RÉSUMÉ
Las complicaciones respiratorias durante el posoperatorio inmediato justifica el interés del anestesiólogo por el conocimiento actualizado con el fin de disminuir la morbimortalidad. Con el objetivo de caracterizar las complicaciones respiratorias más frecuentes que se presentan en el posoperatorio inmediato de cirugía de hemiabdomen superior se realizó estudioobservacional, descriptivo de serie de casos, en 146 pacientes sometidos a cirugía de hemiabdomen superior atendidos en la unidad de cuidados posanestésicos del Hospital Provincial Clínico Quirúrgico Docente "Saturnino Lora", de Santiago de Cuba, duranteenero a diciembre de 2020; los datos se obtuvieron a partir de la historia clínica hospitalaria y examen clínico general realizado, los que fueron plasmados en una planilla confeccionada para el efecto. Fueron utilizados el test del Xi-cuadrado (X2), y la prueba de diferencias de proporciones, con un valor de p = 0,05durante el procesamiento estadístico. Los pacientes con edades mayores de 60 años, del sexo masculino y que presentaban como hábitos tóxicos el tabaquismo, la hipertensión arterial seguida de las neuropatías son las más frecuentes; mientras que los diagnósticos operatorios fueron la colecistitis aguda convencional y el trauma hepático. La intervención quirúrgica urgente, los pacientes ASA II, y los procedimientos que duraron más de 2 horas fueron los más frecuentes. Las complicaciones respiratorias más frecuentes encontradas fue la hipoxia; seguida de la ventilación mecánica prolongada y la atelectasia. Las complicaciones respiratorias encontradas en el posoperatorio inmediato de cirugía de hemiabdomen superior se asociaron desde el punto de vista estadístico con la clasificación ASA.
Respiratory complications during the immediate postoperative period justify the anesthesiologist's interest in updated knowledge in order to reduce morbidity and mortality. In order to characterize the most frequent respiratory complications that occur in the immediate postoperative period of upper hemiabdomen surgery, an observational, descriptive case series study was conducted in 146 patients undergoing upper hemiabdomen surgery attended at the post-anesthetic care unit of the "Saturnino Lora" Teaching Clinical Surgical Provincial Hospital in Santiago de Cuba. during January to December 2020; The data were obtained from the hospital clinical history and general clinical examination performed, which were reflected in a form prepared for this purpose. The Xi-square test (X2) and the proportions differences test were used, with a p value = 0.05 during statistical processing. Patients over 60 years of age, male and who presented smoking as toxic habits, hypertension followed by neuropathies are the most frequent; while the operative diagnoses were conventional acute cholecystitis and liver trauma. Urgent surgery, ASA II patients, and procedures lasting more than 2 hours were the most frequent. The most frequent respiratory complications found were hypoxia; followed by prolonged mechanical ventilation and atelectasis. The respiratory complications found in the immediate postoperative period of upper hemiabdomen surgery were statistically associated with the ASA classification.
As complicações respiratórias no pós-operatório imediato justificam o interesse do anestesiologista em atualizar o conhecimento para reduzir a morbimortalidade. Com o objetivo de caracterizar as complicações respiratórias mais frequentes que ocorrem no pós-operatório imediato de cirurgia de hemiabdome alto, foi realizado um estudo observacional descritivo de série de casos em 146 pacientes submetidos à cirurgia de hemiabdome superior atendidos na unidade de recuperação pós-anestésica do Hospital Provincial Clínico Cirúrgico Universitário "Saturnino Lora" em Santiago de Cuba de janeiro a dezembro de 2020; Os dados foram obtidos da história clínica hospitalar e do exame clínico geral realizados, os quais foram refletidos em um formulário elaborado para esse fim.Utilizou-se o teste do xi-quadrado (X2) e o teste de diferenças de proporções, com valor de p = 0,05 durante o processamento estatístico. Pacientes acima de 60 anos, do sexo masculino e que apresentavam o tabagismo como hábitos tóxicos, sendo a hipertensão arterial seguida de neuropatias os mais frequentes; enquanto os diagnósticos operatórios foram colecistite aguda convencional e trauma hepático. Cirurgias de urgência, pacientes ASA II e procedimentos com duração superior a 2 horas foram os mais frequentes. As complicações respiratórias mais frequentes encontradas foram hipóxia; seguido de ventilação mecânica prolongada e atelectasia. As complicações respiratórias encontradas no pós-operatório imediato de cirurgia de hemiabdome alto foram estatisticamente associadas à classificação ASA.
RÉSUMÉ
INTRODUÇÃO: Estudos recentes sugerem que o uso da estratégia protetora de ventilação mecânica no intra-operatório pode reduzir a incidência de complicações pulmonares pós-operatórias (CPP). O objetivo desta meta-análise de dados individuais de pacientes é avaliar o efeito independente do volume corrente e da pressão positiva ao final da expiração (PEEP) na ocorrência de CPP. MÉTODOS: Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que compararam a estratégia protetora de ventilação mecânica com a estratégia convencional em pacientes submetidos à anestesia para cirurgia. O desfecho primário foi o desenvolvimento de CPP. Diversos fatores prognósticos pré-definidos foram testados por meio da regressão logística multivariada. RESULTADOS: Quatorze ensaios clínicos randomizados foram incluídos (2.095 pacientes). Houve 97 casos de CPP em 1.102 pacientes (8,8%) ventilados com a estratégia protetora e 148 casos em 993 pacientes (14,9%) ventilados com a estratégia convencional (risco ajustado relativo [RR], 0,64; 95% intervalo de confiança [IC], 0,46 - 0,88, p < 0,01). Houve 85 casos de CPP em 957 pacientes (8,9%) ventilados com volume corrente baixo e PEEP alto e 63 casos em 525 pacientes (12%) ventilados com volume corrente baixo e PEEP baixo (RR, 0,93; 95% CI, 0,64 - 1,37, p = 0,72). Foi encontrada uma relação de dose-resposta entre o aparecimento de CPP e o volume corrente (R2 por meio termo quadrático = 0,390), mas não entre o aparecimento de CPP e o nível de PEEP (R2 = 0,082). A manutenção de uma driving pressure inferior a 13 cmH2O durante a cirurgia está associado a menor incidência de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). CONCLUSÃO: Esta meta-análise de dados individuais suporta os efeitos benéficos da estratégia protetora de ventilação mecânica em pacientes submetidos à cirurgia e sugere que altos níveis de PEEP, na vigência de volume corrente baixo, não acrescentam benefícios...
INTRODUCTION: Recent studies show that intraoperative mechanical ventilation using low tidal volumes can prevent postoperative pulmonary complications (PPC). The aim of this individual patient data meta-analysis is to evaluate the individual associations between tidal volume size and PEEP level, and occurrence of PPC. METHODS: Randomized controlled trials comparing protective ventilation and conventional ventilation in patients undergoing general surgery were screened for inclusion. The primary outcome was development of PPC. Predefined prognostic factors were tested using multivariate logistic regression. RESULTS: Fourteen randomized controlled trials were included (2095 patients). There were 97 cases of PPC in 1102 patients (8.8%) assigned to protective ventilation and 148 cases in 993 patients (14.9%) assigned to conventional ventilation (adjusted relative risk [RR], 0.64; 95% confidence interval [CI], 0.46 - 0.88; p < 0.01). There were 85 cases of PPC in 957 patients (8.9%) assigned to ventilation with low tidal volume and high PEEP levels and 63 cases in 525 patients (12%) assigned to ventilation with low tidal volume and low PEEP levels (RR, 0.93; 95% CI, 0.64 - 1.37; p = 0.72). A dose-response relationship was found between the appearance of PPC and tidal volume size (R2 for mean quadratic term = 0.390), but not between the appearance of PPC and PEEP level (R2 = 0.082). The maintenance of a driving pressure below 13 cmH2O during surgery is associated with reduced incidence of acute respiratory distress syndrome. CONCLUSION: This individual data meta-analysis supports the beneficial effects of protective ventilation settings in patients undergoing surgery and suggests no benefit from high PEEP levels with use of low tidal volume...