Evolução clínica da instabilidade anterior do joelho não tratada / Anterior instability of the knee joint: clinical evolution of untreated cases

Os autores selecionaram 80 pacientes com diagn¢stico de instabilidade anterior do joelho que, por alguma razão, não se submeteram a nenhum tipo de tratamento durante pelo menos um ano ap¢s o diagn¢stico. Aplica- ram, através de consulta telefônica, um questionário padronizado. Foram avaliados sexo, idade, lado acometido, tempo de lesão, método diagn¢stico, presença de sintomas e retorno ao n¡vel de atividade esportiva pré-lesão. No momento da entrevista, 45 pacientes informaram que se haviam submetido a tratamento cir£rgico. Dos 35 pacientes que não realizaram nenhum tratamento, 30 (85,7 por cento) eram do sexo masculino; o lado direito foi acometido em 22 (62,8 por cento); 26 (74,2 por cento) tinham tempo de lesão maior do que um ano. As faixas etárias predominantes foram as entre 30 e 40 anos, com 17 indiv¡duos (48,5 por cento) e acima de 40, com 9 (25 por cento). O diagn¢stico de lesão do LCA foi essencialmente cl¡nico em 32 casos (91,4 por cento). Vinte e nove pacientes (82,8 por cento) não retornaram às atividades esportivas no mesmo n¡vel, fato verificado com maior intensidade no grupo etário de 30-40 anos (13 casos). A presença de sintomas incapacitantes como dor, inchaço e falseio foi mais observada nos grupos etários de 30-40 anos e acima de 40; no entanto, a grande maioria dos pacientes (28 casos - 80 por cento) se queixou de algum tipo de limitação funcional.

Osteomielite de úmero como manifestaçäo inicial da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS): relato de um caso e revisäo de literatura / Humerus osteomyelitis as initial manifestations of acquired immunodeficiency syndrome (AIDS): report of a case and literature review

Os autores descrevem um caso de osteomielite crônica do úmero provocado por Staphylococcus aureus, que se apresentou como uma das manifestaçöes iniciais da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS), em um paciente do sexo masculino, 31 anos de idade. O processo infeccioso ósseo associado ao quadro geral sugeriu a investigaçäo laboratorial para o HIV. O tratamento de escolha foi desbridamento cirúrgico e antibioticoterapia com cefalosporinas de 1ª geraçäo. Os aspectos clínicos e radiológicos säo examinados e correlacionados com estudos previamente reportados.

Aspectos biológicos do estresse pós-traumático / Biological aspects of post-traumatic stress

O estresse pós-traumático é cada vez mais freqüentementediagnosticado, em parte pelo seu maior reconhecimento pela comunidade médica e em parte, por um provável aumento em sua incidência nas grandes cidades. Embora esteja relativamente bem estabelecido o quadro clínico do transtorno, pouco se sabe acerca de sua fisiopatologia. Observaçöes dos efeitos de diversos tipos de estresse em animais de laboratório têm servido de base para estudos, em seres humanos, do efeito do estresse em geral e da fisiopatologia do transtorno de estresse pós-traumático. Até o momento, sistemas noradrenergéticos, dopaminergéticos, opióides e sistemas envolvendo neurotransmissores menos estudados como neuroesteróides e hormônio liberador de corticitrofina, vêm sendo implicados na gênese do transtorno de estresse pós-traumático. Além disto, o sistema nervoso simpático e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal têm sido implicados nas manifestaçöes do transtorno fora do controle direto do sistema nervoso central. Este artigo se propöe a revisar sumariamente estes estudos