RÉSUMÉ
Este estudo transversal teve o objetivo de avaliar possível associação entre contato com agrotóxicos e prevalência de doenças crônicas em população rural do Sul do Brasil. Três municípios foram aleatoriamente escolhidos. A amostra selecionada por conveniência foi recrutada durante três meses (2005) e se compôs de 298 sujeitos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos e que procuravam farmácia pública ou privada para a compra de medicamentos. Os dados obtidos, mediante entrevistas estruturadas, demonstraram que 68,4 por cento dos entrevistados exerciam atividade rural, dos quais 74,8 por cento eram membros de famílias de agricultores e tinham contato com agrotóxicos. A média de idade foi 51±16,5 anos para os entrevistados com contato com agrotóxicos e 50±17,9 anos para os sem contato. A amostra foi constituída de 36,2 por cento por homens e 57,7 por cento dos indivíduos que apresentavam mais de quatro anos de estudo. O contato direto ou indireto com agrotóxicos associou-se ao relato de várias doenças, sendo as neurológicas e as orais as mais prevalentes. Houve associação com relato de condições dolorosas, de modo que indivíduos com contato com agrotóxicos apresentaram em torno de duas vezes mais chances de as referirem. Os dados corroboram os da literatura e indicam a necessidade de promoção de medidas de proteção e prevenção da saúde da população rural.
The scope of this cross-sectional study was to assess a possible link between contact with pesticides and the prevalence of chronic disease in the rural population in the south of Brazil. Three municipalities were randomly chosen. The sample selected was recruited over three months (2005) and was composed of 298 subjects of both sexes, between 18 and 65 years of age, who frequented public or private pharmacies for the purchase of medication. Data obtained by means of structured interviews revealed that 68.4 percent of those interviewed worked in rural activities, and 74.8 percent of these were members of families working in agriculture with contact with pesticides. The average age was 51+16.5 years of age for the interviewees with contact with pesticides and 50+17.9 years for those without contact. The sample was composed of 36.2 percent of men, and 57.7 percent of the individuals had more than four years of education. Direct or indirect contact with pesticides was associated with the report of several diseases, with neurological and oral diseases being the most prevalent. There was a link with painful conditions and individuals with contact with pesticides reported twice as many diseases. The data corroborate the literature and draw attention to the need for promoting measures to protect the health of the rural population.
Sujet(s)
Adolescent , Adulte , Sujet âgé , Femelle , Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Exposition environnementale/effets indésirables , Exposition professionnelle/effets indésirables , Pesticides/effets indésirables , Brésil , Études transversales , Santé en zone ruraleRÉSUMÉ
Background: Regular and moderate exercise has been considered an interesting neuroprotective strategy. Our research group demonstrated that a protocol of moderate exercise on a treadmill reduced, while a protocol of high-intensity exercise increased in vitro ischemic cell damage in Wistar rats. The molecular mechanisms by which physical exercise exerts neuroprotective effects remain unclear. Accumulating evidence suggests that exercise may have short- and long-term effects on melatonin secretion in humans. Melatonin, the main product of the pineal gland, has been shown to have neuroprotective effects in models of brain and spinal cord injury and cerebral ischemia. A dual modulation of melatonin secretion by physical activity has also been demonstrated. This study aimed to investigate the effect of different exercise intensities, moderateand high-intensity exercise, on serum melatonin levels in rats. Methods: Thirty-five adult male Wistar rats were divided into non-exercised (sedentary) and exercised (20- or 60-min sessions) groups. The exercise protocols consisted of two weeks of daily treadmill training. Blood samples were collected approximately 16 hours after the last training session (8:00-10:00) and melatonin levels were assayed by ELISA. Results: The exercise protocols, two weeks of 20 min/day or 60 min/day of treadmill running, did not affect serum melatonin levels. Conclusion: Our data demonstrated that melatonin levels may not be directly involved in the exercise-induced, intensitydependent dual effect on in vitro ischemia.
Introdução: O exercício físico regular e moderado é considerado uma interessante estratégia neuroprotetora. Nosso grupo de pesquisa demonstrou que um protocolo de exercício moderado em esteira reduziu, enquanto um protocolo de intensidade elevada aumentou o dano isquêmico in vitro em ratos Wistar. Os mecanismos moleculares pelos quais o exercício físico exerce neuroproteção ainda não estão claramente elucidados. Várias evidências sugerem que o exercício pode ter efeitos a curto e longo prazo sobre a secreção de melatonina em humanos. A melatonina, o principal produto da glândula pineal, tem demonstrado exercer uma atividade neuroprotetora em modelos de trauma cerebral e medular e isquemia cerebral. Foi demonstrada também uma modulação dual da atividade física sobre a secreção de melatonina. O objetivo deste estudo foi estudar o efeito de diferentes intensidades de exercício, moderado e elevado, sobre os níveis séricos de melatonina de ratos. Métodos: Trinta e cinco ratos Wistar adultos machos foram divididos em não-exercitados (sedentários) ou exercitados (sessões de 20 ou 60 min). Os protocolos de exercício consistiam em duas semanas diárias de treinamento em esteira ergométrica. Os soros foram coletados aproximadamente 16 horas após a última sessão de treino (8:00-10:00) e os níveis de melatonina foram avaliados através da técnica de ELISA. Resultados: Os protocolos de exercício físico, duas semanas de 20 min/dia ou 60 min/dia de corrida em esteira, não alteraram os níveis séricos de melatonina. Conclusão: Nossos dados demonstram que os níveis de melatonina parecem não estar diretamente envolvidos com o efeito dual do exercício físico dependente da intensidade na isquemia in vitro.