Résumé
Clinicamente, a acuidade visual é medida com tabelas de optotipos. Embora exista um razoável corpo de conhecimento acerca da construçäo destas, pouco se investigou sobre os métodos psicofísicos empregados na determinaçäo do limiar visual. O Objetivo do trabalho foi comparar os métodos psicofísicos na medida da acuidade visual. Especificamente, examinou-se a estabilidade de repetiçäo de medidas do limiar visual, segundo diferentes métodos e mediu-se o tempo necessário à implicaçäo dos mesmos. Desse modo, determinou-se a acuidade visual de 5 grupos de 10 pessoas sem queixas oftalmológicas. Cada grupo foi medido por um método psicofísico diferente e cada indivíduo teve seu limiar visual medido 5 vezes com intervalos semanais. Os métodos psicofísicos utilizados foram: limites, estímulos constantes, ajuste, "staircase" e "clínico". A tabela utilizada apresentava 5 optotipos (E de Rasquim) em cada nível angular. A escala angular era logarítmica (+0.7 log a-0.3 log) e o contraste foi de 91%. A análise de variância, segundo o esquema trifatorial (5 x 5 x 2); método, medida e olho) mostrou que: houve diferença entre os métodos (F[4.466]=11.07 p<0.01), sendo que o método dos limites apresentou piores resoluçöes e o método do ajuste melhores resoluçöes; houve diferença entre as medidas (F[4.466]=3.11,p < 0.05) pois as primeiras, com melhores resoluçöes, diferiram das últimas (piores resoluçöes); todas as interaçöes (método x media, método x olho e medida x olho) näo foram significativas, assim como o estudo do fator olho. Para todos os métodos houve uma nítida tendência a melhoria da resoluçäo com a repetiçäo das medidas. O método mais rápido foi o "staircase"