RÉSUMÉ
Os estudos das lesões proliferativas pré-malígnas com marcadores de diferenciação celular e de atividade proliferativa têm sugerido que o estrogênio exerce papel importante na transformação dessas lesões, atuando através do seu receptor e agindo no núcleo das células alvo estimulando a proliferação celular. Trabalhos com culturas de células de diferentes linhagens identificaram a proteína S100P como participante no processo de transformação neoplásica maligna celular. No presente trabalho, estudamos a expressão imuno-histoquímica da S100P, do receptor de estrogênio e MIB-1 em pacientes submetidas à biópsia por agulha na rotina diagnóstica em patologia mamária e comprovamos a associação do receptor de estrogênio e da S100P. /The use of cell differentiation and proliferation markers in pre-malignant lesions has brought up the important hole of oestrogen in the malignancy transforming process. Others works based on cells culture from different lines have identified S100P, a binding-calcium protein, as participating of immortalization and cell differentiation. In the present work, we have studied the immunohistochemical expression of oestrogen receptor, S100P and MIB-1, among patients submitted to vacuum assisted breast biopsy in a routine process...
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Calcinose/anatomopathologie , Maladies du sein/anatomopathologie , Hyperplasie/anatomopathologie , Antigènes de différenciation , Ponction-biopsie à l'aiguille/méthodes , Immunohistochimie , Protéine S/analyse , Récepteurs des oestrogènes/analyseRÉSUMÉ
Objetivo: correlacionar os achados citológicos obtidos por punção com agulha fina dirigida pela ultra-sonografia de lesões não-palpáveis da mama, císticas ou sólidas, os aspectos ultra-sonográficos e os respectivos resultados histopatológicos das lesões que foram submetidas a cirurgia. Métodos: foram analisadas 617 lesões não-palpáveis visualizadas ao ultra-som. Realizou-se a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) orientada pela ultra-sonografia, com análise citológica do material, diferenciando-as em cistos ou nódulos sólidos. Estes tiveram seu resultado citológico confrontado com o resultado histopatológico, nos casos em que foi realizada a biópsia cirúrgica. Resultados: das 617 lesões não-palpáveis, 471 eram cistos, sendo 451 cistos simples que apresentaram citologia negativa em todos os casos e 20 casos foram considerados cistos complexos. Destes, 3 (15 por cento) tiveram resultado citológico positivo ou suspeito e em 2 casos confirmou-se malignidade. Dos 105 nódulos sólidos, 63 apresentaram citologia negativa, sendo 59 concordantes com a biópsia e houve 4 casos (0,3 por cento) de resultado falso-negativo pela citologia. Todos, porém, apresentavam discordância entre imagem e citologia. Em 14 nódulos sólidos (13 por cento), a citologia foi suspeita e, destes, 5 foram diagnosticados como carcinoma. Em outros 14 (13 por cento), o material foi insatisfatório e 1 era carcinoma. Em 51 casos, o tríplice diagnóstico foi concordante e optou-se por seguimento clínico. Conclusão: a análise citológica do material dos cistos mamários simples é desnecessária, porém quando são complexos, a citologia é imperativa. Nas lesões sólidas não-palpáveis, é fundamental a correlação da citologia com o aspecto ultra-sonográfico e mamográfico; caso sejam discordantes, deve-se sempre prosseguir a investigação da lesão.