Résumé
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Dor é um dos desafios da Medicina pela sua prevalência e impacto na saúde. Os objetivos deste estudo foram: descrever o perfil dos pacientes com dor músculo-esquelética em Unidade Básica de Saúde (UBS); determinar a concordância do diagnóstico de encaminhamento e de reumatologista e determinar a incapacidade funcional. MÉTODO: Revisão de 40 prontuários do Centro de Saúde Escola de Sorocaba. As variáveis pesquisadas foram: caracteristicas da dor; aspectos do atendimento médico e a incapacidade funcional. RESULTADOS: Quinze pacientes referiam dor difusa associada a alguma localização específica e duração média de 6,5 anos. Predominava o envolvimento poliarticular. Observou-se baixa concordância entre o diagnóstico do clínico e o reumatologista (17%). Trinta e um pacientes (78%) referiam desconhecer seu diagnóstico e entre esses em 21 um prontuário não havia qualquer diagnóstico. Todos os prontuários apresentavam prescrição para medicamentos, observando-se ainda as seguintes modalidades: fisioterapia (27), floral de Bach (1), massoterapia (1), acupuntura (1) e psicoterapia (1). Vinte e sete pacientes não se submetiam a modalidade não farmacológica. Não havia registro de prescrição de exercícios. Obteve-se a seguinte freqüência de prática de exercícios referidos pelos pacientes: aeróbicos (12) e alongamento (3). Vinte e dois pacientes não referiram qualquer exercício. CONCLUSÃO: A maior parte dos pacientes com dor músculo-esquelética nas UBS são mulheres, com queixas crônicas envolvendo articulações periféricas e a coluna vertebral. Houve baixa concordância entre os diagnósticos estabelecidos pelo clínico e o reumatologista. A modalidade terapêutica predominante foi a medicamentosa. Houve baixa utilização de tratamento não medicamentosos e exercícios