RÉSUMÉ
OBJETIVOS: Identificar as dificuldades nas relações familiares e no âmbito do trabalho decorrentes dos sintomas do climatério, bem como as ações para seu enfrentamento. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal e qualiquantitativo do qual participaram 30 mulheres em pós-menopausa. RESULTADOS: As vivências relacionadas ao climatério foram heterogêneas e não necessariamente negativas. Houve grande diversidade na forma como as entrevistadas definiram a menopausa e apenas 33,3% haviam sido preparadas para vivenciá-la, a maioria por orientação médica. Os primeiros sintomas ocorreram aos 46,5 anos (±5,3 anos) e foram mencionados: ondas de calor, ganho de peso, irritabilidade e dor durante a relação sexual. Houve diferença entre as mulheres quanto ao número de sintomas percebidos, que variaram de 1 a 27 (13,4±6,3). Foram mencionadas significativas mudanças comportamentais, tais como: a redução da atividade sexual decorrente da queda da libido, a falta de paciência para lidar com os filhos, a menor motivação para o trabalho e a redução da autoestima. Para o enfrentamento das transformações ocorridas foram adotadas dietas alimentares, prática de exercícios físicos ou mudanças em alguns valores e atitudes. CONCLUSÕES: O despreparo pode gerar dificuldades no enfrentamento da síndrome do climatério e comprometer a qualidade de vida e/ou a satisfação pessoal.
OBJECTIVES: To identify the difficulties on the family relationships and at work derived from the menopause symptoms, as well as the management measures adopted. METHODS: Cross-sectional, qualitative/quantitative study attended by 30 post-menopause women. RESULTS: The menopause related experiences were heterogeneous and not necessarily negative. There was great diversity in how the respondents defined menopause and only 33.3% had been prepared to experience it, mostly by medical directions. The first symptoms occurred at 46.5 years (±5.3 years), being mentioned: the hot flashes, the gain of weight, the irritability and the pain during intercourse. There were differences between women in the number of symptoms perceived, ranging from 1 to 27 (13.4±6.3). Important behavioral changes were mentioned such as the reduction of sexual activity due to the decline of libido, the lack of patience to deal with the sons, the less motivation to work and the reduced self-esteem. In order to deal with the symptoms they adopted new diets, physical exercises or altered some values and attitudes. CONCLUSIONS: The lack of preparation can lead to difficulties to cope with climacteric syndrome, which may compromise quality of life and/or personal satisfaction.