Résumé
O primeiro relato de preocupação com a diferença entre homens e mulheres aconteceu no final do século XVIII, por médicos, durante a Revolução Francesa; porém, os grandes avanços nessa área de pesquisa aconteceram na década de 1990. Desde então, estudos vêm sendo desenvolvidos, e a literatura apresenta não somente diferenças neuroanatômicas entre os sexos como também diferenças no desempenho de algumas habilidades específicas, como a lateralidade, construção da habilidade motora, atividades visoespaciais, tácteis entre outras. No entanto, é extremamente escassa a pesquisa na área da estereognosia. Neste trabalho, 53 crianças destras (28 do sexo feminino e 25 do sexo masculino) com idade entre oito e nove anos foram avaliadas durante a execução de uma tarefa específica que testa a estereognosia. A correlação dos dados foi realizada por análise de variância para medidas repetidas. Observou-se que tanto os meninos quanto as meninas acertaram mais com a mão direita do que com a mão esquerda, e que a ordem de início da tarefa influiu no seu desempenho quando foi realizada pela segunda vez. Não foi observada diferença entre meninos e meninas na prova utilizada.
The first report on differences between men and women was published by doctors and had place at the end of the 18th century during the French Revolution, but wide advances on this kind of research occurred in the 1990s. Many studies have been developed since then, and the literature has referred neuroanatomical differences between genders as well as differences in specific abilities such as laterality, motor ability, visospatial and tactile abilities among others. However, studies on stereognosia have been rare. In this study, 53 right-handed children (28 females and 25 males) aged 8 to 9 years old were observed as to the performance of a specific stereognosia task. By using analysis of variance for repeated measures, it was found out that boys and girls did it better with the right hand, and the hand used to start the initial task influenced on the performance of the following part of the task. There was not any statistical difference between boys and girls in the stereognosia task used in this study.