RÉSUMÉ
AbstractMist nets may be opened at different heights in the forest, but they are seldom used over 3 m above the ground. We used two different methods to compare species richness, composition, and relative abundance and trophic structure of the bird assemblage at Ilha Grande (with a 290 birds standardization): conventional ground-level nets (0-2.4 m height range) and elevated nets (0-17 m) with an adjustable-height system (modified from Humphrey et al., 1968) that we call vertically-mobile nets. There were significant differences in capture frequencies between methods for about 20% of the species (Chi-squared test, P<0.05), and the two methods caught different assemblages. Ground-level nets recorded less species, and they comparatively overestimated mainly Suboscine insectivores and underestimated frugivores and nectarivores. Different sampling methods used at the same location may result in very different diagnoses of the avifauna present, both qualitatively and quantitatively. We encourage studies involving mist net sampling to include the upper strata to more accurately represent the avifauna in Atlantic Forest.
ResumoRedes-de-neblina podem ser abertas a diferentes alturas na floresta, mas raramente são usadas acima de 3 m do chão. Usamos dois diferentes métodos para comparar riqueza, abundância relativa de espécies e estrutura trófica da assembleia de aves da Ilha Grande (com a padronização de 290 indivíduos): redes convencionais no nível do solo (0-2,4 m de altura) e redes bandeira (0-17 m) com um sistema de ajuste de altura (modificado de Humphrey et al., 1968) que denominamos redes verticalmente móveis. Houve diferenças significativas nas frequências de capturas entre os métodos em cerca de 20% das espécies (teste Qui-quadrado, P<0,05), e os dois métodos capturaram diferentes assembleias. Redes de neblina no nível do solo registraram menos espécies, e comparativamente superestimaram principalmente espécies insetívoras de Suboscine, e subestimaram frugívoras e nectarívoras. Métodos diferentes de amostragem usados em uma mesma localidade podem resultar em uma diagnose bem distinta da avifauna presente, tanto qualitativa como quantitativamente. Recomendamos que estudos envolvendo amostragens com redes-de-neblina incluam os estratos superiores para representar mais acuradamente a avifauna na Mata Atlântica.
Sujet(s)
Animaux , Répartition des animaux , Biodiversité , Oiseaux/physiologie , Brésil , ForêtsRÉSUMÉ
The Restinga Antwren (Formicivora littoralis) has a narrow distribution range in southeastern Brazil, and it is a typical species of restinga habitat (sandy coastal plain vegetation). In this paper, we describe two new records for the species (22° 51' 45" S and 42° 14' 13" W; 22° 51' 14" S and 42° 11' 47" W) in the northern margin of the Araruama Lagoon, which represent a new inland limit for its distribution (11 km), besides assessing the current state of its habitat. We recorded supposed isolated subpopulations, most of them due the accelerated human-made fragmentation. The Massambaba Environmental Protection Area comprises the larger continuous extent of the suitable habitat for the Restinga Antwren, being essential to its long-term existence. However, the region lacks effective protected areas and, besides urgent practical measures, we recommend an accurate mapping and populational studies on this species.
Formicivora littoralis tem uma restrita faixa de distribuição no Sudeste do Brasil, sendo uma espécie típica de restinga. Descrevemos dois novos registros para a espécie (22° 51' 45" S e 42° 14' 13" W; 22° 51' 14" S e 42º 11' 47" W) na margem norte da Lagoa de Araruama, que representam um novo limite continental para sua distribuição (11 km), além de avaliar o atual estado de seu habitat. Registramos subpopulações supostamente isoladas, a maioria devido ao acelerado processo de fragmentação por intervenção antrópica. A Área de Proteção Ambiental de Massambaba compreende a maior extensão de habitat adequado para F. littoralis, essencial para sua existência a longo prazo. No entanto, a região carece de áreas de proteção efetiva. Recomendamos medidas práticas urgentes, além de um mapeamento acurado e estudos populacionais sobre essa espécie.