqueléticas em militares paraquedistas, 50,3%. As lesões mais frequentes foram a distensão muscular e o entorse. O local mais afetado por tais lesões foi o joelho, seguido por tornozelo e coluna vertebral. A situação de risco mais referida foi a aterragem, durante o momento do adestramento. O tempo de atividade no paraquedismo foi o único fator de risco estatisticamente significante. Conclusão: Futuras pesquisas são necessárias com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prolongar a vida profissional destes militares que têm a honrada função de defender a Nação.
RÉSUMÉ
Os acidentes de trânsito (AT) constituem-se em importante problema de saúde pública pela elevada morbi-mortalidade e por ocasionarem altos custos sociais e econômicos. Realizou-se, portanto, um estudo epidemiológico e transversal em Goiânia, Goiás, em 2006, que teve por objetivo verificar a freqüência de comportamentos de risco que pudessem contribuir para a ocorrência e gravidade de AT entre jovens universitários. A amostra constou de 310 acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Católica de Goiás, com mediana de idade de 20 anos, predominantemente do gênero feminino, cor branca e de classe social média. Cerca de 80 por cento dos alunos relataram hábito de dirigir. Destes, 52.2 por cento dirigem sem habilitação. Apenas 73.2 por cento responderam que sempre utilizam cinto de segurança como condutores. Aproximadamente 37 por cento relataram envolvimento em acidentes de trânsito. Falta de atenção (69 por cento), desrespeito à sinalização (27.8 por cento) e excesso de velocidade (27 por cento) foram os fatores que contribuíram para ocorrência ou gravidade do acidente. Um significativo percentual de participantes dirige na contramão, faz ultrapassagem proibida e ultrapassa o limite de velocidade. Ressalta-se que o levantamento das características comportamentais no trânsito entre indivíduos jovens possibilita a criação e aprimoramento de estratégias que podem reduzir a ocorrência, gravidade e conseqüências deste tipo de acidente.
Sujet(s)
Adulte , Humains , Accidents de la route/statistiques et données numériques , Accidents de la route/mortalité , Accidents de la route/prévention et contrôle , Prise de risque , Élève infirmier , Études épidémiologiquesRÉSUMÉ
Para determinar a prevalência e os fatores de risco para insuficiência renal aguda (IRA) após envenenamento crotálico, foram estudados prospectivamente 100 pacientes vítimas de Crotalus em Goiânia-GO, Brasil. Os pacientes foram avaliados da admissão até a alta ou óbito. IRA foi definida por depuração de creatinina (FG)< 60 mL/min/1,73m² nas primeiras 72h após o acidente. /To assess the prevalence and risk factors for Crotalus venom-induced acute renal failure (ARF) were studied prospectively one hundred Crotalus snakebite patients admitted in Goiânia-GO, Brazil. The patients were evaluated from hospital admission until discharge or death. ARF was defined as creatinine clearance (GFR)< 60 mL/min/1.73m2 in the first 72h following the snakebite...
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Atteinte rénale aigüe , Crotalus , Venins de crotalidé/toxicité , Études prospectives , Facteurs de risque , Rein/anatomopathologieRÉSUMÉ
OBJETIVO: Avaliar aspectos epidemiológicos dos acidentes por serpentes peçonhentas ocorridos no Estado de Goiás. MÉTODOS: Foram analisadas ''Fichas de investigação de acidentes por animais peçonhentos'', pertencentes ao sistema de notificação da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, no triênio 1998-2000. RESULTADOS: Foram notificados, neste período, 3.261 acidentes por serpentes peçonhentas, com coeficiente de incidência variando entre 20 e 23/100.000 habitantes. O maior número de casos ocorreu entre os meses de outubro e abril. Dentre os 2.350 casos em que houve referência ao gênero da serpente, 78,6 por cento foram causados por Bothrops, 20,8 por cento por Crotalus e 6 por cento por Micrurus. Houve predominância do sexo masculino (78,5 por cento) e com faixa etária entre 20 e 39 anos de idade. As regiões anatômicas mais freqüentemente picadas foram: pé (43,6 por cento), pernas (23,2 por cento) e mãos (20,1 por cento). Em relação ao tempo de atendimento, mais de 80 por cento dos envenenamentos foram atendidos com menos de 6 horas da picada. Os envenenamentos foram classificados, de acordo com a gravidade, em leves (31,6 por cento), moderados (47,5 por cento) ou graves (9,6 por cento). As complicações mais comuns foram necrose tecidual no local da picada (31,8 por cento) nos envenenamentos botrópicos e insuficiência renal aguda (1,2 por cento) nos envenenamentos crotálicos. A letalidade geral foi de 0,46 por cento, sendo a maior taxa observada entre acidentes crotálicos (1 por cento). CONCLUSÕES: Acidentes por serpentes peçonhentas no Estado de Goiás acometem principalmente a população jovem do sexo masculino e têm sido causa de óbito.