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1.
Rev. bras. estud. popul ; 27(2): 407-424, jul.-dez. 2010.
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-571620

RÉSUMÉ

Migração e mobilidade são fenômenos constituintes da experiência contemporânea. Estar no mundo, hoje, é conviver com a mobilidade e a migração, e todas suas implicações. Do ponto de vista existencial, esta é uma experiência desconcertante, em que as referências espaciais e socioculturais são reconstituídas, num processo que envolve e atinge o próprio cerne da autoidentidade: a segurança existencial. Partimos da pergunta "que é ser migrante?" para refletir sobre as implicações existenciais e territoriais da migração, procurando entendê-la enquanto um fenômeno vivido em diferentes escalas espaço-temporais, mas que possui, do ponto de vista fenomenológico, uma mesma essência constitutiva. Esse percurso leva a um pensar ontológico acerca das estratégias e consequências do fenômeno migratório, o que faz refletir sobre o papel da identidade territorial, do envolvimento com o lugar e das redes sociais no movimento de sair do lugar de origem e estabelecer-se no local de destino.


Migración y movilidad son fenómenos constituyentes de la experiencia contemporánea. Estar en el mundo, hoy, es convivir con la movilidad y la migración, y todas sus implicaciones. Desde el punto de vista existencial, esta es una experiencia desconcertante, en la que las referencias espaciales y socioculturales son reconstituidas, en un proceso que involucra y alcanza la propia esencia de la autoidentidad: la seguridad existencial. Partimos de la pregunta "¿que es ser emigrante?", con el objeto de reflexionar sobre las implicaciones existenciales y territoriales de la emigración, procurando entenderla como fenómeno vivido en diferentes escalas espacio-temporales, aunque posee, desde el punto de vista fenomenológico, una misma esencia constitutiva. Este recorrido lleva a un pensamiento ontológico acerca de las estrategias y consecuencias del fenómeno migratorio, lo que propicia la reflexión sobre el papel de la identidad territorial, de la implicación con el lugar y de las redes sociales en el proceso de salir del lugar de origen y establecerse en un nuevo lugar de destino.


Migration and mobility are determining phenomena of contemporary experience. Living in today's world means having to deal with mobility and migration, with all the implications this process involves. From an existential point of view, migration is a disconcerting experience where spatial and sociocultural references must be reconstituted in a process that shakes up the core of an individual's personal identity, namely, his or her existential security. We start off here with the question of "What is it to be a migrant?" From there, we discuss the existential and territorial implications of migration and look at it as a phenomenon that is experienced on different spatial and temporal scales. Phenomenologically, this experience has a single constitutive essence that leads to an ontological way of thinking about the strategies and consequences of the phenomenon of migration. This, in turn, leads to a reflection on the role of territorial identity and on involvement with places and social networks when a person leaves her or his place of origin and settles down somewhere else, that becomes their place of destination.


Sujet(s)
Adaptation aux catastrophes , Culture (sociologie) , Émigration et immigration/tendances , Population de passage et migrants/psychologie , Adaptation sociale , Brésil , Caractéristiques de l'habitat
2.
Rev. bras. estud. popul ; 26(2): 161-181, jul.-dez. 2009. ilus
Article de Portugais | LILACS | ID: lil-537554

RÉSUMÉ

A pergunta "vulnerabilidade a que?" é primária nos estudos sobre riscos e perigos. Nos estudos populacionais, essa pergunta se direciona a grupos demográficos que estão sujeitos a determinados perigos, que podem estar relacionados às características da dinâmica demográfica ou à sua situação socioeconômica, ligadas ao ciclo vital, à estrutura familiar ou às características migratórias do grupo. O campo de população e ambiente acrescentou a dimensão espacial à problemática, considerando a posição e a situação (relacionais e relativas) componentes dos elementos que produzem perigos ou que fornecem condições de enfrentá-los. Notam-se, de um lado, a influência de uma abordagem ecológica, que entende o meio como um conjunto físico-social que influencia e é influenciado pela população, e, de outro, a presença de postulados materialistas, que concebe a relação sociedade-natureza como um devir histórico-social que se pauta pela produção contraditória e desigual do espaço e da sociedade. Em ambientes fortemente modificados pelo homem, como as grandes cidades, a matriz causal de riscos e de elementos que podem interferir na vulnerabilidade é consideravelmente maior, tornando difícil apreender relações de causalidade entre determinados perigos e certas características do grupo demográfico. Em vista disso, olhar para os perigos e para a vulnerabilidade do lugar é uma estratégia que permite, em microescala, captar os elementos que interferem na produção, aceitação e mitigação dos riscos. A dimensão ecológica é re-significada ao incorporar a dimensão existencial e fenomênica do lugar, entendendo os grupos demográficos em sua relação de envolvimento e pertencimento ao seu espaço vivido. A partir de uma série de trabalhos empíricos desenvolvidos nos últimos anos, este artigo reflete sobre as possibilidades dessa perspectiva teórico-metodológica, que utiliza uma prática qualitativa de campo e uma orientação geográfica na construção de um diálogo mais estreito ...


La pregunta "¿vulnerabilidad a qué?" es primaria en los estudios sobre riesgos y peligros. En los estudios poblacionales, esta pregunta se dirige a grupos demográficos que están sujetos a determinados peligros, que pueden estar relacionados a las características de la dinámica demográfica o a su situación socioeconómica, ligadas al ciclo vital, a la estructura familiar o a las características migratorias del grupo. El campo de población y ambiente aumentó la dimensión espacial a la problemática, considerando la posición y la situación (relacionales y relativas) componentes de los elementos que generan peligros o que suministran condiciones para enfrentarlos. Se advierten, por un lado, la influencia de un abordaje ecológico, que entiende al medio como un conjunto físico-social que influencia y es influenciado por la población, y por otro, la presencia de postulados materialistas, que concibe la relación sociedad-naturaleza como un devenir histórico-social que está pautado por la producción contradictoria y desigual del espacio y de la sociedad. En ambientes fuertemente modificados por lo hombre, como las grandes ciudades, la matriz causal de riesgos y de elementos que pueden interferir en la vulnerabilidad es considerablemente mayor, tornando difícil aprehender relaciones de causalidad entre determinados peligros y ciertas características del grupo demográfico. En vista de ello, mirar hacia los peligros y hacia la vulnerabilidad del lugar es una estrategia que permite, en micro-escala, captar los elementos que interfieren en la producción, aceptación y mitigación de los riesgos. La dimensión ecológica es re-significada al incorporar la dimensión existencial y fenoménica del lugar, entendiendo los grupos demográficos en su relación de involucramiento y pertenencia a su espacio vivido. A partir de una serie de trabajos empíricos desarrollados en los últimos años, este artículo reflexiona sobre las posibilidades de esa perspectiva teóric...


The question of "vulnerability to what?" is standard in studies on risks and dangers. In demographic studies the issue comes up in regard to demographic groups that are subject to dangers that can be related to the characteristics of the demographic dynamics or to the groups' socioeconomic situation, which have to do with their life course, family structure or migratory characteristics. The field of population and environment added the spatial dimension to the issue, considering position and situation, which are components of the elements that produce dangers or that provide the conditions to face them. On the one hand, one can note the influence of an ecological approach, which sees the environment as a physical-social set that influences and is influenced by the population and, on the other, the presence of materialistic postulates, which conceive the relationships between society and nature as a social and historical factor regulated by the contradictory and unequal production of space and society. The causal matrix of risks and elements that can interfere in vulnerability is considerably higher in environments strongly modified by human beings, such as large cities. This fact makes it difficult to grasp the causal relationships between certain dangers and certain characteristics of the demographic group. In view of this, observing dangers and the vulnerability of places is a strategy that, on a micro scale, enables one to detect the factors that interfere in the production, acceptance and mitigation of risks. The ecological dimension is re-signified when it incorporates the existential and phenomenic dimensions of places and considers demographic groups in their relationships of involvement and belonging to the surrounding space. On the basis of a number of empirical texts published in recent years, this article reflects on the possibilities of this theoretical and methodological perspective, which uses qualitative field practice ...


Sujet(s)
Démographie , Facteurs de risque , Populations vulnérables , Brésil , Villes , Études Écologiques , Dynamique des populations
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