RÉSUMÉ
O transplante de fígado é o tratamento preconizado para a doença hepática terminal. Infecções são complicações frequentes e estão associadas à alta morbidade e mortalidade de pacientes pré e pós-transplantados. Assim, a prevenção de processos infecciosos é fundamental para reduzir a progressão da cirrose e diminuir o risco de complicações após o transplante. Portanto, o objetivo desta revisão de literatura é verificar quais são as condições bucais de candidatos ao transplante de fígado e de pós-transplantados, bem como verificar se a doença hepática está associada com pior condição bucal. Os artigos incluídos demonstraram higiene bucal ruim, alta prevalência de doença periodontal e de doença cárie. Alguns estudos observaram maior perda óssea e maior perda de inserção clínica em pré e pós-transplantados do que em pacientes sadios. A literatura é controversa em relação à associação entre condição hepática e doença cárie. Não há evidência suficiente para suportar a hipótese de que a doença hepática seja um fator de risco para doenças bucais
Liver transplantation is the indicated treatment for endstage hepatic disease. Infections are frequent complications in patients waiting for liver transplant and post-transplant patients, and have been associated with high morbidity and mortality.Thus, prevention of infections is important in the reduction of the progression of hepatic disease and in the reduction of complications in the transplanted patient. The aim of the review is to describe the oral conditions of liver transplant candidates and transplanted patients, and to verify if hepatic disease is associated with poor oral conditions. The included articles demonstrated poor oral hygiene, high prevalence of periodontal disease and caries disease. Some of the studies observed greater bone loss and clinical attachment loss in liver transplant candidates and transplanted patients, when compared to healthy controls. The literature is controversial regarding association between liver disease and dental caries. We concluded that there is not enough evidence to support the hypothesis that liver disease increases the risk for oral diseases