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1.
Physis (Rio J.) ; 34: e34001, 2024. tab, graf
Article Dans Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1558702

Résumé

Resumo Compreender os sentidos e significados atribuídos às vivências cotidianas de usuárias e profissionais da atenção primária à saúde (APS), em serviços públicos de assistência materna, é o objetivo deste artigo. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa a partir do relato desses sujeitos sobre suas interações. Foram realizados grupos focais com 56 mulheres, de classes populares, de 17-35 anos, majoritariamente autoidentificadas como pretas ou pardas; e 115 profissionais da APS, em duas cidades de um estado do nordeste brasileiro. O tema "violência" emergiu espontaneamente em discussões sobre direitos na gestação, parto e puerpério. As mulheres relataram dificuldades no acesso e problemas na qualidade dos serviços ofertados. As relações hierárquicas e assimétricas entre profissionais e usuárias são atravessadas por uma violência simbólica, naturalizada, institucionalmente legitimada, que se reproduz em um jogo de (des)responsabilização dos profissionais. Como resposta, usuárias recorrem ao controle das emoções e à violência. A depender do contexto, a violência é mais ou menos explícita, atuando como um fio condutor, uma linguagem simbólica, presente na relação usuárias-profissionais de saúde. O cotidiano é marcado por práticas violentas que geram violência como resposta e revelam o não reconhecimento da mulher como sujeito integral e de direitos.


Abstract The aim of this article is to understand the senses and meanings attributed to the daily experiences of primary health care (PHC) users and practitioners in public maternal care services. This is a qualitative study based on these individuals' accounts of their interactions. Focus groups were held with 56 working class women, aged 17-35, mostly self-identified as black or brown, and 115 PHC practitioners, in two cities in a northeastern Brazilian state. The theme of "violence" emerged spontaneously in discussions about rights during pregnancy, childbirth and the puerperium. The women reported difficulties in access and problems with the quality of the services offered. The hierarchical and asymmetrical relations between practitioners and users are crossed by symbolic, naturalized and institutionally legitimized violence, which is reproduced in a game of (dis)accountability on the part of the practitioners. In response, users resort to controlling their emotions and resorting to violence. Depending on the context, violence is more or less explicit, acting as a common thread, a symbolic language, present in the relationship between users and health practitioners. Daily life is marked by violent practices that generate violence as a response and reveal the failure to recognize women as integral subjects with rights.

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