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Ces med. vet. zootec ; 17(2): 36-62, mayo-ago. 2022. tab, graf
Article de Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404091

RÉSUMÉ

Resumo Na flora amazônica, incontáveis plantas possuem compostos bioativos, que potencialmente podem ser utilizados como moduladores da fermentação ruminal. Apesar da importância, poucos estudos têm sido desenvolvidos para avaliar a utilização de plantas amazônicas como aditivos alimentares naturais na nutrição de ruminantes. Assim, objetiva-se apresentar um panorama dos dados científicos da literatura sobre os efeitos do uso dos extratos de açaí, copaíba, salva-do-marajó, pupunha e bacuri na fermentação ruminal e os seus potenciais de utilização na dieta de ruminantes. O açaí (Euterpe oleracea Mart.), possui 16,08 mg/g de matéria seca de flavonoides, compostos com potente ação antimicrobiana. Estudos com suplementação do óleo de açaí tem mostrado efeitos modulatórios na fermentação ruminal e na produção de leite de ovelhas e vacas. Adicionalmente, a oleoresina de copaíba (Copaifera spp.) e a manteiga das sementes de bacuri (Platonia insignis Mart.), possuem, respectivamente, 88% e 41% de terpenos; a composição fitoquímica do óleo de salva-do-marajó (Hyptis crenata Pohl ex Benth) ainda não está completamente caracterizada, mas esta fonte está majoritariamente composta por terpenos cânfora (33,62%), 1,8-cineol (19,76%) e α-pineno (15,24%), que apresentam atividade in vitro antimicrobiana, capaz de reduzir a produção total de gás em ambiente ruminal in vitro. A pupunha, fruto da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth.), possui 355,95 mg/kg de carotenoides, com efeito antimicrobiano in vitro contra algumas cepas bacterianas. Os achados desta revisão demonstram as potencialidades dos extratos amazônicos na maximização da produção animal, em razão dos possíveis efeitos na modulação da fermentação ruminal, sendo encorajada a realização de estudos adicionais visando uma maior exploração deles. Embora, atualmente, não existam estudos associados aos efeitos do açaí, salva-do-marajó, pupunha e bacuri na fermentação ruminal, pressupõe-se que pela sua composição fitoquímica, poderiam ter um efeito semelhante aos ionóforos na produção de ruminantes.


Abstract In the Amazonian Forest, diverse plants have bioactive compounds, which can potentially be used as modulators of ruminal fermentation. Despite the importance, few studies have been developed to evaluate the use of extracts from Amazonian plants as natural feed additives in ruminant nutrition. Thus, the objective of this study is to present a brief overview of the scientific data in the literature regarding the effects of the use of extracts of açaí, copaíba, sage-do-marajó, peach palm, and bacuri on the ruminal fermentation and their potential for use in the diet of ruminants. Açaí (Euterpe oleracea Mart.) has 16.08 mg/g of dry matter of flavonoids, compounds with potent antimicrobial activity. Studies with açaí oil supplementation have shown modulatory effects on rumen fermentation and milk production in sheep and cows. Additionally, the copaiba oleoresin (Copaifera spp.) and the bacuri (Platonia insignis Mart.) seed butter have 88% and 41% of terpenes, respectively; the phytochemical composition of marajó sage oil (Hyptis crenata Pohl ex Benth) is not completely resolved, but this source is mostly composed of the terpenes, camphor (33.62%), 1,8-cineole (19.76%) and α-pinene (15.24%), which have in vitro antimicrobial effects against different bacterial strains. The findings of this review demonstrate the potential of Amazonian extracts in maximizing animal production, due to the possible effects on the modulation of ruminal fermentation, being encouraged to carry out additional studies aiming at a greater exploration of them. Although, there are no current studies associated with the effects of açaí, sage, peach palm, and bacuri on rumen fermentation, it is inferred that, due to their phytochemical composition, they may have a similar effect to ionophores on ruminant production.


Resumen En la selva amazónica, innumerables plantas poseen compuestos bioactivos, que potencialmente pueden ser utilizados como moduladores de la fermentación ruminal. A pesar de la importancia, han sido desarrollados pocos estudios evaluando el uso de extractos de plantas amazónicas como aditivos alimentarios naturales en la nutrición de rumiantes. Así, el objetivo de este estudio es presentar un breve panorama de los datos científicos en la literatura sobre los efectos del uso de extractos de açaí, copaíba, salvia-do-marajó, chontaduro y bacuri en la fermentación ruminal y su potencial de uso en la dieta de los rumiantes. Açaí (Euterpe oleracea Mart.) tiene 16,08 mg/g de materia seca de flavonoides, compuestos con potente acción antimicrobiana. Los estudios con suplementos de aceite de açaí han demostrado efectos moduladores sobre la fermentación ruminal y la producción de leche en ovejas y vacas. Adicionalmente, la oleorresina de copaiba (Copaifera spp.) y la mantequilla de semilla de bacuri (Platonia insignis Mart.) poseen 88% y 41% de terpenos, respectivamente; la composición fitoquímica del aceite de salvia de marajó (Hyptis crenata Pohl ex Benth) no está completamente resuelta, sin embargo esta fuente está mayoritariamente compuesta de los terpenos alcanfor (33,62%), 1,8-cineol (19,76%) y α-pineno (15,24%), los cuales poseen efecto antimicrobiano in vitro frente a diferentes cepas bacterianas. Los hallazgos de esta revisión demuestran el potencial de los extractos amazónicos en la maximización de la producción animal, debido a sus posibles efectos sobre la modulación de la fermentación ruminal, siendo incentivados a realizar estudios adicionales con el objetivo de una mayor exploración de estos. Aunque actualmente no existen estudios asociados a los efectos del açaí, la salvia, el chontaduro y el bacuri en la fermentación ruminal, se supone que, por su composición fitoquímica, podrían tener un efecto similar a los ionóforos en la producción de rumiantes.

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