Comentários sobre a classificaçäo de Cabrera do ST-T / Commentary of Cabrera`s ST-T classification

Os autores comentam, valorizam e complementam a classificaçäo de Cabrera do ST-T, mostrando que, apesar do tempo decorrido, continua com total validade, definindo-a como uma classificaçäo eletrocardiográfica, raras vezes nosológica. Revisam várias outras causas de alteraçäo da repolarizaçäo ventricular, abordando as conhecidas pela Medicina, após a publicaçäo de Cabrera, sendo que algumas destas causas foram estudadas pelos autores em trabalhos anteriores. Terminam mostrando as dificuldades para correlacionar as alteraçöes do ST-T na clínica e enfatizam que uma das primeiras medidas perante uma corrente de lesäo eletrocardiograficamente detectada, que suscita dúvidas, será cotejá-la com classificaçäo de Cabrera que, considerando outros acidentes eletrocardiográficos, concorrerá para atingir o correto diagnóstico...

Regressão das placas ateroscleróticas / Atherosclerotics plaques regression

Os autores apresentam uma revisão de estudos que evidenciam regressão da aterosclerose coronariana, confirmada por exames angiográficos, e que mostram a diminuição da morbidade de mortalidade da doença aterosclerótica coronariana quando os níveis de colesterol sangüíneo são reduzidos, com concomitante regressão das placas ateroscleróticas. Finalizam discutindo aspectos ainda contorversos da cardiopatia aterosclerótica.

Aterosclerose, pós-menopauda e estrogênios / Estrogens in postmenopausal women for preventing coronary atherosclerotic disease

Os autores estudam o emprego de estrogênio na pós-menopausa, em relaçao à prevençäo da doença aterosclerótica coronariana; analisam resultados da literatura; discutem mecanismos de açäo, dosagens, associaçSes, e concluem mostrando a inexistência de contra-indicaçöes, mais até que a indicaçäo. Deve a equipe médica prescrever o tratamento estrogênico, especialmente o ginecologista, e suspender a medicaçäo ao primeiro sinal de risco

Sinal prevalente de intoxicaçäo digitálica / Prevalent signal of digitalis intoxication

Objetivo: enfatizar a importância do achado de ST-T em "pá de pedreiro" em derivaçoes com o QRS predominantemente negativo, como sinal de intoxicaçao digitálica. Casuística: analisam o caso de uma paciente, onde há eletrocardiogramas antes da digitalizaçao, durante a intoxicaçao digitálica e depois da mesma, correlacionando os traçados à clínica da paciente. Discussao: sao analisados os vários ST-Ts, inclusive o em "pá de pedreiro", nos diversos eletrocardiogramas. Conclusao: aconselham a realizaçao de freqüentes eletrocardiogramas durante a digitalizaçao dos pacientes, para que, valorizando o referido sinal e os demais da intoxicaçao digitálica, a mesma possa ser detectada, antes que ocorram seus sintomas característicos, deterioraçao do quadro clínico ou mesmo a morte do paciente.

"Pá de pedreiro" como sinal de intoxicaçäo digitálica / Depression of the ST-T segment with flattening and inversion of T waves as a sign of digitalis intoxication

Objetivos: enfatizar a importância do aparecimento da "pá de pedreiro" em derivaçöes com QRS predominantemente negativo como sinal diagnóstico na intoxicaçäo digitálica e fazer uma revisäo da literatura sobre o assunto. Métodos: entre 1990 e 1991, foram internados no HUGG 7.422 pacientes, dos quais 13 apresentaram quadro clínico de intoxicaçäo digitálica, sendo que em nove foram encontrados eletrocardiogramas (ECGs), que mostravam o referido sinal. Resultados: Em 53,8 por cento dos casos, a "pá de pedreiro" precedeu os sinais clínicos de intoxicaçäo digitálica. Como o sinal näo foi valorizado, o diagnóstico de enfermidade foi atingido em face do quadro clínico arritmias ao ECG. Conclusäo: os autores reiteram a necessidade de que a digitalizaçäo de uma paciente seja sempre acompanhada por ECGs seriados, atentando para o surgimento da "pá de pedreiro".

Edema agudo pulmonar em insuficiência cardíaca diastólica / Acute pulmonary edema caused by diastolic heart failure

Os autores discorrem a respeito da insuficiência cardíaca diastólica como causa de edema agudo pulmonar; mostrando que nåo se trata de um evento raro, sendo, portanto, primordial fazer a distinçåo com a insuficiência cardíaca sistólica, visto que as condutas terapêuticas divergem. Apresentam um caso clínico ilustrativo e fazem uma revisåo da literatura sobre o tema, enfatizando a importância de um diagnóstico precoce da disfunçåo diastólica com a finalidade de evitar conseqüências mais graves no futuro, e traçam as principais metas no tratamento da enfermidade

Insuficiência cardíaca diastólica / Diastolic heart failure

Os autores estudam a história da insuficiência cardíaca mostram a elevada prevalência da síndrome; a clínica, onde destacam a queixa de cansaço; o exame físico comentando o aparecimento de B3 e B4, os exames complementares angiocardiografia com radionuclídeos e ecocardiografia com "doppler" e correlacionam seus achados aos da literatura. Comentam a terapêutica peculiar da ICD, destacando beta-bloqueadores adrenérgicos e bloqueadores dos canais de cálcio e os resultados iniciais que obtiveram com o diltiazem. Enfatizam sobre a necessidade de näo utilizar agentes inotrópicos, inclusive a digital, vasodilatadores e diuréticos, a näo ser em situaçöes especiais de ICD. Sumariamente discutem a fisiopatologia da ICD, os múltiplos fatores envolvidos na funçäo diastólica, as doenças desencadeantes e os mecanismos que influenciam o relaxamento e a complacência ventriculares. Concluem, destacando a importância da síndrome as implicaçöes terapêuticas e indagam se poderá ser detectada uma ICD relacionada ao ventrículo direito

Prevalência da insuficiência cardíaca diastólica / Prevalence of the diastolic heart failure

Foram estudados 40 pacientes com insuficiência cardíaca, atendidos em Hospital Universitário, visando estabelecer a prevalência das insuficiências cardíacas sistólica, diastólica e sistodiastólica em nosso meio. Os pacientes realizaram, além do exame clínico, ecocardiogramas modo MC e, com base em critérios ecocardiográficos, foram encontrados: ICS, 47,5%; ICD, 47,5% e ICSD 5%. Os autores comparam seus achados aos da literatura; comentam as doenças determinantes da ICD; a impossibilidade, na maioria dos casos, de se chegar ao diagnóstico por parâmetros clínicos; valorizam a ecocardiografia e, do tema insuficiência cardíaca diastólica, tecendo especiais consideraçöes sobre os enfoques terapêuticos que esta síndrome merece