Résumé
Realizar uma revisão de literatura sobre as mucopolissacaridoses, abordando as características sistêmicas associadas às bucais, e, assim, possibilitar um tratamento odontológico adequado e uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Revisão de literatura: a mucopolissacaridose é uma desordem metabólica hereditária, causada por erros inatos do metabolismo que provocam deficiência das enzimas lisossômicas que degradam os glicosaminoglicanos, ocasionando acú- mulo destes no interior dos diferentes tecidos e órgãos. Esse acúmulo anormal compromete a função celular e orgânica, levando a um grande número de manifesta- ções clínicas progressivas e multissistêmicas. As manifestações orais variam de acordo com o tipo de mucopolissacaridoses e são bastante significativas. Em sua maioria, os indivíduos apresentam boca grande, lábios proeminentes, macroglossia, mordida aberta anterior, mandíbula pequena e larga, limitação da abertura bucal, hiperplasia gengival, respiração bucal, impacção dentária, hipoplasia do esmalte, diastemas com relativa microdontia, taurodontismo, hiperplasia dos folículos dentais e cistos dentígeros. O acompanhamento deve ser multidisciplinar e mantido ao longo do tempo, monitorando-se a evolução do paciente, prevendo-se qualquer complicação e corrigindo-se as disfunções que se apresentarem, bem como se avaliando a eficácia da terapia instituída. Considerações finais: são inúmeras as manifestações bucais, portanto, é necessário que o profissional conheça as mucopolissacaridoses e que acompanhe o paciente desde a infância até a fase adulta, objetivando a prevenção, a manutenção da saúde bucal, o atendimento especializado e multidisciplinar.
Résumé
Objetivo: este artigo visa demonstrar por meio da Revisão de literatura e do relato de dois casos a importância da aplicação de protocolos de adequação do meio bucal em crianças submetidas a tratamento oncológico. As neoplasias em crianças e adolescentes estão entre 1% e 3% de todos os tumores malignos na maioria da população. Representam a principal causa de morte a partir dos 5 anos de idade. Para tratar essas doenças, os pacientes são submetidos à quimioterapia e à radioterapia, tratamentos que podem ocasionar alterações na integridade e na função dos tecidos da cavidade bucal. A toxicidade das drogas quimioterápicas pode ser direta ou indireta, aguda ou tardia, causando impacto na saúde e na qualidade de vida dos pacientes. Relato de casos: neste artigo são relatados dois casos de crianças diagnosticadas com neoplasias. Em uma delas, foi realizada a adequação do meio bucal antes do tratamento oncológico para prevenir intercorrências estomaológicas e, na outra, cujas condições de saúde bucal eram favoráveis, mas que desenvolveu mucosite durante o tratamento oncológico, foi instituído um protocolo para tratar as lesões. Considerações finais: as inadequadas condições de saúde bucal prévias ao tratamento oncológico influenciam diretamente nas intercorrências estomatológicas, aumentando os riscos de infecção local e sistêmica, prejudicando a alimentação e a recuperação do paciente e, dessa forma, aumentando o uso de analgésicos e de dias de internação hospitalar. A avaliação, o tratamento odontológico e o condicionamento bucal, previamente ao tratamento oncológico, tem sido importante na prevenção de sequelas para os pacientes pediátricos.