RÉSUMÉ
Resumo Fundamento A frequência cardíaca (FC) na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) e ritmo sinusal apresenta valor prognóstico. Entretanto, o método de mensuração é debatido na literatura. Objetivos Comparar em pacientes com ICFEr e ritmo sinusal a FC no Holter com três eletrocardiogramas de repouso: ECG1, ECG2 e ECG3. Metodologia Estudo transversal com 135 pacientes portadores de insuficiência cardíaca com fração de ejeção ≤ 40% e ritmo sinusal. A FC foi avaliada por ECG e Holter. Análises incluíram o coeficiente de correlação intraclasse (CCI), regressão robusta, raiz do erro quadrático médio, Bland-Altman e a área sobre a curva ROC. Adotou-se nível de significância de 0,05 e o ajuste de Bonferroni-Holm para minimizar erros tipo I. Resultados As medianas [intervalo interquartil] de idade e fração de ejeção foram de 65 anos [16] e 30% [11], respectivamente. O CCI dos 3 ECG foi de 0,922 (intervalo de confiança de 95%: 0,892; 0,942). Os coeficientes de regressão robusta para ECG1 e ECG3 foram 0,20 (intervalo de confiança de 95%: 0,12; 0,29) e 0,21 (intervalo de confiança de 95%: 0,06; 0,36). O R2 robusto foi de 0,711 (intervalo de confiança de 95%: 0,628; 0,76). Na análise de concordância de Bland-Altman, os limites de concordância foram de −17,0 (intervalo de confiança de 95%: −19,0; −15,0) e 32,0 (intervalo de confiança de 95%: 30,0; 34,0). A área sob a curva ROC foi de 0,896 (intervalo de confiança de 95%: 0,865; 0,923). Conclusão A FC do ECG mostrou alta concordância com a FC do Holter, validando seu uso clínico em pacientes com ICFEr e ritmo sinusal. Contudo, a concordância foi subótima em um terço dos pacientes com FC inferior a 70 bpm pelo ECG, devendo ser considerada a realização de Holter neste contexto.
Abstract Background Heart rate (HR) has shown prognostic value in patients with heart failure with reduced ejection fraction (HFrEF) and sinus rhythm. However, the method of measurement is debated in the literature. Objectives To compare HR on Holter with 3 resting electrocardiograms (ECG1, ECG2, and ECG3) in patients with HFrEF and sinus rhythm. Methods This was a cross-sectional study with 135 patients with heart failure with ejection fraction ≤ 40% and sinus rhythm. HR was assessed by ECG and Holter. Analyses included intraclass correlation coefficient (ICC), robust regression, root mean squared error, Bland-Altman, and area under the receiver operating characteristic (ROC) curve. A significance level of 0.05 and Bonferroni-Holm adjustment were adopted to minimize type I errors. Results The median [interquartile range] age and ejection fraction were 65 years [16] and 30% [11], respectively. The ICC of the 3 ECGs was 0.922 (95% confidence interval: 0.892; 0.942). The robust regression coefficients for ECG1 and ECG3 were 0.20 (95% confidence interval: 0.12; 0.29) and 0.21 (95% confidence interval: 0.06; 0.36). The robust R2 was 0.711 (95% confidence interval: 0.628; 0.76). In the Bland-Altman agreement analysis, the limits of agreement were −17.0 (95% confidence interval: −19.0; −15.0) and 32.0 (95% confidence interval: 30.0; 34.0). The area under the ROC curve was 0.896 (95% confidence interval: 0.865; 0.923). Conclusion The HR on ECG showed high agreement with the HR on Holter, validating its clinical use in patients with HFrEF and sinus rhythm. However, agreement was suboptimal in one third of patients with HR below 70 bpm on ECG; thus, 24-hour Holter monitoring should be considered in this context.
RÉSUMÉ
Abstract: Introduction: The variables determinants of physical performance in cross-country marathon of mountain biking (XCMMTB) are still unknown. Objective: We aimed to verify the training control variables and the physiological responses in an official XCM-MTB race. Material and methods: 13 athletes (11 men and 2 women; 33.3 ± 12.7 years of age) participated in this study. It was conducted during an official XCM-MTB in Brazil (route of 70 km). The heart rate (HR), altimetry, velocity, temperature, pacing, and power were obtained every 10 km travelled by the STRAVA application. Multiple linear regression analysis was performed to verify whether the variables could predict physical performance. Results: The athletes maintained constant HR elevation in the corresponding zone 80% HRmax. They also presented a variation in the pacing (F = 35.82; p < 0.001; d = 0.66) and power (F = 7.20; p < 0.001; d = 0.18) showing higher values in the last 10 km. Only pacing can be considered a predictor of the physical performance (β = 0.958; t = 7.30; p < 0.001), specifically the one at 20 km (F = 10.23; p = 0.004; R2 = 0.82). Conclusion: The study concluded that the analyzed variables are reliable for the performance control in an official XCMMTB race. HR and power are variables that can be used to prescribe and control training, as they change according to the requirements of the race. Power can also be used as a performance predictor as it is directly influenced by terrain.
Resumen: Introducción: Las variables determinantes del rendimiento físico en una maratón de ciclismo de montaña (XCM-MTB) aún son desconocidas. Objetivo: Nuestro objetivo fue verificar las variables fisiológicas y de control del entrenamiento en una carrera oficial de XCM-MTB. Materiales y métodos: 13 atletas (11 hombres y 2 mujeres; 33,3 ± 12,7 años) participaron en este estudio. La investigación se realizó durante un XCM-MTB oficial en Brasil (recorrido de 70 km). La frecuencia cardíaca (FC), la altimetría, la velocidad, la temperatura, el ritmo y la potencia se obtuvieron cada 10 km recorridos por la aplicación STRAVA. Se realizó un análisis múltiple de regresión linear para verificar si las variables podían predecir el rendimiento físico. Resultados: Hubo una elevación constante de la FC correspondiente al 80 % de la FCmax. El ritmo presentó una variación (F = 35,82; p < 0,001; d = 0,66) y potencia (F = 7,20; p < 0,001; d = 0,18) con valores superiores en los últimos 10 km. Solo el ritmo a los 20 km (F = 10,23; p = 0,004; R2 = 0,82) puede considerarse predictor del rendimiento físico (β = 0,958; t = 7,30; p < 0,001). Conclusión: El estudio concluyó que las variables analizadas son fiables para la prescripción y control del entrenamiento en una carrera oficial de XCM-MTB. La FC y la potencia son variables que se pueden utilizar para prescribir el entrenamiento. La potencia también se puede utilizar para predecir el rendimiento, ya que está directamente influenciada por el terreno.
Resumo: Introdução: As variáveis determinantes do desempenho físico na maratona de mountain bike cross-country (XCMMTB) ainda são desconhecidas. Objetivo: Nosso objetivo foi verificar as variáveis de controle de treinamento e as respostas fisiológicas em uma corrida oficial de XCMMTB. Material e métodos: Participaram deste estudo 13 atletas (11 homens e 2 mulheres; 33,3 ± 12,7 anos de idade). O estudo foi realizado durante uma corrida oficial de XCM-MTB no Brasil (percurso de 70 km). A frequência cardíaca (FC), altimetria, velocidade, temperatura, ritmo e potência foram obtidos a cada 10 km percorridos através do aplicativo STRAVA. Foi realizada uma análise de regressão linear múltipla para verificar se as variáveis poderiam prever o desempenho físico. Resultados: Os atletas mantiveram uma elevação constante na FC na zona correspondente a 80% da FC máxima. Apresentaram também variação no ritmo (F = 35,82; p < 0,001; d = 0,66) e na potência (F = 7,20; p < 0,001; d = 0,18), mostrando valores mais altos nos últimos 10 km. Apenas o ritmo pode ser considerado um preditor do desempenho físico (β = 0,958; t = 7,30; p < 0,001), especificamente no ponto dos 20 km (F = 10,23; p = 0,004; R2 = 0,82). Conclusão: O estudo concluiu que as variáveis analisadas são confiáveis para o controle de desempenho em uma corrida oficial de XCMMTB. A FC e a potência são variáveis que podem ser usadas para prescrever e controlar o treinamento, pois mudam de acordo com as exigências da corrida. A potência também pode ser usada como um preditor de desempenho, pois é diretamente influenciada pelo terreno.
RÉSUMÉ
Resumo Fundamento: Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular hereditária rara. O acometimento cardíaco inicial pode ser assintomático. Portanto, a avaliação por métodos não invasivos pode auxiliar sua abordagem. Objetivos: Analisar o eletrocardiograma (ECG) e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) do grupo com DMD, e comparar com a do grupo controle pareado por idade. Métodos: Estudo prospectivo com 27 pacientes masculinos com DMD (idade de 11,9 anos) que foram submetidos à avaliação clínica, ECG, ecocardiograma e Holter. ECG (aumento de 200%) foi avaliado por dois observadores independentes. VFC foi feita no domínio do tempo (24 h) e da frequência na posição supina e sentada. O grupo saudável foi de nove pacientes (11,0 anos). Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados: A média da fração de ejeção (FE) foi de 60% (34 a 71%). O coeficiente de Kappa para as medidas do ECG variou de 0,64 a 1,00. Foram verificados aumento da relação R/S em V1 em 25,9%, onda Q patológica em 29,6% e QRS fragmentado em 22,2% em regiões inferior/lateral alta, este com correlação negativa com FE (p = 0,006). Houve baixa VFC, sem influência de nenhuma variável, inclusive tratamento. Com a mudança da posição, houve aumento da FC (p = 0,004), porém não houve alteração da VFC. A relação LF/HF foi de 2,7 na DMD e de 0,7 no controle (p = 0,002). Conclusões: Nos participantes com DMD, as ondas R proeminentes em V1 e alterações nas regiões inferior/lateral alta ocorreram em quase 30% dos casos. Houve menor tônus vagal sem influência das variáveis idade, fração de ejeção, dispersão do QT e tratamento. Apesar do aumento da FC, não houve resposta adequada da VFC com a mudança de posição.
Abstract Background: Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is a rare inherited neuromuscular disease. At first, cardiac involvement may be asymptomatic. Therefore, assessing patients using non-invasive methods can help detect any changes. Objectives: Analyze the electrocardiogram (ECG) test and heart rate variability (HRV) of the DMD group and compare the information with that of the age-matched control group. Methods: A prospective study with 27 male patients with DMD (11.9 years old), who underwent clinical evaluation, ECG, echocardiogram, and Holter monitoring. ECG (200% increase) was assessed by two independent observers. HRV was measured over time (24 h) and in the frequency domain, in the supine and sitting positions. The healthy group consisted of nine patients (11.0 years old). A value of p < 0.05 was considered statistically significant. Results: The mean ejection fraction (EF) was 60% (34 to 71%). The Kappa coefficient for ECG measurements ranged from 0.64 to 1.00. An increase in the R/S ratio in V1 was observed in 25.9% of the subjects, pathological Q wave in 29.6%, and fragmented QRS in 22.2% in inferior/high lateral regions, with a negative correlation with EF (p = 0.006). There was low HRV, without the influence of any variable, including treatment. With the change in position, there was an increase in HR (p = 0.004), but there was no change in HRV. The LF/HF ratio was 2.7 in the DMD group and 0.7 in the control group (p = 0.002). Conclusions: In DMD subjects, prominent R waves in V1 and changes in the inferior/high lateral regions occurred in almost 30% of the cases. Lower vagal tone was observed without the influence of the variables age, ejection fraction, QT dispersion, and treatment. Despite the increase in HR, there was no adequate HRV response to the change in position.
RÉSUMÉ
Resumo Fundamento O tecido adiposo visceral (TAV) pode ser um contribuinte modificável específico para o comprometimento autonômico relacionado à composição corporal. Objetivos Comparar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) entre grupos estratificados pela classificação de gordura visceral (CGC) e comparar associações entre VFC e métricas de composição corporal. Métodos Um estudo transversal foi realizado em homens saudáveis (n=99, idade=37,8±13,4 anos, índice de massa corporal [IMC]=26,9±4,6 kg/m2). A VFC foi derivada de registros eletrocardiográficos de 5 minutos. A composição corporal (percentual de gordura corporal, CGC e relação entre massa muscular e gordura visceral [RMMCGC]) foi estimada por meio de análise de impedância bioelétrica tetrapolar. Os participantes foram categorizados em grupos de acordo com a CGC: G1 (CGC=1-8); G2 (CGC=9-12); e G3 (CGC>12). Comparações ajustadas por idade foram feitas entre os grupos. Associações independentes foram quantificadas com regressões lineares múltiplas. P <0,05 foi significativo. Resultados Raiz quadrada média de diferenças sucessivas (RMSSD) e desvio padrão dos intervalos RR normais (SDNN) foram maiores para G1 vs. G2 e G3 (p<0,05). A potência de baixa frequência (BF) foi maior no G1 que no G2 (p<0,05). CGC e RMMCGC foram associados negativamente com SDNN, RMSSD, BF e AF (p<0,05). Depois de ajustar para idade, IMC e pressão arterial sistólica e diastólica, a CGC foi significativamente preditiva de RMSSD, SDNN e AF (p = 0,002, -0,027), e a RMMCGC foi significativamente preditiva de RMSSD e SDNN (p = 0,020, -0,023). Conclusões Os homens na categoria de CGC mais baixa tiveram a VFC mais alta. A CGC foi mais fortemente associada à VFC do que ao percentual de gordura corporal e à RMMCGC. Os parâmetros no domínio do tempo foram mais sensíveis ao TAV do que os parâmetros no domínio da frequência. Os parâmetros da VFC podem ser os principais parâmetros de interesse no rastreamento do estado autonômico cardíaco em resposta a intervenções que visam a redução do TAV.
Abstract Background Visceral adipose tissue (VAT) may be a specific modifiable contributor to body composition-related autonomic impairment. Objectives To compare heart rate variability (HRV) between groups stratified by visceral fat rating (VFR) and compare associations between HRV and body composition metrics. Methods A cross-sectional study was conducted on healthy men (n=99,age=37.8±13.4 years, body mass index [BMI]=26.9±4.6 kg/m2). HRV was derived from 5-minute electrocardiographic recordings. Body composition (body fat percentage, VFR, and muscle mass to visceral fat ratio [MMVFR]) was estimated using tetrapolar bioelectrical impedance analysis. Participants were categorized into groups according to VFR: G1 (VFR=1-8); G2(VFR=9-12); and G3(VFR>12). Age-adjusted comparisons were made between groups. Independent associations were quantified with multiple linear regressions. P <0.05 was significant. Results Root-mean square of successive differences (RMSSD) and standard deviation of normal RR intervals (SDNN) were higher for G1 vs. G2 and G3 (p<0.05). Low-frequency power (LF) was higher in G1 than in G2 (p<0.05). VFR and MMVFR were negatively associated with SDNN, RMSSD, LF, and HF (p<0.05). After adjusting for age, BMI, and systolic and diastolic blood pressure, VFR was significantly predictive of RMSSD, SDNN, and HF (p=0.002,-0.027), and MMVFR was significantly predictive of RMSSD and SDNN (p=0.020,-0.023). Conclusions Men in the lowest VFR category had the highest HRV. VFR was more strongly associated with HRV than body fat percentage and MMVR. Time domain parameters were more sensitive to VAT than frequency domain parameters. HRV parameters could be the primary parameters of interest in tracking cardiac-autonomic status in response to interventions targeting VAT reduction.
RÉSUMÉ
Abstract Introduction Specialised literature demonstrates that chronic obstructive pulmonary disease (COPD) has patho-physiological changes that impair cardiac autonomic function and the ability of the cardiovascular system to respond to stimuli. Objective To analyze the correlation between heart rate (HR), peripheral oxygen saturation (SpO2), functional and pulmonary capacity in patients with COPD during the six-minute walk test (6MWT) before and after the pulmonary rehabilitation program (PRP). Methods This is a descriptive and retrospective study, with collection carried out in the PRP database of a university in Vale dos Sinos, Brazil. Results: The sample consisted of 216 patients, classified as having severe COPD, with a predominance of males (57.4%), with a mean age of 65.4 ± 7.9 years. The results showed that at the pre-PRP moment, the HR at the end of the test showed a strong negative correlation (p < 0.01) with SpO2 obtained at the end of the test, and forced expiratory volume in the first second (FEV1). At the post-PRP moment, the HR at the end of the test was strongly negatively cor-related with SpO2 and FEV1 positively, weakly (p < 0.05) with the sensation of dyspnea at the end of the test, and strongly with the distance covered in the 6MWT (6MWD). Conclusion The correlations between HR, FEV1, 6MWD, dyspnea and SpO2 were confirmed, making it evident that as the variables change, HR changes occur to meet the metabolic, oxygenation and ventilatory demands.
Resumo Introdução A literatura evidencia que a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) possui características fisiopatológicas que prejudicam a função autonômica cardíaca e a capacidade do sistema cardiovascular em responder aos estímulos. Objetivo Analisar a correlação entre a frequência cardíaca (FC), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e capacidade funcional e pulmonar em pacientes com DPOC durante o teste de caminhada seis minutos (TC6), antes e após programa de reabilitação pulmonar (PRP). Métodos Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com coleta realizada no banco de dados do PRP de uma universidade do Vale dos Sinos. Resultados A amostra foi composta por 216 pacientes com DPOC grave, com média de idade de 65,4 ± 7,9 anos e predominância do sexo masculino (57,4%). Os resultados evidenciaram que no momento pré-PRP, a FC ao final do teste apresentou correlação negativa forte (p < 0,01) com a SpO2 obtida ao final do teste e volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). No momento pós-PRP, a FC ao final do teste se correlacionou negativamente de maneira forte com a SpO2 e VEF1, positivamente de forma fraca (p < 0,05) com a sensação de dispneia pós-teste e forte com a distância percorrida no TC6 (DTC6). Conclusão As correlações entre FC, VEF1, DTC6, dispneia e SpO2 foram confirmadas, ficando evidente que à medida que ocorrem alterações das variáveis, acontecem modificações na FC para suprir a demanda metabólica, ventilatória e de oxigenação.
RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Patients with end-stage renal disease often face a challenging routine of hemodialysis, dietary restrictions, and multiple medications, which can affect their hemodynamic function. Home-based, safe, and nonpharmacological approaches such as transcranial direct current stimulation (tDCS) should be combined with conventional treatment. Objective: To assess the safety and feasibility of tDCS on blood pressure and heart rate in patients with end-stage renal disease undergoing hemodialysis. Method: This is a parallel, randomized, sham-controlled trial. Patients undergoing hemodialysis for more than three months were included. The patients received ten non-consecutive 2mA tDCS sessions on the primary motor cortex . Each session lasted 20 minutes. At baseline and after each of the ten sessions, blood pressure and heart rate of the patients were measured hourly for four hours. Results: Thirty patients were randomized to the active or sham group. The mean difference between the groups was calculated as the mean value of the sham group minus the mean value of the active group. Despite there were no statistical changes for all outcomes considering all 10 sessions, we found differences between groups for systolic -10.93 (-29.1;7.2), diastolic -3.63 (-12.4; 5.1), and mean blood pressure -6.0 (-16.3; 4.2) and hear rate 2.26 (-2.5; 7.1). No serious adverse events were found. The active group showed higher blood pressure values at all points, while heart rate was lower in the active group. Conclusion: tDCS is safe and feasible for patients with end-stage renal disease undergoing hemodialysis. Future studies should investigate whether tDCS could potentially induce a hypotensive protective effect during hemodialysis.
Resumo Introdução: Pacientes com doença renal em estágio terminal (DRET) geralmente enfrentam uma rotina desafiadora de hemodiálise, restrições alimentares e diversos medicamentos, podendo afetar sua função hemodinâmica. Abordagens domiciliares, seguras e não farmacológicas, como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), devem ser combinadas com tratamento convencional. Objetivo: Avaliar segurança e viabilidade da ETCC na pressão arterial e frequência cardíaca em pacientes com DRET em hemodiálise. Método: Estudo paralelo, randomizado, controlado por placebo. Foram incluídos pacientes em hemodiálise por mais de três meses. Os pacientes receberam dez sessões não consecutivas de ETCC de 2mA no córtex motor primário. Cada sessão durou 20 minutos. No início do estudo e após cada uma das dez sessões, a pressão arterial e frequência cardíaca dos pacientes foram medidas a cada hora durante quatro horas. Resultados: Trinta pacientes foram randomizados para grupo ativo ou sham. A diferença média entre grupos foi calculada como valor médio do grupo sham menos valor médio do grupo ativo. Apesar de não haver alterações estatísticas para todos os desfechos considerando as 10 sessões, encontramos diferenças entre os grupos para pressão arterial sistólica -10,93 (-29,1; 7,2), diastólica -3,63 (-12,4; 5,1) e média -6,0 (-16,3; 4,2) e frequência cardíaca 2,26 (-2,5; 7,1). Não encontramos eventos adversos graves. O grupo ativo apresentou valores maiores de pressão arterial em todos os pontos, enquanto a frequência cardíaca foi menor no grupo ativo. Conclusão: ETCC é segura e viável para pacientes com DRET submetidos à hemodiálise. Estudos futuros devem investigar se a ETCC pode potencialmente induzir um efeito hipotensor protetor durante a hemodiálise.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To evaluate the relationship between birth weight and the autonomic nervous system in adulthood through a systematic review. Data source: This is a systematic review of publications without limitation of year and language. We included studies involving the autonomic nervous system and birth weight in adults. Manuscripts were selected based on electronic searches of Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Web of Science Cochrane Library and Scopus databases, using "Autonomic Nervous System" OR "Heart Rate" OR "Heart Rate Variability" AND "Birth Weight" as a search strategy. This review is registered on the International Prospective Register of Systematic Reviews — PROSPERO (ID: CRD42020165622). Data synthesis: We found 894 articles; 215 were excluded for duplicity. Of the remaining 679 studies, 11 remained. Two were excluded because they did not specifically treat the autonomic nervous system or birth weight. There were nine publications, two cohort and seven cross-sectional studies. The main findings were that extreme, very low, low or high birth weight may have some impact on the autonomic nervous system in adult life. Conclusions: Birth weight outside the normality rate may have a negative influence on the autonomic nervous system, causing autonomic dysfunction and increasing the risk of cardiovascular diseases in adult life. Thus, the importance of the follow-up of health professionals from pregnancy to gestation and throughout life, with preventive care being emphasized.
RESUMO Objetivo: Avaliar a relação entre o peso ao nascer e o sistema nervoso autônomo na vida adulta por meio de uma revisão sistemática. Fontes de dados: Esta é uma revisão sistemática de publicações, sem limitação de ano e idioma. Incluímos estudos envolvendo o sistema nervoso autônomo e peso ao nascer em adultos. Os manuscritos foram selecionados das bases de dados eletrônicos Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Web of Science Cochrane Library e Scopus, utilizando "Autonomic Nervous System" OR "Heart Rate" OR "Heart Rate Variability" AND "Birth Weight" como estratégia de busca. Esta revisão está registrada pelo International Prospective Register of Systematic Reviews — PROSPERO (ID: CRD42020165622). Síntese dos dados: Nós encontramos 894 artigos. Deles, 215 foram excluídos por duplicidade. Entre os 679 remanescentes, 11 permaneceram, dos quais dois foram excluídos por não tratarem especificamente do sistema nervoso autônomo ou do peso ao nascer. Restaram nove publicações, sendo duas longitudinais e sete transversais. Os principais achados foram que o peso extremo baixo, muito baixo, baixo ou alto ao nascer pode ter algum impacto no sistema nervoso autônomo na vida adulta. Conclusões: O peso ao nascer fora da normalidade pode influenciar negativamente o sistema nervoso autônomo, causando disfunção autonômica e aumentando o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Assim, ressalta-se a importância do acompanhamento dos profissionais de saúde desde a gravidez até a gestação, pré-natal e ao longo da vida, com cuidados preventivos para esta situação.
RÉSUMÉ
INTRODUÇÃO: A imobilização prolongada acarreta prejuízos sistêmicos que repercute diretamente em maiores agravos aos pacientes, dentre eles se encontra a redução da VFC, indicativo de maior morbimortalidade clínica. OBJETIVO: Analisar se o tempo de internação hospitalar influencia a modulação autonômica da frequência cardíaca em pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Estudo longitudinal, quantitativo e prospectivo, realizado em uma enfermaria pediátrica. A amostra foi de pacientes entre 4 a 11 anos, ambos gêneros, internados dentro das primeiras 48 horas. A coleta iniciou após a assinatura do TCLE pelo responsável, seguida do colhimento dos dados pessoais e clínicos dos pacientes seguida da coleta da VFC, repetida no último dia de internação. A captação da VFC foi realizada pelo monitor Polar RS800CX. Os dados foram transferidos e passados por uma análise matemática no programa Kubios HRV2.2. Por fim, os dados foram tabulados e analisados pelo Microsoft Excel 2013 e software BioEstat® 5.3 respectivamente. RESULTADOS: Os valores lineares no domínio do tempo obtiveram média pré (IRR=644,7 com P=0,42; RMSSD= 46,1 com P=0,017 e SDNN=43,5 com P=0,017) e pós (IRR=656,3; RMSSD=34,8; SDNN=35,38) e no domínio da frequência média pré (LF=41,9 com P=0,013; HF=58,0 com P=0,013; LF/HF=1,03 com P=0,04) e pós (LF=52,2; HF=47,7; LF/HF=3,56). A correlação de Pearson na análise tanto de RMSSD pós x tempo de internação, quanto SDNN pós x tempo de internação demonstraram R=0,55 e R=0,59 respectivamente. CONCLUSÃO: Foi observado que o tempo de internação exerce influência negativa sobre a modulação autonômica da frequência cardíaca em pacientes pediátricos.
INTRODUCTION: Prolonged immobilization causes systemic damage that has a direct impact on greater harm to patients, among which is the reduction in HRV, indicative of greater clinical morbidity and mortality. OBJECTIVE: To analyze whether the length of hospital stay influences the autonomic modulation of heart rate in pediatric patients. METHODOLOGY: Longitudinal, quantitative and prospective study, carried out in a pediatric ward. The sample consisted of patients between 4 and 11 years old, both genders, hospitalized within the first 48 hours. The collection began after the signature of the TCLE by the guardian, followed by the collection of the patients' personal and clinical data, followed by the HRV collection, repeated on the last day of hospitalization. HRV capture was performed by the Polar RS800CX monitor. The data were transferred and passed through a mathematical analysis in the Kubios HRV2.2 program. Finally, data were tabulated and analyzed using Microsoft Excel 2013 and BioEstat® 5.3 software, respectively. RESULTS: Linear values in the time domain obtained mean pre (IRR=644.7 with P=0.42; RMSSD=46.1 with P=0.017 and SDNN=43.5 with P=0.017) and post (IRR=656.3; RMSSD=34.8; SDNN=35.38) and in the pre mean frequency domain (LF=41.9 with P=0.013; HF=58.0 with P=0.013; LF/HF=1,03 with P=0.04) and powders (LF=52.2; HF=47.7; LF/HF=3.56). Pearson's correlation in the analysis of both the RMSSD post x length of stay and the SDNN post x length of stay showed R=0.55 and R=0.59 respectively. CONCLUSION: It was observed that the length of stay has a negative influence on the autonomic modulation of heart rate in pediatric patients.
INTRODUCCIÓN: La inmovilización prolongada provoca daños sistémicos que repercuten directamente en un mayor perjuicio para los pacientes, entre los que se encuentra la disminución de la VFC, indicativa de una mayor morbimortalidad clínica. OBJETIVO: Analizar si la duración de la estancia hospitalaria influye en la modulación autonómica de la frecuencia cardiaca en pacientes pediátricos. METODOLOGÍA: Estudio longitudinal, cuantitativo y prospectivo, realizado en una planta de pediatría. La muestra consistió en pacientes entre 4 y 11 años, de ambos sexos, hospitalizados dentro de las primeras 48 horas. La recogida se inició tras la firma del TCLE por el tutor, seguida de la recogida de los datos personales y clínicos de los pacientes, seguida de la recogida de la VFC, repetida el último día de hospitalización. La captura de la VFC se realizó con el monitor Polar RS800CX. Los datos se transfirieron y pasaron por un análisis matemático en el programa Kubios HRV2.2. Finalmente, los datos fueron tabulados y analizados utilizando Microsoft Excel 2013 y el software BioEstat® 5.3, respectivamente. RESULTADOS: Se obtuvieron valores lineales en el dominio temporal medios pre (TIR=644,7 con P=0,42; RMSSD=46,1 con P=0,017 y SDNN=43,5 con P=0,017) y post (TIR=656,3; RMSSD=34. 8; SDNN=35,38) y en el dominio de la frecuencia media pre (LF=41,9 con P=0,013; HF=58,0 con P=0,013; LF/HF=1,03 con P=0,04) y polvos (LF=52,2; HF=47,7; LF/HF=3,56). La correlación de Pearson en el análisis tanto de la RMSSD post x duración de la estancia como de la SDNN post x duración de la estancia mostró R=0,55 y R=0,59 respectivamente. CONCLUSIÓN: Se observó que la duración de la estancia influye negativamente en la modulación autonómica de la frecuencia cardíaca en pacientes pediátricos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Pédiatrie , Hospitalisation , Système nerveux autonome , Enfant , Études prospectives , Hôpitaux , Durée du séjourRÉSUMÉ
Abstract: Introduction: The use of incremental exercise tests (IET) to evaluate the individual's acute responses is an essential tool in Physical Activity Science. Objective: This paper aims to analyze the behavior between biochemical and physiological variables as aerobic-anaerobic transition indicators during two incremental exercise tests, which measure the maximum oxygen uptake in healthy subjects. Methodology: The sample consisted of two individuals, who were thirty-three and twenty-five years old, respectively. During the execution of the tests, the following materials and tools were used: a portable glucometer, a portable lactometer, reactive tapes, a treadmill, a stationary Cycle Ergometer Monark®, a heart rate monitor Polar®, a gas analyzer, software Breeze®, a computer, tools for recording data, and a pencil. Results: the high inverse correlation between the Glycemic index and VO2 (r: -0,853) and the Glycemic and CO2 (r: -0,851) are notable. Moreover, the detection of thresholds for each subject through blood lactate invasive and non-invasive methods, such as heart rate (HR), is also shown. Conclusion: A clear explanation of Respiratory Quotient (RQ) behavior is given during the Cycle-ergometer test, concluding that this type of protocol is safe for the group under study and that the validity of the results is in accordance with theoretical expectations.
Resumen: Introducción: La ejecución de pruebas físicas incrementales para evaluar las respuestas agudas del individuo, representa una herramienta fundamental en el área de las ciencias de la actividad física. Objetivo: En este sentido, el presente trabajo tiene como objetivo el análisis del comportamiento entre variables bioquímicas y fisiológicas como indicadores de la transición aerobio-anaeróbica en la ejecución de dos test incrementales que miden el consumo máximo de oxígeno, en sujetos sedentarios. Metodología: La muestra se conformó por dos individuos, los cuales presentan edades de treinta y tres y veinticinco años, respectivamente. En el desarrollo de la prueba se utilizaron los siguientes materiales e instrumentos: un glucómetro portátil, un lactómetro portátil, cintas reactivas, treadmill, cicloergomertro Monark ®, pulsometro marca polar ®, analizador de gases, software Breeze ®, computador, instrumentos de registro de datos y lápiz. Resultados: destacan la alta correlación inversa presente entre los valores de glicemia y VO2 (r: -0,853), así como Glicemia y CO2 (r: -0,851) del mismo modo se muestra la detección de los Umbrales para cada sujeto mediante métodos invasivos del lactacidemia y no invasivos como la frecuencia cardíaca. Conclusión: También se ejecuta una explicación clara del comportamiento del cociente respiratorio en la prueba ejecutada con el cicloergómetro, concluyendo que este tipo de protocolos son seguros para el grupo en estudio y la validez de los resultados es acorde con las expectativas teóricas.
Resumo: Introdução: A execução de testes físicos incrementais para avaliar as respostas agudas do indivíduo representa uma ferramenta fundamental na área das ciências da atividade física. Objetivo: Neste sentido, o presente trabalho visa analisar o comportamento entre as variáveis bioquímicas e fisiológicas como indicadores da transição aeróbico-anaeróbica na execução de dois testes incrementais que medem o consumo máximo de oxigênio em sujeitos sedentários. Metodologia: A amostra consistiu de dois indivíduos, com trinta e três e vinte e cinco anos de idade, respectivamente. Os seguintes materiais e instrumentos foram utilizados no desenvolvimento do teste: um glicosímetro portátil, um lactômetro portátil, tiras de teste, esteira, cicloergômetro Monark®, pulsômetro polar®, analisador de gás, software Breeze®, computador, instrumentos de registro de dados e lápis. Resultados: A alta correlação inversa entre glicemia e VO2 (r: -0,853), assim como glicemia e CO2 (r: #0,851) e a detecção dos limiares para cada sujeito usando métodos invasivos como lactacidemia e métodos não-invasivos como a frequência cardíaca. Conclusão: Uma explicação clara do comportamento do quociente respiratório no teste executado com o cicloergômetro também é executada, concluindo que este tipo de protocolos são seguros para o grupo em estudo e a validade dos resultados está de acordo com as expectativas teóricas.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte , Consommation d'oxygène , Mode de vie sédentaireRÉSUMÉ
Introdução: O comportamento cinético da frequência cardíaca (FC) na transição do repouso para o exercício nos informa sobre a integridade do sistema nervoso autônomo. Recuperações mais lentas associam-se ao risco de mortalidade por eventos cardiovasculares, tornando-se imprescindível sua avaliação. Objetivo: Avaliar e comparar a resposta da cinética on da FC em pacientes asmáticos e indivíduos saudáveis durante o Endurance Shuttle Walk Test (ESWT). Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, transversal e controlado, com 14 adultos asmáticos e 8 controles saudáveis. Os indivíduos realizaram as seguintes avaliações: Teste de função pulmonar, Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) e Incremental Shuttle Walk Test e ESWT. Resultados: O grupo asmático apresentou um atraso da cinética on da FC na transição do repouso para o teste, e uma correlação negativa moderada (r=-0,60; p<0,05) entre a distância percorrida (m) e o tempo de resposta (TRM) cinética on da FC. Conclusão: Os pacientes asmáticos apresentaram um atraso da cinética "on", quando comparados ao grupo de indivíduos saudáveis, demonstrando ser um importante marcador na avaliação da performance física.
Introduction: The kinetic behavior of heart rate (HR) in the transition from rest to exercise, as this assessment informs us about the integrity of the autonomic nervous system. Slower recoveries are associated with the risk of mortality from cardiovascular events, making their evaluation, essential. Objective: To evaluate and compare the HR on kinetics response in asthmatic patients and healthy individuals during the Endurance Shuttle Walk Test (ESWT). Methods: This is a prospective, cross-sectional, controlled study with 14 asthmatic adults and 8 healthy controls. Subjects performed the following assessments: Pulmonary Function Test, Heart Rate Variability (HRV) and Incremental Shuttle Walk Test and ESWT. Results: The asthmatic group showed a delay in the HR on kinetics in the transition from rest to the test, and a moderate negative correlation (r=-0.60; p<0.05) between the distance covered (m) and the response time (TRM) kinetics on from FC. Conclusion: Asthmatic patients showed a delay in "on" kinetics, in comparison to the group of healthy individuals, proving to be an important marker in physical performance assessments.
RÉSUMÉ
Introdução: o crescimento de pacientes com esclerose múltipla que procuram tratamento com acupuntura é baseado em relatos clínicos de melhora dos sintomas. Considerando que o comprometimento autonômico, incluindo a disfunção autonômica cardiovascular, não é incomum em pacientes com EM a neuromodulação com acupuntura pode ser uma ferramenta interessante para alterar a variabilidade da frequência cardíaca nessa população.Objetivo: avaliar a variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com esclerose múltipla, durante a aplicação da Acupuntura, a fim de analisar o comportamento do sistema nervoso autônomo antes, durante e após a terapia e as mudanças na condição após uma intervenção longitudinal.Métodos: será realizado um ensaio clínico cruzado, randomizado, placebo-controlado, duplo-cego, com proporção de alocação de 1:1, com 40 indivíduos sem doença prévia, que constituirão o grupo controle, e 40 indivíduos com Esclerose Múltipla, que constituirão o grupo experimental. grupo, pareado por idade e sexo. Todos os participantes realizarão sessões de acupuntura ativas ou simuladas.Discussão: de acordo com os estudos encontrados, é esperada disfunção autonômica cardiovascular, com alterações na variabilidade da frequência cardíaca. Embora a neuromodulação com acupuntura possa controlar a dor e a inflamação, ainda há dificuldades em afirmar se o equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático pode ser alterado pela acupuntura.
Backgroung: the growing of patients with multiple sclerosis seeking acupuncture treatment is based on clinical reports of improvements in symptoms. Considering that autonomic impairment, including cardiovascular autonomic dysfunction, is not uncommon in patients with MS, neuromodulation with acupuncture could be an interesting tool to change heart rate variability in this population.Objective: to evaluate heart rate variability in patients with multiple sclerosis, during the application of acupuncture, in order to analyze the behavior of the autonomic nervous system before, during and after therapy and changes in condition after a longitudinal intervention.Methods: a double-blinded randomized sham-controlled crossover trial with a 1:1 allocation ratio will be conducted, with 40 individuals without a previous illness, who will constitute the control group, and 40 individuals with Multiple Sclerosis, who will constitute the experimental group, paired by age and sex. All participants will undertake active or sham acupuncture sessions.Discussion: according to the studies found, cardiovascular autonomic dysfunction is expected, with alterations in heart rate variability. Although neuromodulation with acupuncture can control pain and inflammation, there are still difficulties in affirming whether the balance between the sympathetic and parasympathetic systems can be changed by acupuncture
RÉSUMÉ
Abstract Background Given that, up to date, there is no effective strategy to treat dementia, a timely start of interventions in a prodromal stage such as mild cognitive impairment (MCI) is considered an important option to lower the overall societal burden. Although autonomic functions have been related to cognitive performance, both aspects have rarely been studied simultaneously in MCI. Objective The aim of the present study was to investigate cardiac autonomic control in older adults with and without MCI. Methods Cardiac autonomic control was assessed by means of heart rate variability (HRV) at resting state and during cognitive tasks in 22 older adults with MCI and 29 healthy controls (HCs). Resting HRV measurement was performed for 5 minutes during a sitting position. Afterwards, participants performed three PC-based tasks to probe performance in executive functions and language abilities (i.e., Stroop, N-back, and a verbal fluency task). Results Participants with MCI showed a significant reduction of HRV in the frequency-domain (high frequency power) and nonlinear indices (SD2, D2, and DFA1) during resting state compared to HCs. Older individuals with MCI exhibited decreases in RMSSD and increases in DFA1 from resting state to Stroop and N-back tasks, reflecting strong vagal withdrawal, while this parameter remained stable in HCs. Conclusion The results support the presence of autonomic dysfunction at the early stage of cognitive impairment. Heart rate variability could help in the prediction of cognitive decline as a noninvasive biomarker or as a tool to monitor the effectiveness of therapy and prevention of neurodegenerative diseases.
Resumo Antecedentes Como não existe até o momento uma estratégia eficaz para tratar a demência de comprometimento cognitivo leve (MCI, na sigla em inglês), as intervenções em um estágio prodrômico são consideradas uma opção. Embora as funções autonômicas tenham sido relacionadas ao desempenho cognitivo, ambos os aspectos raramente foram estudados simultaneamente no MCI. Objetivo Investigar o controle autonômico cardíaco em idosos com e sem MCI. Métodos O controle autonômico cardíaco foi avaliado por meio da variabilidade da frequência cardíaca (HRV, na sigla em inglês) em repouso e durante tarefas cognitivas, em 22 idosos com MCI e 29 controles saudáveis (HCs, na sigla em inglês). A medida da HRV de repouso foi realizada por 5 minutos na posição sentada. Os participantes realizaram três tarefas executadas em computador para testar o desempenho em funções executivas e habilidades de linguagem (o teste de cores e palavras - Stroop, Tarefa N-back auditiva e uma tarefa de fluência verbal). Resultados Em pacientes com MCI, observou-se uma redução significativa da HRV no domínio da frequência (potência de alta frequência) e índices não lineares (SD2, D2 e DFA1) durante o estado de repouso em comparação com os HCs. Indivíduos mais velhos com MCI exibiram diminuições em RMSSD e aumentos em DFA1 do estado de repouso para Stroop e tarefas N-back, refletindo forte recessão vagal, enquanto este parâmetro permaneceu estável em HC. Conclusão Observou-se disfunção autonômica na fase inicial da neurodegeneração. A HRV pode ajudar na previsão do declínio cognitivo, como um biomarcador não invasivo, ou como uma ferramenta para monitorar a eficácia da terapia e prevenção de doenças neurodegenerativas.
RÉSUMÉ
Abstract Objective: The aim of this study was to analyze which equation best estimates maximal heart rate (HRmax) for the pediatric population according to body mass. Data source: We performed a meta-analysis (PROSPERO No. CRD42020190196) of cross-sectional studies that aimed to validate or develop HRmax equations and that had children and adolescents as samples. The search was conducted in Scopus, Science Direct, Web of Science, PubMed, and Biblioteca Virtual em Saúde with the descriptors "prediction or equation," "maximal heart rate," "maximum heart rate," "determination of heart rate," children, and adolescent. The TRIPOD Statement tool was used to assess the methodological quality and the relevant data were extracted for analysis. The meta-analysis was conducted in the Comprehensive Meta-Analysis, adopting p<0.05 and a 95% confidence interval (CI). Data synthesis: In total, 11 studies were selected, of which 3 developed predictive equations, 10 performed external validity of the preexisting models, and 1 incremented values related to equations already developed. The results of the methodological quality analysis showed a moderate rating in most studies. The 164 + (0.270 × HRres) - (0.155 × body mass) + (1.1 × METs) + (0.258 × body fat percent) (r=0.500, 95%CI 0.426-0.567, p<0.001) and 166.7+ (0.46 × HRres) + (1.16 × maturation) (r=0.540, 95%CI 0.313-0.708, p<0.001) equations presented stronger correlations with measured HRmax in nonobese adolescents. The predictive model developed by 208 - (0.7 × age) showed a greater accuracy among the possible models for analysis (SDM=-0.183, 95%CI -0.787 to -0.422, p=0.554). No specific predictive equation was found for obese adolescents. Conclusions: Future research should explore new possibilities for developing predictive equations for this population as a tool to control exercise intensity in the therapeutic management of childhood and adolescent obesity.
Resumo Objetivo: Analisar qual equação melhor estima a frequência cardíaca máxima (FCmáx) na população pediátrica conforme a massa corporal. Fontes de dados: Foi realizada uma metanálise (PROSPERO no CRD42020190196) de estudos transversais que visavam validar ou desenvolver equações da FCmáx para crianças e adolescentes. As bases de dados foram Scopus, Science Direct, Web of Science, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde. Utilizaram-se os descritores "prediction or equation", "maximal heart rate", "maximum heart rate", "determination of heart rate", "children" e "adolescents". A ferramenta TRIPOD Statement foi utilizada para avaliar a qualidade metodológica e os dados relevantes foram extraídos para análise. A metanálise foi conduzida no Comprehensive Meta-Analysis, adotando-se valor de p<0,05 e intervalo de confiança de 95%. Síntese dos dados: Foram selecionados 11 estudos, dos quais três desenvolveram equações preditivas, dez realizaram a validade externa de modelos preexistentes e um a incrementação de valores relacionados com equações já desenvolvidas. Em sua maioria, os estudos foram classificados com qualidade moderada. As equações 164 + (0.270 × FCrep) - (0.155 × massa corporal) + (1.1 × METs) + (0.258 × percentual de gordura) (2017) (r=0,500; p<0,001) e 166.7+ (0.46 × FCrep + (1.16 × maturação) (r=0,540; p<0,001) apresentaram correlações mais fortes com a FCmáx medida em adolescentes não obesos. O modelo de 208 - (0.7 × idade) mostrou a maior precisão entre os modelos possíveis para análise (SDM=-0,183; p=0,554). Não foi encontrada nenhuma equação preditiva específica para adolescentes obesos. Conclusões: Pesquisas futuras devem explorar novas possibilidades de desenvolvimento de equações preditivas para essa população, uma vez que elas são uma ferramenta para controlar a intensidade do exercício na gestão terapêutica da obesidade infantil e do adolescente.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Yoga practice is an activity recently implemented in the content of school physical education to guide students to participate actively in sports activities. Its impacts on the body and psychological health of students are constantly evaluated. Objective: Study the effect of yoga practice on the heart rate and cardiopulmonary capacity of obese students. Methods: 40 obese students from a high school were selected as volunteers for the experiment, randomly divided into an experimental group and a control group, with no change in location or duration of intervention between the groups. The students in the control group participated in regular school activities during physical education classes, while the experimental group performed yoga training during the same schedule. The duration was eight weeks. Results: After the experiment, the heart rate and lung function indexes of the students in the experimental group showed a statistical increase, without significant weight changes, but body fat and visceral fat were reduced, with improvement in their body composition and muscle lines. Conclusion: Yoga practice reflected a positive effect on the physical performance of obese students, positively impacting on heart rate and cardiopulmonary resistance of the students. Level of evidence II; Therapeutic studies - investigation of treatment outcomes.
RESUMO Introdução: A prática de ioga é uma atividade recentemente implementada no conteúdo da educação física escolar com o objetivo de orientar os estudantes a participarem ativamente das atividades esportivas, e seus impactos sobre a saúde corporal e psicológica dos estudantes são constantemente avaliados. Objetivo: Estudar o efeito da prática de ioga sobre a frequência cardíaca e a capacidade cardiopulmonar dos estudantes obesos. Métodos: 40 estudantes obesos de uma escola secundária foram selecionados como voluntários para o experimento, divididos aleatoriamente em grupo experimental e grupo de controle, sem alteração de local ou duração de intervenção entre os grupos. Os alunos do grupo de controle participaram das atividades regulares da escola durante as aulas de educação física, enquanto os alunos do grupo experimental realizam treinamento de ioga durante o mesmo horário. A duração foi de 8 semanas. Resultados: Após o experimento, os índices de frequência cardíaca e função pulmonar dos alunos do grupo experimental mostraram um aumento estatístico, sem alterações significativas no peso, mas a gordura corporal e a gordura visceral foram reduzidas, com melhora de sua composição corporal e linhas musculares. Conclusão: A prática de yoga refletiu um efeito positivo sobre o desempenho físico dos estudantes obesos, repercutindo positivamente sobre a frequência cardíaca e a resistência cardiopulmonar dos estudantes. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos - investigação dos resultados do tratamento.
RESUMEN Introducción: La práctica de yoga es una actividad recientemente implementada en el contenido de la educación física escolar con el objetivo de orientar a los alumnos a participar activamente de las actividades deportivas, y sus impactos sobre la salud corporal y psicológica de los alumnos son constantemente evaluados. Objetivo: Estudiar el efecto de la práctica de yoga sobre la frecuencia cardiaca y la capacidad cardiopulmonar de estudiantes obesos. Métodos: 40 estudiantes obesos de un instituto de secundaria fueron seleccionados como voluntarios para el experimento, divididos aleatoriamente en grupo experimental y grupo de control, sin cambios en el lugar ni en la duración de la intervención entre los grupos. Los alumnos del grupo de control participaron en las actividades escolares habituales durante las clases de educación física, mientras que los del grupo experimental realizaron el entrenamiento de yoga en el mismo horario. La duración fue de 8 semanas. Resultados: Tras el experimento, los índices de frecuencia cardiaca y de función pulmonar de los alumnos del grupo experimental mostraron un aumento estadístico, sin cambios significativos en el peso, pero se redujeron la grasa corporal y la grasa visceral, con una mejora de su composición corporal y de las líneas musculares. Conclusión: La práctica de yoga reflejó un efecto positivo en el rendimiento físico de los estudiantes obesos, incidiendo positivamente en la frecuencia cardiaca y la resistencia cardiopulmonar de los estudiantes. Nivel de evidencia II; Estudios terapéuticos - investigación de los resultados del tratamiento.
RÉSUMÉ
Resumo Fundamento A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial, altamente prevalente e associada a riscos à saúde. Objetivo O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre HAS e marcadores laboratoriais, antropométricos, de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e de apneia obstrutiva do sono e, em segundo plano, analisar a sensibilidade e especificidade das variáveis que são fatores independentes na associação. Métodos Estudo transversal com 95 pacientes obesos atendidos em um ambulatório de referência em obesidade em Salvador, BA, Brasil. Os dados da HAS foram obtidos dos prontuários eletrônicos. A amostra foi estratificada em Grupo Normotenso (GN) e Grupo Hipertenso (GH), sendo medidos marcadores laboratoriais, composição corporal, polissonografia e VFC para avaliar a associação da HAS com as variáveis preditoras. Para as análises, adotou-se p<0,05. Resultados A média da idade do GN foi de 36,3 ± 10,1 e GH 40,4 ± 10,6 anos, 73,7% eram mulheres no GN e 57,9% no GH; 82,4% no GH apresentavam resistência à insulina. No modelo de regressão logística multivariado com ajustes para idade, sexo, altura e saturação de oxi-hemoglobina, a HAS foi inversamente associada à glicose plasmática em jejum mg/dL (odds ratio [OR] = 0,96; intervalo de confiança de 95% [IC] = 0,92-0,99) e área de gordura visceral (AGV) cm2 (OR = 0,98; IC 95% = 0,97-0,99). A área sob a curva AGV foi de 0,728; IC 95% (0,620-0,836) e glicemia de jejum 0,693; IC 95% (0,582-0,804). Conclusão Menores concentrações de AGV e glicemia de jejum foram inversamente associadas à HAS. Além disso, tanto a glicemia de jejum quanto o AGV mostraram alta sensibilidade para triagem de HAS.
Abstract Background Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial disease, highly prevalent and associated with health risks. Objective The purpose of this study was to investigate the association between SAH and laboratory, anthropometric, heart rate variability (HRV), and obstructive sleep apnea markers and, secondarily, to analyze the sensitivity and specificity of the variables that are independent factors in the association. Methods Cross-sectional study with 95 obese patients treated at an obesity referral clinic in Salvador, BA, Brazil. SAH data were obtained from electronic medical records. The sample was stratified in the Normotensive Group (NG) and the Hypertensive Group (HG), and laboratory markers, body composition, polysomnography, and HRV were measured to evaluate the association of SAH with the predictor variables. For the analysis, p<0.05 was adopted. Results The average age of the NG was 36.3 ± 10.1 and HG 40.4 ± 10.6 years; 73.7% were women in the NG and 57.9% in HG; 82.4% in HG had insulin resistance. In the multivarious logistics regression model with adjustments in age, sex, height, and oxyhemoglobin saturation, SAH was inversely associated with fasting plasma glucose mg/dL (odds ratio [OR] = 0.96; 95% confidence interval [CI] = 0.92-0.99) and visceral fat area (VFA) cm2(OR = 0.98; 95% CI = 0.97-0.99). The area under the VFA curve was 0.728; CI 95% (0.620-0.836); fasting plasma glucose 0.693;CI 95% (0.582-0.804). Conclusions Lower VFA and fasting plasma glucose concentrations were inversely associated with SAH. In addition, fasting plasma glucose and VFA showed a high sensitivity for SAH screening.
RÉSUMÉ
Resumo Fundamento A síncope, na população pediátrica, tem como sua principal causa, a vasovagal (SVV). Sua avaliação deve ser feita por métodos clínicos e o teste de inclinação (TI) pode contribuir para seu diagnóstico. Objetivos Analisar o perfil clínico, os escores de Calgary e de Calgary modificado, a resposta ao TI e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) de pacientes ≤ 18 anos de idade, com presumida SVV. Comparar as variáveis entre pacientes com resposta positiva e negativa ao TI. Método Estudo observacional e prospectivo, com 73 pacientes com idades entre 6 e 18 anos, submetidos à avaliação clínica e ao cálculo dos escores, sem o conhecimento do TI. Este foi feito a 70º sob monitoramento para análise da VFC. Valor-p < 0,05 foi considerado como o critério de significância estatística. Resultados A mediana de idade foi de 14,0 anos, sendo que 52% eram no sexo feminino, 72 apresentaram Calgary ≥ -2 (média 1,80) e 69 com Calgary modificado ≥ -3 (média 1,38). Ocorreram pródromos em 59 pacientes, recorrência em 50 e trauma em 19. A resposta ao TI foi positiva em 54 (49 vasovagal, com 39 vasodepressora), com aumento do componente de baixa frequência (BF) e diminuição da alta frequência (AF) (p < 0,0001). Na posição supina, o BF foi de 33,6 no sexo feminino e 47,4 em unidades normalizadas no sexo masculino (p = 0,02). Aplicando-se a curva de operação característica para TI positivo, não houve significância estatística para VFC e os escores. Conclusões A maioria das crianças e adolescentes com diagnóstico presumido de SVV apresentaram um cenário clínico típico, com escore de Calgary ≥ -2, e resposta vasodepressora predominante ao TI. Verificou-se uma maior ativação simpática na posição supina no sexo masculino. Os escores de Calgary e a ativação simpática não permitiram predizer a resposta ao TI.
Abstract Background In the pediatric population, syncope is mainly from vasovagal (VVS) origin. Its evaluation must be done by clinical methods, and the tilt test (TT) can contribute to the diagnosis. Objectives To analyze the clinical profile, Calgary and modified Calgary scores, response to TT and heart rate variability (HRV) of patients aged ≤ 18 years with presumed VVS. To compare the variables between patients with positive and negative responses to TT. Method Observational and prospective study, with 73 patients aged between 6 and 18 years, submitted to clinical evaluation and calculation of scores without previous knowledge of the TT. It was done at 70º under monitoring for HRV analysis. P-value < 0.05 was the statistical significance criterion. Results Median age was 14.0 years; 52% of participants were female, 72 had Calgary ≥ -2 (mean 1.80), and 69 had modified Calgary ≥ -3 (mean 1.38). Prodromes were observed in 59 patients, recurrence in 50 and trauma in 19. The response to TT was positive in 54 participants (49 vasovagal, with 39 vasodepressor responses), with an increase in the low frequency (LF) component and a decrease in the high frequency (HF) component (p < 0,0001). In the supine position, LF was 33.6 in females and 47.4 in normalized units for males (p = 0.02). When applying the operating characteristic curve for positive TT, there was no statistical significance for HRV and scores. Conclusion Most children and adolescents with a presumed diagnosis of VVS presented a typical clinical scenario, with a Calgary score ≥ -2, and a predominant vasodepressor response to TT. Greater sympathetic activation was observed in the supine position in males. Calgary scores and sympathetic activation did not predict the response to TT.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To analyze the relationship between one-minute sit-to-stand test (1MSTST) parameters and a diagnosis of post COVID-19 condition in a cohort of patients who previously had COVID-19. Methods: This was a prospective cohort study of patients with post COVID-19 condition referred for body plethysmography at a tertiary university hospital. Post COVID-19 condition was defined in accordance with the current WHO criteria. Results: Fifty-three patients were analyzed. Of those, 25 (47.2%) met the clinical criteria for post COVID-19 condition. HR was lower in the patients with post COVID-19 condition than in those without it at 30 s after initiation of the 1MSTST (86.2 ± 14.3 bpm vs. 101.2 ± 14.7 bpm; p < 0.001) and at the end of the test (94.4 ± 18.2 bpm vs. 117.3 ± 15.3 bpm; p < 0.001). The ratio between HR at the end of the 1MSTST and age-predicted maximal HR (HRend/HRmax) was lower in the group of patients with post COVID-19 condition (p < 0.001). An HRend/HRmax of < 62.65% showed a sensitivity of 78.6% and a specificity of 82.0% for post COVID-19 condition. Mean SpO2 at the end of the 1MSTST was lower in the patients with post COVID-19 condition than in those without it (94.9 ± 3.6% vs. 96.8 ± 2.4%; p = 0.030). The former group of patients did fewer repetitions on the 1MSTST than did the latter (p = 0.020). Conclusions: Lower SpO2 and HR at the end of the 1MSTST, as well as lower HR at 30 s after initiation of the test, were associated with post COVID-19 condition. In the appropriate clinical setting, an HRend/HRmax of < 62.65% should raise awareness for the possibility of post COVID-19 condition.
RESUMO Objetivo: Analisar a relação entre parâmetros do teste de se sentar e levantar durante um minuto (TSL1) e o diagnóstico de síndrome pós-COVID-19 em uma coorte de pacientes que anteriormente apresentaram COVID-19. Métodos: Estudo prospectivo de coorte de pacientes com síndrome pós-COVID-19 encaminhados para realizar pletismografia corporal em um hospital universitário terciário. A síndrome pós-COVID-19 foi definida conforme os critérios atuais da OMS. Resultados: Foram analisados 53 pacientes. Destes, 25 (47,2%) preencheram os critérios clínicos de síndrome pós-COVID-19. A FC foi menor nos pacientes com síndrome pós-COVID-19 do que naqueles sem a síndrome 30 s após o início do TSL1 (86,2 ± 14,3 bpm vs. 101,2 ± 14,7 bpm; p < 0,001) e no fim do teste (94,4 ± 18,2 bpm vs. 117,3 ± 15,3 bpm; p < 0,001). A relação entre a FC no fim do TSL1 e a FC máxima prevista para a idade (FCfim/FCmáx) foi menor nos pacientes com síndrome pós-COVID-19 (p < 0,001). A relação FCfim/FCmáx < 62,65% apresentou sensibilidade de 78,6% e especificidade de 82,0% para síndrome pós-COVID-19. A média da SpO2 no fim do TSL1 foi menor nos pacientes com síndrome pós-COVID-19 do que naqueles sem a síndrome (94,9 ± 3,6% vs. 96,8 ± 2,4%; p = 0,030). Os pacientes com síndrome pós-COVID-19 realizaram menos repetições durante o TSL1 do que os sem a síndrome (p = 0,020). Conclusões: SpO2 e FC mais baixas no fim do TSL1 e FC mais baixa 30 s após o início do teste apresentaram relação com síndrome pós-COVID-19. No contexto clínico apropriado, a relação FCfim/FCmáx < 62,65% deve alertar para a possibilidade de síndrome pós-COVID-19.
RÉSUMÉ
Resumo Fundamento O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido sugerido como alternativa ao treinamento contínuo (TC) em indivíduos com diabetes mellitus (DM) devido à sua curta duração e potencial para melhorar a adesão ao exercício. No entanto, dados sobre seu impacto sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) são escassos. Objetivos Avaliar e comparar os efeitos do HIIT e TC sobre a capacidade no exercício, VFC e corações isolados em ratos diabéticos. Métodos Animais diabéticos (estreptozotocina intravenosa, 45 mg.kg -1 ) e controles (C) realizaram 20 sessões de TC (5 dias/semana, 50 min, por quatro semanas) em esteira (70% da capacidade máxima de exercício) ou HIIT (ciclos de 1:1min a 50% e 90% da capacidade máxima de exercício). A VFC foi avaliada por eletrocardiograma contínuo, e a função cardíaca foi avaliada em corações isolados perfundidos. Para a análise dos dados, utilizamos a matriz do modelo linear generalizado de covariância multivariada ou o teste one-way ANOVA seguido pelo teste de Tukey, considerando um valor de p<0,05 como significativo. Resultados A capacidade de exercício (m/min) foi maior no grupo submetido ao HIIT [DM-HIIT: 36,5 (IIQ 30,0-41,3); C-HIIT: 41,5 (37,8-44,5), ambos n=10) em comparação ao grupo submetido ao TC [DM-TC: 29,0 (23,8-33,0); C-TC: 32,0 (29,5-37,0), ambos n=10) (p<0,001). A frequência cardíaca (bpm) foi mais baixa no grupo DM em comparação aos controles (p<0,001) tanto in vivo (DM-HIIT: 348±51, C-HIIT:441±66, DM-TC:361±70, C-TC:437±38) como nos corações isolados. Não houve diferenças na VFC entre os grupos. Os valores máximos e mínimos de dP/dt foram reduzidos no DM, com exceção da +dP/dt no grupo DM-HIIT vs. C-HIIT (diferença média: 595,5±250,3, p=0,190). Conclusão O HIIT de curto prazo promoveu melhora superior no desempenho no exercício em comparação ao TC, sem causar mudanças significativas na variabilidade da frequência cardíaca.
Abstract Background High-intensity interval training (HIIT) has been suggested as an alternative for continuous training (CT) in people with diabetes mellitus (DM) due to its short duration and potential to improve adherence to exercise. However, data on its impact on heart rate variability (HRV) are scarce. Objectives To assess and compare the effects of HIIT and CT on exercise capacity, HRV and isolated hearts in diabetic rats. Methods DM (intravenous streptozotocin, 45 mg.kg -1 ) and control (C) animals performed 20 sessions (5 days/week, 50 min, for 4 weeks) of CT on a treadmill (70% of maximal exercise capacity) or HIIT (cycles of 1:1min at 50% and 90% of maximal exercise capacity). HRV was assessed by continuous electrocardiogram, and cardiac function assessed in isolated perfused hearts. For data analysis, we used the framework of the multivariate covariance generalized linear model or one-way ANOVA followed by Tukey's test, considering p<0.05 as significant. Results Higher exercise capacity (m/min) was achieved in HIIT (DM-HIIT: 36.5 [IQR 30.0-41.3]; C-HIIT: 41.5 [37.8-44.5], both n=10) compared to CT (DM-CT: 29.0 [23.8-33.0]; C-CT: 32.0 [29.5-37.0], both n=10) (p<0.001). Heart rate (bpm) was lower in DM compared to controls (p<0.001) both in vivo (DM-HIIT:348±51, C-HIIT:441±66, DM-CT:361±70, C-CT:437±38) and in isolated hearts. There were no differences in HRV between the groups. Maximum and minimal dP/dt were reduced in DM, except +dP/dt in DM-HIIT vs. C-HIIT (mean difference: 595.5±250.3, p=0.190). Conclusion Short-term HIIT promotes greater improvement in exercise performance compared to CT, including in DM, without causing significant changes in HRV.