Nefrotoxicidade da cisplatina / Nephrotoxicity of cisplatinum

Duzentos e noventa e dois pacientes receberam 1.106 cursos de Cisplatina (DDP) com uma nefrotoxicidade de 9,7% (7,9% leve, 1,6% moderada e 0,2% grave). Duzentos e três pacientes (757 cursos) foram tratados exclusivamente a nível ambulatorial, com um método de administraçäo do DDP sem hidrataçäo prévia e em infusäo de três horas. A toxicidade renal observada foi de 10,1% (8,4% leve, 1,4% moderada e 0,2% grave). Todos os pacientes foram avaliados em relaçäo à presença de alteraçöes renais prévias, métodos de administraçäo do DDP, localizaçäo do tumor primário, dose administrada por curso, esquema de administraçäo do DDP e dose cumulativa. O fator mais importante no desenvolvimento de maior nefrotoxicidade com o uso de DDP é a presença de alteraçäo renal prévia (p<0,0001). Näo foram encontradas relaçöes entre nefrotoxicidade e métodos de administraçäo da droga, localizaçäo dos tumores primários, doses por curso, esquema de administraçäo do DDP e doses cumulativas. O método de administraçäo do DDP em ambulatório sem hidrataçäo prévia é seguro e apresenta toxicidade renal clinicamente aceitável

Doença de Hodgkin: estudo epidemiológico e clínico em uma populaçäo parcial no Rio Grande do Sul / Hodgkin's disease: epidemiologic and clinical study in a partial population of Rio Grande do Sul

Sessenta e nove pacientes, diagnosticados no período de 1979 a 1983, foram estudados em relaçäo à idade, sexo, tipo histológico, estágio clínico e sintomas sistêmicos da doença de Hodgkin. A doença foi mais comum no sexo masculino; a histologia de celularidade mista foi mais freqüente no sexo masculino e de esclerose nodular e celularidade mista no feminino. Na ocasiäo do diagnóstico, a maior parte dos pacientes encontrava-se em estágio clínico intermediário (III) e apresentava sintomas sistêmicos. Os tipos, histológicos, apresentaçöes clínicas e sintomas constitucionais foram correlacionados

Doença de Hodgkin / Hodgkin's disease

O presente trabalho é uma revisäo da bibliografia recente e especializada sobre Doença de Hodgkin. Escolhemos esta entidade porque, apesar de relativamente rara, a sua incidência vem aumentando em nosso meio, acometendo uma faixa etária jovem e cujo prognóstico tem melhorado sensivelmente com o advento da moderna poliquimioterapia anti-neoplásica. Especial ênfase foi dedicado as manifestaçöes clínicas, classificaçäo, métodos diagnósticos e estagiamento

Quimioterapia adjuvante no câncer da mama / Adjuvant chemotherapy in breast cancer

Faz-se uma análise retrospectiva dos resultados do tratamento quimioterápico adjuvante em 95 pacientes com carcinoma da mama. As pacientes foram estratificadas pelo status patológico dos linfonodos axilares: grupo A com 1-3 linfonodos positivos e grupo B com mais de 3 linfonodos positivos. Aos 60 meses a probabilidade de sobrevida foi de 86,1% para o grupo A e de 83% para o B (p=0.042), a probabilidade de sobrevida sem doença foi de 86,1% no A e 64,4% no B (p<0.001). Em 49 pacientes acompanhadas por mais de 2 anos e avaliadas aos 24 meses a sobrevida foi de 95,4% no grupo A e de 85,1% no B (p=0.014), a sobrevida sem doença de 86,3% no A e de 66,6% no B (p=0.415). As pacientes que receberam 85% ou mais da dose prevista apresentaram 23,4% de recidivas e naquelas com doses menores foi de 45%. As recidivas locais foram semelhantes nas pacientes com e sem radioterapia. É feita uma comparaçäo dos resultados obtidos com o estudo de Miläo