RÉSUMÉ
O autismo primeiramente descrito por Kanner em 1943, é um transtorno do desenvolvimento, caracterizado por prejuízos na interaçäo social e na comunicaçäo e por um padräo de atividades estereotipadas e repetitivas. Sua etiologia é desconhecida, mas vários estudos com gêmeos e famílias têm mostrado influências genéticas importantes. Este trabalho irá revisar o papel dos fatores genéticos no autismo. Säo abordados três tipos de associaçöes genéticas: 1) estudos sobre a prevalência familiar do autismo que mostram que essa doença é mais freqüente em irmäos de crianças autistas do que na populaçäo; 2) estudos sobre a prevalência familiar de outros distúrbios que mostram que distúrbios do desenvolvimento säo freqüentemente observados nos familiares de crianças autistas e que podem ser uma expressäo mais leve de uma anormalidade genética subjacente no autismo; 3) estudos sobre associaçöes com certas doenças genéticas, como a síndrome do X Frágil e a esclerose tuberosa, entre outras. Também säo discutidos possíveis mecanismos genéticos envolvidos, tais como herança autossômica recessiva, herança multifatorial e herança poligênica.
Sujet(s)
Humains , Prévalence , Trouble autistique/étiologie , Trouble autistique/génétiqueRÉSUMÉ
No puerpério, näo há uma patologia mental específica. O parto pode desencadear diversos distúrbios psiquiátricos, principalmente as doenças afetivas, havendo um aumento de 10 a 20 vezes na incidência de crises psicóticas. De causa desconhecida, fatores psicossociais e fisiológicos säo tidos como precipitantes, e sua ocorrência se dá entre a primeira e a terceira semana do período pós parto. No que se refere ao quadro clínico, este se caracteriza por um início agudo, com confusäo mental, agitaçäo psicomotora, insônia, angústia, prejuízo de memória, irritabilidade, evoluindo, posteriormente, para formas maníacas, melancólicas ou catatônicas. A psicose puerperal é um distúrbio mais freqüente em mulheres com história prévia de episódios afetivos, em casos de antecedentes com doença mental, e em primíparas. Para esses casos, o tratamento fundamenta-se na psicoterapia individual e em grupo e em medidas psicofarmacológicas. A psicose pós-parto pode ter resoluçäo abrupta, porém mais freqüentemente ela evolui para formas depressivas näo puerperais prolongadas.