RÉSUMÉ
ABSTRACT Background: A staggering 99% of infant undernutrition mortality comes from Sub-Saharan Africa and South Asia. Despite multiple interventions focusing on nutrition adequacy, 2.7 million children worldwide remain associated with undernutrition-related mortality. The lack of impact from multiple interventions toward undernutrition reflects a strong reason to believe that EED is the missing link that sustains undernutrition in low-to-middle-income countries (LMICs). EED is a sub-clinical condition caused by repeated oral enteropathogenic and non-pathogenic fecal microbes exposure that causes intestinal villous malformation, multi-omics changes, chronic intestinal and systemic inflammation, and gut dysbiosis. EED impacts the absorptive capacity and the integrity of the gut, causing a cycle of undernutrition in children. There is currently no protocol for the diagnosis and treatment of EED, hence EED is widely believed to be highly prevalent and underdiagnosed in LMICs. Objective: To our knowledge, this is the first systematic review to study the impact of nutritional interventions on EED. Previous studies yielded inconsistent results, hence the synthesis of this information is essential in attaining a deeper understanding of EED to formulate new targets of intervention against child undernutrition. Methods: This systematic review is registered to PROSPERO (CRD42022363157) in accordance to PRISMA, using keywords referring to nutrient supplementation, EED, and child growth failure. Results: Eleven articles were eligible for review, comprising randomized controlled trials performed mainly in the African continent, with a total of 5689 healthy children eligible for analysis. Conclusion: The systematic review illustrates that nutritional interventions have a minimal impact on EED biomarkers and linear growth and reflects the importance of understanding better the mechanisms causing EED and its consequences. It appears that the anabolic contribution of nutrition intervention to child growth is negated by EED.
RESUMO Contexto: Um número impressionante de 99% da mortalidade por desnutrição infantil provém da África Subsaariana e do Sul da Ásia. Apesar de múltiplas intervenções focadas na adequação nutricional, 2,7 milhões de crianças em todo o mundo permanecem associadas à mortalidade relacionada à desnutrição. A falta de impacto de múltiplas intervenções em direção à desnutrição reflete uma forte razão para acreditar que a disfunção entérica ambiental (DEA) é o elo perdido que sustenta a desnutrição em países de baixa e média renda. A DEA é uma condição subclínica causada pela exposição repetida a micróbios fecais enteropatogênicos e não patogênicos por via oral, que causa malformação vilosa intestinal, alterações multiômicas, inflamação intestinal e sistêmica crônica, e disbiose intestinal. A DEA impacta a capacidade absortiva e a integridade do intestino, causando um ciclo de desnutrição em crianças. Atualmente, não existe protocolo para o diagnóstico e tratamento da DEA, portanto, acredita-se amplamente que a DEA seja altamente prevalente e subdiagnosticada em países de baixa e média renda. Objetivo: Até onde sabemos, esta é a primeira revisão sistemática para estudar o impacto das intervenções nutricionais na DEA. Estudos anteriores apresentaram resultados inconsistentes, portanto, a síntese dessas informações é essencial para obter uma compreensão mais profunda da DEA e formular novos alvos de intervenção contra a desnutrição infantil. Métodos: Esta revisão sistemática está registrada no PROSPERO (CRD42022363157) de acordo com o PRISMA, utilizando palavras-chave referentes à suplementação de nutrientes, DEA e falha no crescimento infantil. Resultados: Onze artigos foram elegíveis para revisão, compreendendo ensaios clínicos randomizados realizados principalmente no continente africano, com um total de 5689 crianças saudáveis elegíveis para análise. Conclusão: A revisão sistemática ilustra que as intervenções nutricionais têm um impacto mínimo nos biomarcadores da DEA e no crescimento linear, e reflete a importância de entender melhor os mecanismos que causam a DEA e suas consequências. Parece que a contribuição anabólica da intervenção nutricional para o crescimento infantil é negada pela DEA.
RÉSUMÉ
Introdução: as doenças osteometabólicas ocorrem quando a reabsorção do osso excede a formação. Os bisfosfonatos são fármacos antirreabsortivos usados no tratamento e prevenção da perda de massa óssea decorrente da osteoporose, doença de Paget e outras condições. Os bisfosfonatos são considerados tratamento de primeira escolha na prevenção da perda de massa óssea e do aumento da susceptibilidade a fraturas, associadas ao envelhecimento. Os bisfosfonatos orais são pouco absorvidos pelo trato gastrointestinal. Devido à sua alta tendência em formar complexos com o cálcio, as bulas advertem que os mesmos não devem ser ingeridos com água mineral, que pode conter altos teores de cálcio. Os bisfosfonatos orais alendronato e risedronato integram os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do SUS. Porém, estes não mencionam a necessidade de evitar ingerir os comprimidos com água mineral. O efeito protetor dos bisfosfonatos depende do uso correto. Objetivo: conduzir uma revisão dos estudos sobre a influência da água mineral na absorção dos bisfosfonatos. Resultados e Discussão: o cálcio e os bisfosfonatos formam complexos relativamente insolúveis de alto peso molecular em pH fisiológico. Quanto maior a concen tração de cálcio da água mineral, menor a absorção desses fármacos. Os complexos formados podem ser mais citotóxicos do que as formas livres. A filtração da água pode remover em média 89% do cálcio nela presente. Conclusão: bisfosfonatos devem ser ingeridos preferencialmente com água filtrada. A ingestão com água mineral contendo altos teores de cálcio não é recomendada.
Introduction: bone diseases occur when bone resorption exceeds bone formation. Bisphosphonates are bone antiresorptive agents used in the treatment and prevention of bone loss due to osteoporosis, Paget's disease and other conditions. Bisphosphonates are used as first-line medications for the prevention of bone loss and susceptibility to fractures associated with aging. Oral bisphosphonates are only poorly absorbed from the gastrointestinal tract. Because of their high tendency to complex with calcium, the informational packages state that they should not be ingested with mineral water, which may contain high level of calcium. The oral bisphosphonates alendronate and risedronate are included in the Clinical Protocols and Therapeutic Guidelines (PCDT) of the Brazilian Health System (SUS). However, PCDT do not refer to the need to avoid the intake of tablets with mineral water. The protective effect of bisphosphonates depends on the correct use. Objective: the objective of this research was to conduct a review of the studies regarding the influence of mineral water on the absorption of bisphosphonates. Results and Discussion: calcium ions and bisphosphonates interact to form high molecular weight polynuclear and relatively insoluble complexes in the physiological pH range. The higher the calcium concentration of mineral water, the lower proportion of bisphosphonates is absorbed. The complexes may be more cytotoxic than their free forms. Filtration was found to remove 89% of calcium from the water on average. Conclusion: oral bisphosfonates must be taken with filtered water whenever possible. Mineral water containing high levels of calcium is not recommended when taking bisphosphonates.