RÉSUMÉ
Resumo: A versão de sentido foi desenvolvida há mais de vinte anos como instrumento de registro e reflexão na prática psicoterápica. Trata-se de um modo breve de registrar a experiência essencial de uma sessão, diferentemente do costumeiro e longo relatório. Desde a sua origem, o uso da versão de sentido tem se espalhado por várias regiões do Brasil, tanto na clínica quanto na academia. Esta revisão integrativa tem como objetivo verificar a evolução do conceito de versão de sentido desde a sua concepção até os dias atuais e em quais contextos é utilizada. Os 29 trabalhos selecionados revelam que a versão de sentido vem sendo usada em diversos contextos, com uma variedade de procedimentos e caracterizações que, no entanto, não eliminam a intenção comum de facilitar o acesso ao sentido vivido pelos participantes do encontro.
Abstract: The "expression of meaning" was developed over twenty years ago as an instrument of register and reflection in psychotherapeutic practice. It is brief way to register the essential experience of a session, unlike the usual and long session notes. Since its origin, the use of expression of meaning has spread to several regions of Brazil, both in clinical work and in the academia. This integrative review aims to verify the evolution of the concept of expression of meaning since its conception to the present day and in what contexts it is used. The 29 selected works reveal that expression of meaning has been used in several contexts, with a variety of procedures and characterizations that, however, do not eliminate their common intent of facilitating access to the participant's lived meaning of an event.
Résumé : La « version du sens ¼ a été développée il y a plus de 20 ans comme instrument d'enregistrement et de réflexion sur la pratique psychothérapeutique. Il s'agit d'une manière brève d'enregistrer l'expérience essentielle d'une session par rapport au long compte rendu habituel. Depuis sa création, l'usage de l'instrument s'est répandue dans plusieurs régions du Brésil à la fois en clinique et en recherche. Cet article est une revue intégrative des œuvres qui utilisent ou discutent de la version du sens depuis sa conception, décrivant comment et pourquoi elle a été utilisée, pour mettre à jour sa conceptualisation et clarifier sa signification. Les 29 travaux sélectionnés révèlent que l'instrument a été utilisée dans plusieurs contextes, avec de procédures et de caractérisations variées qui, cependant, n'éliminent pas l'intention commune de faciliter l'accès au sens vécu par les patients.
Resumen: La versión de sentido se desarrolló hace más de veinte años como instrumento de registro y reflexión en la práctica psicoterápica. Se trata de un modo breve de registrar la experiencia esencial de una sesión, a diferencia del habitual y largo informe. Desde su origen, el uso de la versión de sentido se ha extendido por varias regiones de Brasil tanto en la clínica como en la academia. Esta revisión integradora tiene como objetivo determinar la evolución de la versión de sentido desde su origen hasta el día de hoy y los contextos en los cuales ha sido utilizada. Los 29 trabajos seleccionados revelan que esta herramienta es utilizada en diversos contextos, con una variedad de procedimientos y caracterizaciones que, sin embargo, no eliminan la intención común de facilitar el acceso al sentido vivido por los participantes del encuentro.
Sujet(s)
Psychothérapie , Présentations de cas , Documents , PhilosophieRÉSUMÉ
Este artigo descreve como psicoterapeutas e clientes vivenciam uma experiência em psicoterapia de grupo sob a lente humanista-fenomenológica a partir do recorte de uma pesquisa qualitativa de cunho fenomenológico, utilizando como instrumento de pesquisa as Versões de Sentido escritas por dois psicoterapeutas e dez clientes. A análise fenomenológica crítica dos temas emergentes sugere que, quando pessoas estão juntas na busca por crescimento, num ambiente de cuidado mútuo e aceitação, as suas histórias espontaneamente se cruzam, surgindo uma sabedoria própria do grupo, que o mobiliza em uma direção própria e criativa de dar continuidade à vida. A utilização da lente fenomenológica crítica proporcionou a aproximação aos fenômenos em seus múltiplos contornos, nas infindáveis possibilidades que um grupo de pessoas em processo de psicoterapia pode revelar, anunciando que tudo acontece no entrelaçamento psicoterapeutas-clientes-mundo.
Cet article décrit comment psychothérapeutes et ses clients vivent une expérience en psychothérapie humaniste-phénoménologique de groupe, faite dans le cadre dune recherche phénoménologique qualitative, qui utilise comme instrument Versions de Sens, écrit par deux thérapeutes et dix clients. Lanalyse phénoménologique des questions critiques émergentes suggère que, lorsque les gens sont ensemble dans la quête de la croissance, dans un environnement de soin et entente mutuel, leurs histoires sentrecroisent spontanément, en dévoilant une sagesse propre du groupe qui le mobilise dans une direction créative dassurer la continuité de la vie. Lutilisation dune approche critique phénoménologique a guidé un rapprochement aux phénomènes, avec ses plusieurs contours, moyennant les possibilités infinies quun groupe de personnes en processus de psychothérapie pourrait révéler, annonçant que tout se passe dans lentrelacs psychothérapeutes-clients-monde.
En este texto se describe la experiencia de psicoterapeutas y clientes en psicoterapia humanística-fenomenológica de grupo, hecha a partir de un estudio cualitativo fenomenológico, en el cual se empleó como herramientas de investigación versiones de sentido escritas por dos terapeutas y diez clientes.El análisis fenomenológico de los asuntos críticos emergentes sugiere que cuando las personas están juntas en busca de crecimiento, en un ambiente de mutuo cuidado y aceptación, sus historias se cruzan de forma espontánea, surgiendo así sabiduría del propio grupo, que lo moviliza a una dirección propia y creativa de dar continuidad a la vida. El uso de la perspectiva crítica fenomenológica ha proporcionado una aproximación a los fenómenos en sus múltiples contornos, en las infinitas posibilidades que puede revelar un grupo de personas en el proceso de psicoterapia, anunciando que todo sucede en el entrelazamiento psicoterapeuta-clientes-mundo.
This article describes how psychotherapists and clients live the experience of group psychotherapy under the humanistic-phenomenological view executed as part of qualitative study of phenomenological nature, in which Versions of Meaning written by two psychotherapists and ten clients are used as tools. The critical phenomenological analysis of the emerging issues suggests that when people are together seeking growth, in a mutual care and acceptation atmosphere, their life stories meet and a wisdom that is particular of the group arises, guiding it into its own creative way to continue life. The use of critical phenomenological approach provided an approximation to the phenomena with their multiple outlines, in the varied possibilities that a group of people in the process of psychotherapy can reveal, announcing that everything happens in the interlace psychotherapist-clients-world.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Psychothérapie de groupeRÉSUMÉ
Este artigo visa explicitar as concepções freudiana e husserliana de 'vivência' (Erlebnis). Por 'vivência' entende-se genericamente um tipo fundamental de experiência do mundo. Esse tema, ainda que não diretamente explorado por Freud, tornou-se necessário em sua teoria desde a descoberta da etiologia da histeria no início dos anos 1890 à luz do método catártico: a da vivência traumática. Por outro lado, Husserl, a partir do problema filosófico de garantir a possibilidade do conhecimento universal e necessário, se viu obrigado a combater o naturalismo das ideias, em 1900, e o naturalismo da consciência, em 1913, em ambos os casos partindo de uma análise das vivências (intencionais). Mostrarei que a abordagem freudiana (natural-científica) visa explicar metapsicologicamente a vivência, ao passo que a abordagem husserliana pretende descrever a estrutura da vivência (intencional). Por fim, apontarei para algumas das grandes diferenças entre ambas as abordagens desse tema
This article aims to clarify Freud's and Husserl's conceptions of 'experience' (Erlebnis). By 'experience' it understands generically a fundamental kind of world experience. This subject, although not directly explored by Freud, became necessary for his theory since the discover of the etiology of hysteria at the beginning of the 1890's, by the cathartic method: the concept of traumatic experience. Husserl, otherwise, starting from the philosophical problem of proving the possibility of universal and necessary knowledge, was compelled to fight against the naturalism of ideas, in 1900, and the naturalism of consciousness, in 1913, in both cases with an analysis of (intentional) experiences. I will show that according to the (natural-scientific) freudian approach, the aim consists of providing a metapsychological explanation of the 'experience', while the (phenomenological) husserlian one intends to describe the structure of the (intentional) experience. Finally, I will point out some main differences between both approaches of this subject
Cet article veut clarifié la conception freudienne et husserlienne d'experience vécue (Erlebnis). Pour 'experience vécue' on comprend d'une façon général un type fondamental d'experience du monde. Cet sujet, malgré le fait qu'il n'a pas été directement traité par Freud, a dévénu nécessaire dans sa theorie dès la decouverte de l'ethiologie de la hysterie au début des année 1890, à la lumière du méthode catartique: cela de l'experience traumatique. D'autre coté, Husserl, à partir du problème philosophique de soutenir la possibilité de la connaissance universel et necessaire, a été obligé à critiquer le naturalisme des idées, en 1900, et le naturalisme de la conscience, em 1913, dans les deux cas à partir dïune analyse des experiences vécues (intentionel). Je montrerai que la façon freudienne (naturel-cientifique) d'aborder veut expliquer metapsychologiquement l'experience vécue, et que la façon husserlienne veut, par contre, décrire la structure de l'experience vécue (intentionel). Finalement, j'exposerai quelques grandes diferences entre ces deux façons dïaborder ce sujet
El propósito de este artículo es explicar la concepción freudiana de vivencia. Por ôvivenciaõ se entiende la función esencial del aparato psíquico: vincularse al mundo (exterior) o a su propio cuerpo. El tema de la experiencia, aunque no sea directamente explorado por Freud, se hizo necesario en su teoría desde la descubierta de la etiología de la histeria al principio de los años 1890 a la luz del método catártico: la vivencia (Erlebnis) traumática. La vivencia es un tipo de experiencia, pero, no es el único. Freud también utiliza a lo largo de su obra el término Erfahrung, que en general se traduce por experiencia. Explicar la distinción entre Erlebnis y Erfahrung es el primer objetivo de este texto. El segundo es mostrar que Freud mantuvo a lo largo de su obra una cierta concepción naturalista de la experiencia. El último objetivo es mostrar que esa concepción naturalista de la experiencia implica una concepción naturalista de psiquismo (aparato psíquico)