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Gamme d'année
1.
Ide (São Paulo) ; 37(58): 71-84, jul. 2014.
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-725162

RÉSUMÉ

Lacan e Kojève "modernizaram" a ideia hegeliana do desejo colocado como essência da espécie humana, inspirando-se na linguística estruturalista que inscreve o sujeito na linguagem. O capitalismo determina social e historicamente esse desejo, já que as trocas mercantis constituem uma linguagem grosseira, a "linguagem que as mercadorias falam entre si", segundo a feliz frase de Marx. Disso resulta que o propósito aparentemente racional das compras, o imperativo de satisfazer as necessidades vitais finitas, é metamorfoseado na busca compulsiva e inconsciente por desejos venais inacessíveis e infinitos - compulsão assimilável à perversão sexual do fetichismo - o que abre perspectivas de mercantilização ilimitada à globalização capitalista.


Lacan and Kojève have "modernized" the Hegelian conception of desire placed as the essence of the mankind, based on structuralist linguistics that inscribes the subject in language. Capitalism determines socially and historically this desire because the mercantile exchanges are a rough language, "the language that the goods speak to each other", in Marx's happy expression. As a result, the seemingly rational purpose of purchases, the need to meet finite vital needs, is morphed into compulsive and unconscious search for inaccessible and infinite venal desires - similar to compulsion in the sexual perversion of fetishism - which opens prospects for unlimited commercialization for the capitalist globalization.


Sujet(s)
Aliénation sociale/psychologie , Communisme/économie , Capitalisme , 5463/psychologie
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