RÉSUMÉ
ABSTRACT Background: A staggering 99% of infant undernutrition mortality comes from Sub-Saharan Africa and South Asia. Despite multiple interventions focusing on nutrition adequacy, 2.7 million children worldwide remain associated with undernutrition-related mortality. The lack of impact from multiple interventions toward undernutrition reflects a strong reason to believe that EED is the missing link that sustains undernutrition in low-to-middle-income countries (LMICs). EED is a sub-clinical condition caused by repeated oral enteropathogenic and non-pathogenic fecal microbes exposure that causes intestinal villous malformation, multi-omics changes, chronic intestinal and systemic inflammation, and gut dysbiosis. EED impacts the absorptive capacity and the integrity of the gut, causing a cycle of undernutrition in children. There is currently no protocol for the diagnosis and treatment of EED, hence EED is widely believed to be highly prevalent and underdiagnosed in LMICs. Objective: To our knowledge, this is the first systematic review to study the impact of nutritional interventions on EED. Previous studies yielded inconsistent results, hence the synthesis of this information is essential in attaining a deeper understanding of EED to formulate new targets of intervention against child undernutrition. Methods: This systematic review is registered to PROSPERO (CRD42022363157) in accordance to PRISMA, using keywords referring to nutrient supplementation, EED, and child growth failure. Results: Eleven articles were eligible for review, comprising randomized controlled trials performed mainly in the African continent, with a total of 5689 healthy children eligible for analysis. Conclusion: The systematic review illustrates that nutritional interventions have a minimal impact on EED biomarkers and linear growth and reflects the importance of understanding better the mechanisms causing EED and its consequences. It appears that the anabolic contribution of nutrition intervention to child growth is negated by EED.
RESUMO Contexto: Um número impressionante de 99% da mortalidade por desnutrição infantil provém da África Subsaariana e do Sul da Ásia. Apesar de múltiplas intervenções focadas na adequação nutricional, 2,7 milhões de crianças em todo o mundo permanecem associadas à mortalidade relacionada à desnutrição. A falta de impacto de múltiplas intervenções em direção à desnutrição reflete uma forte razão para acreditar que a disfunção entérica ambiental (DEA) é o elo perdido que sustenta a desnutrição em países de baixa e média renda. A DEA é uma condição subclínica causada pela exposição repetida a micróbios fecais enteropatogênicos e não patogênicos por via oral, que causa malformação vilosa intestinal, alterações multiômicas, inflamação intestinal e sistêmica crônica, e disbiose intestinal. A DEA impacta a capacidade absortiva e a integridade do intestino, causando um ciclo de desnutrição em crianças. Atualmente, não existe protocolo para o diagnóstico e tratamento da DEA, portanto, acredita-se amplamente que a DEA seja altamente prevalente e subdiagnosticada em países de baixa e média renda. Objetivo: Até onde sabemos, esta é a primeira revisão sistemática para estudar o impacto das intervenções nutricionais na DEA. Estudos anteriores apresentaram resultados inconsistentes, portanto, a síntese dessas informações é essencial para obter uma compreensão mais profunda da DEA e formular novos alvos de intervenção contra a desnutrição infantil. Métodos: Esta revisão sistemática está registrada no PROSPERO (CRD42022363157) de acordo com o PRISMA, utilizando palavras-chave referentes à suplementação de nutrientes, DEA e falha no crescimento infantil. Resultados: Onze artigos foram elegíveis para revisão, compreendendo ensaios clínicos randomizados realizados principalmente no continente africano, com um total de 5689 crianças saudáveis elegíveis para análise. Conclusão: A revisão sistemática ilustra que as intervenções nutricionais têm um impacto mínimo nos biomarcadores da DEA e no crescimento linear, e reflete a importância de entender melhor os mecanismos que causam a DEA e suas consequências. Parece que a contribuição anabólica da intervenção nutricional para o crescimento infantil é negada pela DEA.
RÉSUMÉ
Introducción: Las infecciones intestinales se relacionan con trastornos del sistema inmune y de la microbiota intestinal. Pueden ser recurrentes y producir otras alteraciones intestinales y sistémicas, que empeoran con la terapia antimicrobiana. La ozonoterapia ha sido usada en el tratamiento de infecciones intestinales. Objetivos: Recopilar información sobre los efectos biológicos, terapéuticos y la seguridad de la administración del ozono por insuflación rectal en el tratamiento de las infecciones intestinales. Métodos: Para la búsqueda de información se empleó el motor de búsqueda Google Académico. Se consultaron artículos en las bases de datos PubMed y SciELO de la Biblioteca Virtual de Salud. Además, se realizó una búsqueda general en los idiomas español e inglés, a partir de los artículos más relevantes acerca del estudio. Se utilizaron como palabras clave: infecciones, insuflación, microbioma gastrointestinal, ozono como términos más concretos. En el estudio no se aplicó ninguna restricción acerca del ámbito geográfico ni de la edad. Conclusiones: La aplicación rectal de ozono es segura, tiene acciones biológicas y terapéuticas útiles para tratar las infecciones intestinales. Actúa como inmunomodulador y protector de la microbiota intestinal, lo que permite enfrentar esta problemática de salud desde el punto de vista preventivo, curativo y de rehabilitación de los daños causados, tanto por los gérmenes como por los efectos de los antibióticos(AU)
Introduction: Intestinal infections are related to disorders of the immune system and intestinal microbiota. They can be recurrent and produce other intestinal and systemic alterations, which worsen with antimicrobial therapy. Ozone therapy has been used in the treatment of intestinal infections. Objectives: To compile information on the biological, therapeutic effects and safety of the administration of ozone by rectal insufflation in the treatment of intestinal infections. Methods: Google Scholar search engine was used for searching information. Articles were consulted in PubMed and SciELO databases of the Virtual Health Library. In addition, a general search was carried out in Spanish and English, based on the most relevant articles about the study. The keywords used were infections, insufflation, gastrointestinal microbiome, ozone as more specific terms. No restrictions on geographic area or age were applied in the study. Conclusions: The rectal application of ozone is safe, it has useful biological and therapeutic actions to treat intestinal infections, acting as an immunomodulator and protector of the intestinal microbiota, which allows us to face this health problem from a preventive, curative and rehabilitation point of view of the damage caused, both by germs and by the effects of antibiotics(AU)
Sujet(s)
Humains , Ozone/usage thérapeutique , Insufflation/méthodes , Microbiome gastro-intestinal/physiologie , Infections/traitement médicamenteuxRÉSUMÉ
Abstract The human gut microbiota is a complex ecosystem made of trillions of microorganisms. The composition can be affected by diet, metabolism, age, geography, stress, seasons, temperature, sleep, and medications. The increasing evidence about the existence of a close and bi-directional correlation between the gut microbiota and the brain indicates that intestinal imbalance may play a vital role in the development, function, and disorders of the central nervous system. The mechanisms of interaction between the gut-microbiota on neuronal activity are widely discussed. Several potential pathways are involved with the brain-gut-microbiota axis, including the vagus nerve, endocrine, immune, and biochemical pathways. Gut dysbiosis has been linked to neurological disorders in different ways that involve activation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, imbalance in neurotransmitter release, systemic inflammation, and increase in the permeability of the intestinal and the blood-brain barrier. Mental and neurological diseases have become more prevalent during the coronavirus disease 2019pandemic and are an essential issue in public health globally. Understanding the importance of diagnosing, preventing, and treating dysbiosis is critical because gut microbial imbalance is a significant risk factor for these disorders. This review summarizes evidence demonstrating the influence of gut dysbiosis on mental and neurological disorders.
Resumo A microbiota intestinal humana é um ecossistema complexo feito de trilhões de microrganismos, cuja composição pode ser afetada pela dieta, pelo metabolismo, pela idade, geografia, pelo estresse, pelas estações do ano, pela temperatura, pelo sono e por medicamentos. A crescente evidência sobre a existência de uma correlação estreita e bidirecional entre a microbiota intestinal e o cérebro indica que o desequilíbrio intestinal pode desempenhar um papel vital no desenvolvimento, na função e nos distúrbios do sistema nervoso central. Os mecanismos de interação entre a microbiota intestinal e a atividade neuronal são amplamente discutidos. Várias vias potenciais estão envolvidas com o eixo microbiota-intestino-cérebro, incluindo o nervo vago e as vias endócrinas, imunes e bioquímicas. A disbiose intestinal tem sido associada a distúrbios neurológicos de diferentes maneiras que envolvem a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, o desequilíbrio na liberação de neurotransmissores, a inflamação sistêmica e o aumento da permeabilidade das barreiras intestinal e hematoencefálica. As doenças mentais e neurológicas tornaram-se mais prevalentes durante a pandemia de coronavirus disease 2019 e são uma questão global essencial na saúde pública. Compreender a importância de diagnosticar, prevenir e tratar a disbiose é fundamental porque o desequilíbrio microbiano intestinal é um fator de risco significativo para esses distúrbios. Esta revisão resume as evidências que demonstram a influência da disbiose intestinal em distúrbios mentais e neurológicos.
RÉSUMÉ
Introdução: A disbiose pode estar relacionada à hábitos alimentares ruins e alterações metabólicas que podem contribuir para o excesso de peso. Objetivo: Avaliar as escolhas alimentares que modulam a microbiota intestinal e a associação entre a saúde intestinal e o peso corporal de indivíduos adultos. Método: Estudo analítico, correlacional-descritivo e transversal realizado com 99 participantes, adultos, de ambos os sexos. Utilizou-se um Questionário Sociodemográfico e de Frequência Alimentar para coletar dados sociodemográficos, peso corporal, altura, frequência de consumo de alimentos fontes de prebióticos e probióticos e o Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), para investigar a saúde intestinal. O estudo ocorreu de forma online, via Google forms, sendo divulgado através das redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp). Realizou-se uma análise descritiva dos dados e para associação entre variáveis empregou-se o teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Do total de participantes, 74,7% eram mulheres. Quanto à classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), 60,6% apresentaram eutrofia 24,2% sobrepeso e 9,1% algum grau de obesidade. Os alimentos fontes de probióticos e prebióticos mais consumidos foram queijo, iogurte, leites fermentados e banana, maçã, aveia, respectivamente. Porém, são alimentos que não fazem parte do consumo diário para a maioria dos participantes. Não houve diferença significativa entre a associação com IMC com sexo, escore final do QRM e somatório final dos sintomas gastrointestinais (p=0,76, p=0,29, p=0,70), respectivamente. Conclusão: Nota-se uma baixa frequência de consumo de alimentos que auxiliam na saúde intestinal. No entanto, não foi constatado que o peso corporal exerce influência na composição da microbiota intestinal.
Introducción: La disbiosis puede estar relacionada con malos hábitos alimentarios y alteraciones metabólicas que pueden contribuir al sobrepeso. Objetivo: Evaluar las elecciones alimentarias que modulan la microbiota intestinal y la asociación entre la salud intestinal y el peso corporal en personas adultas. Método: Estudio analítico, correlacional-descriptivo y transversal realizado con 99 personas participantes adultas de ambos sexos. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y de frecuencia alimentaria para recoger datos sociodemográficos, peso corporal, altura, frecuencia de consumo de fuentes alimentarias de prebióticos y probióticos y el Cuestionario de Seguimiento Metabólico para investigar la salud intestinal. El estudio se realizó online, a través de formularios de Google, siendo difundido a través de redes sociales (Facebook, Instagram, WhatsApp). Se realizó un análisis descriptivo de los datos y para la asociación entre variables se empleó el test Chi-cuadrado de Pearson. Resultados: Del total de participantes, el 74.7 % fueron mujeres. En cuanto a la clasificación del Índice de Masa Corporal, el 60.6 % eran personas eutróficas, el 24.2 % con sobrepeso y el 9.1% personas obesas. Los alimentos fuente de probióticos y prebióticos más consumidos fueron el queso, el yogur, las leches fermentadas, el plátano, la manzana y la avena. Sin embargo, se trata de alimentos que no forman parte del consumo diario de la mayoría de los participantes. No hubo diferencias significativas entre la asociación del Índice de Masa Corporal con el sexo, la puntuación final del Cuestionario de Seguimiento Metabólico y la suma final de síntomas gastrointestinales (p=0.76, p=0.29, p=0.70), respectivamente. Conclusiones: Se observa una baja frecuencia de consumo de alimentos que ayudan a la salud intestinal. Sin embargo, no se encontró que el peso corporal ejerza influencia sobre la composición de la microbiota intestinal.
Introduction: Dysbiosis may be related to poor eating habits and metabolic changes that can contribute to being overweight. Objective: To evaluate the food choices that modulate the gut microbiota and the association between gut health and body weight in adult individuals. Method: Analytical, correlational-descriptive, cross-sectional study conducted with 99 adult participants of both sexes. A Sociodemographic and Food Frequency Questionnaire was used to collect sociodemographic data, body weight, height, and frequency of consumption of food sources of prebiotics and probiotics; and the Metabolic Tracking Questionnaire was applied to investigate gut health. The study took place online, via Google Forms, and was disseminated through social media (Facebook, Instagram, WhatsApp). A descriptive analysis of the data was performed and for association between variables, the Pearson's Chi-square test was used. Results: Of the total number of participants, 74.7% were women. As for the classification of Body Mass Index, 60.6% were eutrophic, 24.2% were overweight, and 9.1% were somewhat obese. The most consumed probiotic and prebiotic food sources were cheese, yogurt, fermented kinds of milk; and banana, apple, and oatmeal, respectively. However, these are foods that are not part of the daily consumption for most participants. There was no significant difference between the association of the Body Mass Index with the sex of the participants or the final Metabolic Tracking Questionnaire score and the final sum of gastrointestinal symptoms (p=0.76, p=0.29, p=0.70). Conclusion: A low frequency of consumption of foods that aid intestinal health is noted. However, body weight was not found to influence the composition of the gut microbiota.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Comportement alimentaire/psychologie , Microbiome gastro-intestinal , Alimentation et nutrition , BrésilRÉSUMÉ
ABSTRACT Introduction: Supplementation with probiotics for patients with chronic kidney disease (CKD) may be associated with decreased systemic inflammation. Objective: To assess the impact of oral supplementation with probiotics for patients with CKD on hemodialysis. Method: This double-blind randomized clinical trial included 70 patients on hemodialysis; 32 were given oral supplementation with probiotics and 38 were in the placebo group. Blood samples were collected at the start of the study and patients were given oral supplementation with probiotics or placebo for three months. The probiotic supplement comprised four strains of encapsulated Gram-positive bacteria: Lactobacillus Plantarum A87, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium bifidum A218 and Bifidobacterium longum A101. Patients were given one capsule per day for 3 months. Blood samples were taken throughout the study to check for inflammatory biomarkers. Non-traditional biomarkers Syndecan-1, IFN-y, NGAL, and cystatin C were measured using an ELISA kit, along with biochemical parameters CRP, calcium, phosphorus, potassium, PTH, GPT, hematocrit, hemoglobin, glucose, and urea. Results: Patients given supplementation with probiotics had significant decreases in serum levels of syndecan-1 (239 ± 113 to 184 ± 106 ng/mL, p = 0.005); blood glucose levels also decreased significantly (162 ± 112 to 146 ± 74 mg/dL, p = 0.02). Conclusion: Administration of probiotics to patients with advanced CKD was associated with decreases in syndecan-1 and blood glucose levels, indicating potential improvements in metabolism and decreased systemic inflammation.
Resumo Introdução: A suplementação com probióticos na doença renal crônica (DRC) pode estar associada à redução do processo inflamatório sistêmico. Objetivo: Avaliar a suplementação oral com probióticos em pacientes com DRC em hemodiálise. Método: Ensaio clínico, duplo cego, randomizado com 70 pacientes em hemodiálise, sendo 32 do grupo que recebeu o suplemento de probióticos e 38 do grupo placebo. Inicialmente ocorreu a coleta de sangue e suplementação oral com probióticos ou placebo durante três meses. O suplemento probiótico foi composto pela combinação de 4 cepas de bactérias Gram-positivas encapsuladas: Lactobacillus Plantarum A87, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium bifidum A218 e Bifidobacterium longum A101, sendo 1 cápsula do suplemento ao dia, durante 3 meses. Após esse período foram feitas novas coletas de sangue para dosagem dos biomarcadores inflamatórios. Foram analisados os biomarcadores não tradicionais: Syndecan-1, IFN-y, NGAL e cistatina C pelo método ELISA, e os seguintes parâmetros bioquímicos: PCR, cálcio, fósforo, potássio, PTH, TGP, hematócrito, hemoglobina, glicose e ureia. Resultados: Os pacientes que receberam suplemento tiveram diminuição significativa dos níveis séricos de syndecan-1 (de 239 ± 113 para 184 ± 106 ng/mL, p = 0,005). Outro parâmetro que diminuiu significativamente nos pacientes que receberam suplemento foi a glicemia (de 162 ± 112 para 146 ± 74 mg/dL, p = 0,02). Conclusão: O uso de probióticos na DRC avançada esteve associado à redução dos níveis de syndecan-1 e glicemia, sinalizando possível melhora no metabolismo e redução do processo inflamatório sistêmico.
RÉSUMÉ
El microbiota intestinal se encuentra constituida por más un millón de microorganismos entre los cuales las bacterias son de mayor prevalencia. Esta microbiota depende directamente de la localización exacta a lo largo del tubo digestivo, siendo la porción del colon la que alberga la mayor cantidad del microorganismo de la flora. El microbiota de la piel guarda relación directa con el microbiota del intestino por los diversos mecanismos existentes en la formación de la misma. El objetivo del presente estudio fue analizar el uso de probióticos y prebióticos en tratamiento de patología cutáneas y la relación entre la microbiota intestinal y enfermedades de la piel. Se realizó una revisión bibliográfica narrativa de la literatura científica de la relación del microbiota intestinal en patologías cutáneas. Se concluyó que el uso de probióticos y prebióticos juegan un papel importante en enfermedad cutáneas es especial de tipo inflamatoria.
The intestinal microbiota is constituted by more than one million microorganisms among which bacteria are the most prevalent. This microbiota is directly dependent on the exact location along the digestive tract, with the colon portion harboring the largest amount of the microorganism flora. The skin microbiota is directly related to the gut microbiota by the various mechanisms involved in its formation. The aim of the present study was to analyze the use of probiotics and prebiotics in the treatment of skin pathology and the relationship between the intestinal microbiota and skin diseases. A narrative bibliographic review of the scientific literature on the relationship between the intestinal microbiota and skin pathologies was carried out. It was concluded that the use of probiotics and prebiotics play an important role in skin diseases, especially inflammatory ones.
A microbiota intestinal é formada por mais de um milhão de microorganismos entre os quais as bactérias são as mais prevalentes. Esta microbiota depende diretamente da localização exata ao longo do trato gastrointestinal, sendo que a porção de cólon abriga a maior quantidade da flora de microorganismos. A microbiota da pele está diretamente relacionada à microbiota intestinal pelos diversos mecanismos envolvidos em sua formação. O objetivo deste estudo foi analisar o uso de probióticos e prebióticos no tratamento da patologia da pele e a relação entre a microbiota intestinal e as doenças de pele. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura científica sobre a relação entre microbiota intestinal e patologias da pele. Concluiu-se que o uso de probióticos e prebióticos desempenha um papel importante nas doenças de pele, especialmente nas doenças inflamatórias da pele.
RÉSUMÉ
OBJETIVO: Evaluar la evidencia científica de los cambios en la microbiota durante el embarazo. METODOLOGÍA: Revisión de la bibliografía publicada entre el 2013 y el 2022 efectuada mediante la búsqueda de artículos científicos escritos en español e inglés resguardados en las bases de datos bibliográficas NICE, CENETEC-SALUD, BIREME y Portal OMS, OPS, Portal de Evidencias de la Biblioteca Virtual de Salud - BVS, LILACS, BIREME, EVIPNET, PubMed y Cochrane. La selección de artículos se basó en los descriptores: microbiota; embarazo-pregnancy; microbiota, gut microbiome, fetus-feto; microbiota, placenta; microbiota, combinadas entre sí con el operador boleano "and". RESULTADOS: Se identificaron 3038 posibles artículos y 137 se encontraron adecuados para el objetivo de la revisión en virtud de estar relacionados directamente con el embarazo y la microbiota. Se revisaron estudios transversales, ensayos, revisiones, cohortes, casos y controles, revisiones sistemáticas o matanálisis. CONCLUSIONES: La microbiota se encuentra en diversos tejidos u órganos que anteriormente se creían estériles durante el embarazo. Se sugiere que todos los cambios que implica esta etapa pueden influir en la microbiota de la madre y el feto. A pesar de las crecientes investigaciones en el área aún quedan preguntas por contestar para ayudar a solucionar el enigma de los cambios en la diversidad en las diferentes complicaciones del embarazo y saber si los probióticos tendrían efecto o no en la disminución del riesgo a padecerlas.
Abstract OBJECTIVE: to evaluate the scientific evidence on changes in the microbiota during pregnancy. METHODOLOGY: A review of the literature published between 2013 and 2022 was carried out through the search of scientific articles in Spanish and English in the bibliographic databases NICE, CENETEC-SALUD, BIREME AND PORTAL WHO, PAHO, Portal of Evidence of the Virtual Health Library - BVS, LILACS, BIREME, EVIPNET, PUBMED and COCHRANE. The selection of articles was based on the descriptors: Microbiota, pregnancy, Gut microbiome, Fetus-Microbiota, Placenta - Microbiota, combined with each other with the Boolean "and". RESULTS: A total of 3,038 possible articles were identified and 137 were found suitable for the objective of the review because they were directly related to pregnancy and microbiota. Cross-sectional studies, trials, reviews, cohorts, case-controls, systematic review, or meta-analysis were reviewed. CONCLUSIONS: Microbiota has been found in various tissues or organs that were previously believed to be sterile during pregnancy, and with this, it is suggested that all the changes that this stage entails can influence the maternal and fetal microbiota. However, despite the growing research in the area, there are still questions to be resolved to help solve the enigma of the changes in diversity in the different complications of pregnancy and whether the use of probiotics would influence reducing the risk to present them.
RÉSUMÉ
A descoberta de um elo entre a composição da microbiota intestinal, tem levado a avanços significativos na compreensão de condições como a doença de Parkinson. Objetivo: Analisar a correlação entre as bactérias intestinais e a doença de Parkinson. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para direcionar a pesquisa, adotou-se como pergunta norteadora: "Qual a relação existente entre as bactérias intestinais com a doença de Parkinson?" Para construção da pesquisa, a coleta e análise de dados foi realizada através do Portal da Biblioteca Virtual em Saúde e das bases de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online via PubMed e Google Acadêmico através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Doença de Parkinson", "Microbioma Gastrointestinal" e "Inflamação" combinados entre si pelo operador booleano AND com seus respectivos correspondentes no Mesh Terms. Resultados e Discussão: A relação entre a microbiota intestinal e a doença de Parkinson tem sido objeto de crescente interesse na comunidade científica. Descobertas indicam que a composição da microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão desta doença neurodegenerativa. Considerações Finais: A presença de certas bactérias intestinais, como da família Enterobacteriaceae, tem sido associada ao aumento do risco de desenvolver a doença de Parkinson. Essas bactérias podem produzir substâncias tóxicas capazes de desencadear uma resposta inflamatória no cérebro e contribuir para a morte de neurônios dopaminérgicos
The discovery of a link between the composition of the intestinal microbiota has led to significant advances in the understanding of conditions such as Parkinson's disease. Objective: To analyze the correlation between intestinal bacteria and Parkinson's disease. Methods: This is an integrative literature review. To guide the research, the following guiding question was adopted: "What is the relationship between intestinal bacteria and Parkinson's disease?" Data were collected from the Medical Literature Analysis and Retrievel System Online database via PubMed and Google Scholar through the following HealthSciences Descriptors (DeCS): "Parkinson's Disease", "Gastrointestinal Microbiome" and "Inflammation" combined by the Boolean operator AND with their respective counterparts in Mesh Terms. Results and Discussion: The relationship between the gut microbiota and Parkinson's disease has been the subject of increasing interest in the scientific community. Research indicates that the composition of the intestinal microbiota may play an important role in the development and progression of neurodegenerative disease. Final Thoughts: The presence of certain intestinal bacteria, such as the Enterobacteriaceae, has been associated with increased risk of developing Parkinson's disease. These bacteria can produce toxic substances capable of triggering an inflammatory response in the brain and contributing to the death of dopaminergic neurons
Sujet(s)
Humains , Maladie de Parkinson , Microbiome gastro-intestinal , Infections à EnterobacteriaceaeRÉSUMÉ
A COVID-19 resultou em milhares de óbitos e até o presente momento assola diversos pacientes com as suas implicações. Uma das consequências da doença foi o isolamento social, realizado por quase todos os países, o que configurou a alteração de diversos padrões de convivência e principalmente de exposição a outros agentes não patogênicos e patogênicos essenciais para o desenvolvimento da microbiota. Com isso, o seguinte projeto tem como objetivo a descrição dos impactos da pandemia da COVID-19 na microbiota intestinal de lactentes do período pandêmico e as consequências geradas no sistema imunológico imaturo, prejudicando seu desenvolvimento e maturação. A metodologia consiste na análise e seleção de artigos científicos publicados nos últimos 10 anos com auxílio de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) específicos nas línguas inglesa e portuguesa para o tema da pesquisa, sendo a combinação dos descritores feita por meio de operadores booleanos. Conclui-se que a composição da microbiota intestinal é iniciada intraútero e influenciada pela via de parto, contato pele a pele após o nascimento e pela presença da amamentação materna. A modificação das práticas durante a pandemia da COVID-19, pode alterar a microbiologia neonatal, assim como impactar na maturação do sistema imunológico do lactente, predispondo futuramente à doenças gastrointestinais, metabólicas e atópicas, como asma.
COVID-19 has resulted in thousands of deaths and until now is affecting many patients with its implications. One of the consequences of the disease was social isolation, carried out by almost all countries, which resulted in changes in different patterns of coexistence and mainly exposure to other non-pathogenic and pathogenic agents essential for the development of the microbiota. Therefore, the following project aims to describe the impacts of the COVID-19 pandemic on the microbiota of infants during the pandemic period and the consequences generated on the immature immune system, damaging its development and maturation and relating microbiology, essentially intestinal, throughout the project. The methodology consists of the analysis and selection of scientific articles published in the last 10 years with the help of specific Health Sciences Descriptors in English and Portuguese for the research topic, with the combination of descriptors made using Boolean operators. It is concluded that the composition of the intestinal microbiota begins in utero and is influenced by the mode of delivery, skin-to- skin contact after birth, and the presence of maternal breastfeeding. Modifying practices during the COVID-19 pandemic may alter neonatal microbiology and impact the maturation of the infant's immune system, potentially predisposing them to future gastrointestinal, metabolic, and atopic diseases such as asthma.
El COVID-19 ha provocado miles de muertes y todavía afecta a muchos pacientes con sus implicaciones. Una de las consecuencias de la enfermedad fue el aislamiento social, llevado a cabo por casi todos los países, que resultó en cambios en diferentes patrones de convivencia y principalmente exposición a otros agentes patógenos y no patógenos esenciales para el desarrollo de la microbiota. Com eso, el siguiente proyecto tiene como objetivo describir los impactos de la pandemia de COVID-19 en la microbiota de los lactantes durante el periodo pandémico y las consecuencias generadas sobre el sistema inmunológico inmaduro, perjudicando su desarrollo y maduración y relacionando la microbiología, fundamentalmente intestinal, a lo largo del proyecto. La metodología consiste en el análisis y selección de artículos científicos publicados en los últimos 10 años con la ayuda de Descriptores en Ciencias de la Salud específicos en inglés y portugués para el tema de investigación, con la combinación de descriptores realizada mediante operadores booleanos. Se concluye que la composición de la microbiota intestinal comienza intraútero y está influenciada por la vía de parto, el contacto piel a piel después del nacimiento y la presencia de la lactancia materna. La modificación de las prácticas durante la pandemia de COVID-19 puede alterar la microbiología neonatal y afectar la maduración del sistema inmunológico del lactante, predisponiéndolo potencialmente a enfermedades gastrointestinales, metabólicas y atópicas en el futuro, como la asma.
RÉSUMÉ
En la actualidad, ha cobrado una gran importancia la relación que la microbiota intestinal mantiene con varios órganos y sistemas del cuerpo humano. Particularmente importante, son las relaciones de la microbiota con el Sistema Nervioso Central, el comportamiento y el desarrollo y tratamiento de varias enfermedades. La relación existente entre la microbiota intestinal y el cerebro se produce gracias a la actividad de estímulos neuroendocrinos y neuroinmunes que pueden actuar de forma bilateral, llegando incluso a generar modificaciones en el comportamiento del ser humano. Del mismo modo, a través de la realización de estudios clínicos y paraclínicos, se ha conseguido demostrar la asociación entre el eje microbiota-intestino-cerebro y trastornos neurológicos como la enfermedad de Parkinson o el trastorno depresivo. El objetivo del presente artículo es realizar un análisis de los principales estudios identificados en relación a la función del eje microbiota-intestino-cerebro (MIC) así como identificar la nueva evidencia acerca del uso de probióticos en el tratamiento coadyuvante de varios trastornos neuro-psiquiátricos. Se realizó una búsqueda sistemática de la bibliografía utilizando palabras claves y términos MeSH y se presentó en formato de discusión de acuerdo a los subtemas: eje microbiota-intestino-cerebro, mecanismos de acción, microbiota y su relación con el comportamiento y regulación sobre probióticos. Se concluyó que existe evidencia que demuestra la relación entre el eje microbiota-intestino-cerebro y varios trastornos neuropsiquiátricos en el ser humano. Además, que la administración de probióticos puede modificar el eje MIC y pueden constituir una alternativa de terapia coadyuvante en estos trastornos del comportamiento.
Nowadays, the relationship that the intestinal microbiota maintains with various organs and systems of the human body has gained more importance. Especially relevant are the relationships of the microbiota with the Central Nervous System, behavior, and the development and treatment of various diseases. The relationship between the intestinal microbiota and the brain is a product of neuroendocrine and neuroimmune stimuli that can act bilaterally, even generating changes in human behavior. Moreover, clinical and paraclinical studies have demonstrated the association between the microbiota-gut-brain axis and neurological disorders such as Parkinson's disease or depressive disorder. The objective of this article is to carry out an analysis of the studies concerning the function of the microbiota-gut-brain (MGB) axis, as well as to identify new evidence about the use of probiotics in the adjunctive treatment of several neuropsychiatric disorders. A systematic search of the bibliography was carried out using keywords and MeSH terms and presented in a discussion format according to the subtopics: microbiota-gut-brain axis, mechanisms of action, microbiota, and its relationship with behavior and regulation on probiotics. The conclusion was that the evidence demonstrates the relationship between the microbiota-gut-brain axis and several neuropsychiatric disorders in humans. In addition, the administration of probiotics can modify the MGB axis and constitute an alternative for adjuvant therapy in these behavioral disorders.
A relação da microbiota intestinal com vários órgãos e sistemas do corpo humano tem se tornado cada vez mais importante. Particularmente importantes são as relações da microbiota com o sistema nervoso central, o comportamento e o desenvolvimento e tratamento de várias doenças. A relação entre a microbiota intestinal e o cérebro ocorre através da atividade de estímulos neuroendócrinos e neuroimunes que podem agir bilateralmente, levando até mesmo a mudanças no comportamento humano. Da mesma forma, estudos clínicos e paraclínicos demonstraram a associação entre o eixo microbiota-cérebro-cérebro e desordens neurológicas, como a doença de Parkinson ou desordem depressiva. O objetivo deste artigo é rever os principais estudos identificados em relação ao papel do eixo microbiota-cérebro-cérebro (MIC) e identificar novas evidências sobre o uso de probióticos no tratamento adjuvante de vários distúrbios neuropsiquiátricos. Uma pesquisa sistemática da literatura foi realizada usando palavras-chave e termos MeSH e apresentada em formato de discussão de acordo com os subtemas: eixo microbiota-cérebro-cérebro, mecanismos de ação, microbiota e sua relação com o comportamento e regulamentação sobre probióticos. Concluiu-se que há evidência de uma relação entre o eixo microbiota-cérebro-cérebro e vários distúrbios neuropsiquiátricos em humanos. Além disso, a administração de probióticos pode modificar o eixo MIC e pode constituir uma terapia adjuvante alternativa nestes distúrbios comportamentais.
Sujet(s)
Probiotiques , Microbiote , Microbiome gastro-intestinalRÉSUMÉ
ABSTRACT Background: Neuropsychiatric disorders are a significant cause of death and disability worldwide. The mechanisms underlying these disorders include a constellation of structural, infectious, immunological, metabolic, and genetic etiologies. Advances in next-generation sequencing techniques have demonstrated that the composition of the enteric microbiome is dynamic and plays a pivotal role in host homeostasis and several diseases. The enteric microbiome acts as a key mediator in neuronal signaling via metabolic, neuroimmune, and neuroendocrine pathways. Objective: In this review, we aim to present and discuss the most current knowledge regarding the putative influence of the gut microbiome in neuropsychiatric disorders. Methods: We examined some of the preclinical and clinical evidence and therapeutic strategies associated with the manipulation of the gut microbiome. Results: targeted taxa were described and grouped from major studies to each disease. Conclusions: Understanding the complexity of these ecological interactions and their association with susceptibility and progression of acute and chronic disorders could lead to novel diagnostic biomarkers based on molecular targets. Moreover, research on the microbiome can also improve some emerging treatment choices, such as fecal transplantation, personalized probiotics, and dietary interventions, which could be used to reduce the impact of specific neuropsychiatric disorders. We expect that this knowledge will help physicians caring for patients with neuropsychiatric disorders.
RESUMO Antecedentes: Os transtornos neuropsiquiátricos são uma importante causa de morte e invalidez no mundo. Os mecanismos subjacentes a esses transtornos incluem uma constelação de etiologias estruturais, infecciosas, imunológicas, metabólicas e genéticas. Avanços nas técnicas de sequenciamento do DNA têm demonstrado que a composição do microbioma entérico é dinâmica e desempenha um papel fundamental não apenas na homeostase do hospedeiro, mas também em várias doenças. O microbioma entérico atua como mediador na sinalização das vias metabólica, neuroimune e neuroendócrina. Objetivo: Apresentar os estudos mais recentes sobre a possível influência do microbioma intestinal nas diversas doenças neuropsiquiátricas e discutir tanto os resultados quanto a eficácia dos tratamentos que envolvem a manipulação do microbioma intestinal. Métodos: foram examinadas algumas das evidências pré-clínicas e clínicas e estratégias terapêuticas associadas à manipulação do microbioma intestinal. Resultados: os táxons-alvo foram descritos e agrupados a partir dos principais estudos para cada doença. Conclusões: Entender a fundo a complexidade das interações ecológicas no intestino e sua associação com a suscetibilidade a certas doenças agudas e crônicas pode levar ao desenvolvimento de novos biomarcadores diagnósticos com base em alvos moleculares. Além disso, o estudo do microbioma intestinal pode auxiliar na otimização de tratamentos não farmacológicos emergentes, tais como o transplante de microbiota fecal, o uso de probióticos e intervenções nutricionais personalizadas. Dessa forma, terapias alternativas poderiam ser usadas para reduzir o impacto dos transtornos neuropsiquiátricos na saúde pública. Esperamos que esse conhecimento seja útil para médicos que cuidam de pacientes com diversos transtornos neuropsiquiátricos.
Sujet(s)
Humains , Microbiome gastro-intestinal/physiologieRÉSUMÉ
La incidencia de enfermedades alérgicas en la infancia va en aumento, y se ha convertido en una de las principales consultas. Una posible causa es la disbiosis del microbioma intestinal, relacionada con estados inflamatorios aumentados. Debido a la necesidad de mejorar la calidad de vida, y el impacto en lo económico y en lo educativo, surgen los probióticos como tratamiento adyuvante, por lo que se pretende determinar la asociación del uso de Bifidobacterium en menores de 5 años con la modulación de la respuesta inmune en enfermedades alérgicas. El microbioma intestinal inicia su desarrollo y maduración desde la gestación, continúa en el nacimiento y termina hasta los 3 años, influenciado por factores maternos, neonatales y ambientales. La disbiosis intestinal generada por estos factores reduce la proporción de bifidobacterias, lo cual se relaciona con estados proinflamatorios. En consecuencia, estudios del uso de Bifidobacterium en niños con enfermedades alérgicas ha evidenciado mejora de síntomas y calidad de vida. Los probióticos favorecen un microbioma intestinal saludable, asociado a un estado antiinflamatorio, debido a la regulación en el balance celular Th1/Th2/T reguladoras y células asesinas naturales. Esta modulación en la respuesta inmune permite mejor control de síntomas, calidad de vida y menor incidencia de enfermedades alérgicas en la infancia
The incidence of allergic diseases in childhood is increasing, and has become one of the main queries. One possible cause is dysbiosis of the gut microbiome, related to increased inflammatory states. Due to the need to improve the quality of life, and the economic and educational impact, probiotics emerge as adjuvant treatment, so it is intended to determine the association of the use of Bifidobacterium in children under 5 years with the modulation of the immune response in allergic diseases. The intestinal microbiome begins its development and maturation from gestation, continues at birth and ends up to 3 years, influenced by maternal, neonatal and environmental factors. The intestinal dysbiosis generated by these factors reduces the proportion of bifidobacteria, which is related to proinflammatory states. Consequently, studies of the use of Bifidobacterium in children with allergic diseases have shown improvement in symptoms and quality of life. Probiotics favor a healthy intestinal microbiome, associated with an anti-inflammatory state, due to the regulation of the regulatory Th1/Th2/T cell balance and natural killer cells. This modulation in the immune response allows better control of symptoms, quality of life and lower incidence of allergic diseases in childhood
Sujet(s)
Bifidobacterium , Maladie , Probiotiques , Dysbiose , Microbiome gastro-intestinal , Enfant , ImmunitéRÉSUMÉ
La microbiota intestinal es una barrera de defensa natural, encargada de cumplir diversas funciones relacionadas con protección estructural y metabólica al huésped, especialmente contra microorganismos patógenos mediante la competencia de nutrientes y de receptores. Objetivo: describir el vínculo entre la microbiota intestinal y los Acidos Grasos de Cadena Corta en la salud humana. Material y Métodos: se realizó una búsqueda de literatura en bases de datos: PubMed, LILACS y SciELO, Science Direct, Google Académico, Wiley Online Library y Redalyc. Se consideraron un total de 26 documentos, fueron descartados 16 artículos por no cumplir los criterios de inclusión determinados, tener una fecha de publicación menor a 15 años y la pertinencia de su contenido. Se utilizaron los siguientes descriptores en la búsqueda bibliográfica: "Microbiota intestinal", "ácidos grasos de cadena corta", "Short-Chain Fatty Acids", "Gut Microbiota", "Fibra Dietética" y "Dietary Fiber". Conclusión: la ingesta de fibra dietética es fundamental para la integridad de la microbiota intestinal, siendo también importante en la secreción de péptidos antimicrobianos que ejercen función inmunomoduladora, evita la disbiosis y existe una fuerte asociación entre una dieta pobre en fibra y enfermedades desde el inicio de la vida hasta la vejez...(AU)
Sujet(s)
Humains , Microbiome gastro-intestinal , Fibre alimentaire , Poudre pour le Corps , Acides gras volatilsRÉSUMÉ
Resumen Introducción. Los edulcorantes son aditivos que se consumen en los alimentos. Pueden ser naturales (sacarosa y estevia) o artificiales (sucralosa). Actualmente, se consumen rutinariamente en múltiples productos, y sus efectos en la mucosa y la microbiota del intestino delgado aún son controversiales. Objetivo. Relacionar el consumo de edulcorantes y su efecto en el sistema inmunitario y la microbiota del intestino delgado en ratones CD1. Materiales y métodos. Se utilizaron 54 ratones CD1 de tres semanas de edad divididos en tres grupos: un grupo de tres semanas sin tratamiento, un grupo tratado durante seis semanas y un grupo tratado durante 12 semanas. Se les administró sacarosa, sucralosa y estevia. A partir del intestino delgado, se obtuvieron linfocitos B CD19+ y células IgA+, TGF-ß (Transforming Growth Factor-beta) o el factor de crecimiento transformador beta (TGF-beta), IL-12 e IL-17 de las placas de Peyer y de la lámina propia. De los sólidos intestinales se obtuvo el ADN para identificar las especies bacterianas. Resultados. Después del consumo de sacarosa y sucralosa durante 12 semanas, se redujeron las comunidades bacterianas, la IgA+ y el TGF-beta, se aumentó el CD19+, y además, se incrementaron la IL-12 y la IL-17 en las placas de Peyer; en la lámina propia, aumentaron todos estos valores. En cambio, con la estevia mejoraron la diversidad bacteriana y el porcentaje de linfocitos CD19+, y hubo poco incremento de IgA+, TGF-ß e IL-17, pero con disminución de la IL-17. Conclusión. La sacarosa y la sucralosa alteraron negativamente la diversidad bacteriana y los parámetros inmunitarios después de 12 semanas, en contraste con la estevia que resultó benéfica para la mucosa intestinal.
Abstract Introduction: Sweeteners are additives used in different foods. They can be natural (sucrose and stevia) or artificial (sucralose). Currently, they are routinely consumed in multiple products and their effects on the mucosa of the small intestine and its microbiota are still controversial. Objective: To relate the consumption of sweeteners and their effect on the immune system and the microbiota of the small intestine in CD1 mice. Materials and methods: We used 54 three-week-old CD1 mice divided into three groups in the experiments: 1) A group of three weeks without treatment, 2) a group treated for six weeks, and 3) a group treated for 12 weeks using sucrose, sucralose, and stevia. We obtained CD19+ B lymphocytes, IgA+ antibodies, transforming growth factor-beta (TGF-b), and interleukins 12 and 17 (IL-12 and -17) from Peyer's patches and lamina propria cells while DNA was obtained from intestinal solids to identify bacterial species. Results: After 12 weeks, sucrose and sucralose consumption caused a reduction in bacterial communities with an increase in CD19+, a decrease in IgA+ and TGF-b, and an increase in IL-12 and -17 in the Peyer's patches while in the lamina propria there was an increase in all parameters. In contrast, stevia led to an improvement in bacterial diversity and percentage of CD19+ lymphocytes with minimal increase in IgA+, TGF-b, and IL-12, and a decrease in IL-17. Conclusion: Sucrose and sucralose caused negative alterations in bacterial diversity and immune parameters after 12 weeks; in contrast, stevia was beneficial for the intestinal mucosa.
Sujet(s)
Édulcorants , Microbiome gastro-intestinal , Saccharose , Stevia , Intestin grêleRÉSUMÉ
La microbiota intestinal es el conjunto de millones de microrganismos vivos ubicados en el tracto gastrointestinal. Es indispensable en múltiples funciones del organismo, regulación de la inmunidad, en aspectos nutricionales y procesos de inflamación sistémica entre otros. La disbiosis es la alteración del equilibrio de la microbiota normal, debido a cambios en la composición, funcionamiento, orden o su distribución; esto puede predisponer al individuo a la adquisición de enfermedades gastrointestinales, alérgicas y metabólicas, entre otras. El objetivo del presente artículo es realizar una revisión narrativa de la literatura sobre los conceptos claves de la microbiota intestinal, sus asociaciones fisiopatológicas con desórdenes gastrointestinales, alérgicos y metabólicos en pediatría.
ntestinal microbiota are the millions of living microbial communities that inhabit the gastrointestinal tract. It is essential for multiple functions of the human organism, such as, immune-regulation, in nutritional aspects, and systemic inflammatory processes, among others. Dysbiosis refers to the alteration of the equilibrium of normal microbiota due to shifts in its composition, functioning, order or distribution; this can predispose the individual to develop gastrointestinal, allergic and metabolic diseases among others. The aim of this article was to conduct a narrative review of the literature on the key concepts of intestinal microbiota, and its pathophysiological associations with gastrointestinal, allergic and metabolic disorders in pediatrics.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Tube digestif , Dysbiose , Microbiote , Allergie et immunologie , Microbiome gastro-intestinal , Maladies gastro-intestinalesRÉSUMÉ
ABSTRACT BACKGROUND: Fecal microbiota transplantation (FMT) is an important therapeutic option for recurrent or refractory Clostridioides difficile infection, being a safe and effective method. Initial results suggest that FMT also plays an important role in other conditions whose pathogenesis involves alteration of the intestinal microbiota. However, its systematized use is not widespread, especially in Brazil. In the last decade, multiple reports and several cases emerged using different protocols for FMT, without standardization of methods and with variable response rates. In Brazil, few isolated cases of FMT have been reported without the implantation of a Fecal Microbiota Transplantation Center (FMTC). OBJECTIVE: The main objective of this study is to describe the process of implanting a FMTC with a stool bank, in a Brazilian university hospital for treatment of recurrent and refractory C. difficile infection. METHODS: The center was structured within the criteria required by international organizations such as the Food and Drug Administration, the European Fecal Microbiota Transplant Group and in line with national epidemiological and regulatory aspects. RESULTS: A whole platform involved in structuring a transplant center with stool bank was established. The criteria for donor selection, processing and storage of samples, handling of recipients before and after the procedure, routes of administration, short and long-term follow-up of transplant patients were determined. Donor selection was conducted in three stages: pre-screening, clinical evaluation and laboratory screening. Most of the candidates were excluded in the first (75.4%) and second stage (72.7%). The main clinical exclusion criteria were: recent acute diarrhea, overweight (body mass index ≥25 kg/m2) and chronic gastrointestinal disorders. Four of the 134 candidates were selected after full screening, with a donor detection rate of 3%. CONCLUSION: The implantation of a transplant center, unprecedented in our country, allows the access of patients with recurrent or refractory C. difficile infection to innovative, safe treatment, with a high success rate and little available in Brazil. Proper selection of qualified donors is vital in the process of implementing a FMTC. The rigorous clinical evaluation of donors allowed the rational use of resources. A transplant center enables treatment on demand, on a larger scale, less personalized, with more security and traceability. This protocol provides subsidies for conducting FMT in emerging countries.
RESUMO CONTEXTO: O Transplante de microbiota fecal (TMF) é uma importante opção terapêutica para a infecção recorrente ou refratária pelo Clostridioides difficile, sendo método seguro e eficaz. Resultados iniciais sugerem que o TMF também desempenha papel relevante em outras afecções cuja patogênese envolve a alteração da microbiota intestinal. No entanto, seu uso sistematizado é pouco difundido, especialmente no Brasil. Na última década, surgiram múltiplos relatos e séries de casos utilizando diferentes protocolos para o TMF, sem padronização de métodos e com taxas de resposta variáveis. No Brasil, poucos casos isolados de TMF foram relatados sem a implantação de um Centro de Transplante de Microbiota Fecal (CTMF). OBJETIVO: O principal objetivo deste estudo foi descrever o processo de implantação de um CTMF com banco de fezes, em hospital universitário brasileiro, para tratamento de infecção recorrente e refratária pelo C. difficile. MÉTODOS: O CTMF foi estruturado dentro dos critérios exigidos e aprovados por organismos internacionais como o Food and Drug Administration, Grupo Europeu de Transplante de Microbiota Fecal e em consonância com os aspectos epidemiológicos e regulatórios nacionais. RESULTADOS: Foi estabelecida toda uma plataforma envolvida na estruturação de um centro de transplante com fezes congeladas. Determinou-se os critérios para seleção de doadores, processamento e armazenamento de amostras, manejo dos receptores antes e após o procedimento, uniformização de vias de administração do substrato fecal e seguimento a curto e longo prazo dos pacientes transplantados. A seleção dos doadores foi conduzida em três etapas: pré-triagem, avaliação clínica e exames laboratoriais. Boa parte dos candidatos foram excluídos na primeira (75,4%) e segunda etapa (72,7%). Os principais critérios clínicos de exclusão foram: diarreia aguda recente, excesso de peso (IMC ≥25 kg/m2) e distúrbios gastrointestinais crônicos. Quatro dos 134 candidatos foram selecionados após a triagem completa, com taxa de detecção de doadores de 3%. CONCLUSÃO: A implantação de um CTMF, inédito no nosso meio, possibilita o acesso de pacientes com infecção recorrente e refratária pelo C. difficile a tratamento inovador, seguro, com elevada taxa de sucesso e pouco disponível no Brasil. A seleção apropriada de doadores qualificados é vital no processo de implantação de um CTMF. A avaliação clínica rigorosa dos doadores permitiu o uso racional de recursos para realização de exames laboratoriais. Um CTMF possibilita tratamento sob demanda, em maior escala, menos personalizados, com mais segurança e rastreabilidade. Este protocolo fornece subsídios para a realização de TMF em países emergentes.
Sujet(s)
Humains , Transplantation de microbiote fécal , Brésil , Clostridioides difficile , Résultat thérapeutique , Infections à Clostridium/thérapie , FècesRÉSUMÉ
ABSTRACT Over the last years, there is growing evidence that microorganisms are involved in the maintenance of our health and are related to various diseases, both intestinal and extraintestinal. Changes in the gut microbiota appears to be a key element in the pathogenesis of hepatic and gastrointestinal disorders, including non-alcoholic fatty liver disease, alcoholic liver disease, liver cirrhosis, inflammatory bowel disease, irritable bowel syndrome, and Clostridium difficile - associated diarrhea. In 2019, the Brazilian Society of Hepatology (SBH) in cooperation with the Brazilian Nucleus for the Study of Helicobacter Pylori and Microbiota (NBEHPM), and Brazilian Federation of Gastroenterology (FBG) sponsored a joint meeting on gut microbiota and the use of prebiotics, probiotics, and synbiotics in gastrointestinal and liver diseases. This paper summarizes the proceedings of the aforementioned meeting. It is intended to provide practical information about this topic, addressing the latest discoveries and indicating areas for future studies.
RESUMO Nos últimos anos, um volume crescente de evidências indica que os microrganismos estão envolvidos na manutenção da saúde humana e também estão relacionados a várias doenças, tanto intestinais quanto extraintestinais. Alterações na microbiota intestinal parecem ser um elemento chave na patogênese de doenças hepáticas e gastrointestinais, incluindo doença hepática gordurosa não-alcoólica, doença hepática alcoólica, cirrose hepática, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável e diarreia associada ao Clostridium difficile. Em 2019, a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) em colaboração com o Núcleo Brasileiro para Estudo do Helicobacter pylori e Microbiota (NBEHPM) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) realizaram um encontro exclusivamente voltado para a discussão sobre microbiota e uso de prebióticos, probióticos e simbióticos em doenças hepáticas e gastrointestinais. Este texto resume os principais pontos discutidos durante o evento, e tem a intenção de fornecer informações práticas sobre o assunto, abordando as descobertas mais recentes e indicando áreas para estudos futuros.
Sujet(s)
Helicobacter pylori , Probiotiques , Maladies de l'appareil digestif , Synbiotiques , Microbiome gastro-intestinal , Gastroentérologie , Brésil , Congrès comme sujet , PrébiotiquesRÉSUMÉ
ABSTRACT BACKGROUND: Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) is one of the most common forms of chronic liver disease worldwide. Approximately 20% of individuals with NAFLD develop nonalcoholic steatohepatitis (NASH), which is associated with increased risk of cirrhosis, portal hypertension, and hepatocellular carcinoma. Intestinal microflora, including small intestinal bacterial overgrowth (SIBO), appear to play an important role in the pathogenesis of the disease, as demonstrated in several clinical and experimental studies, by altering intestinal permeability and allowing bacterial endotoxins to enter the circulation. OBJECTIVE: To determine the relationship between SIBO and endotoxin serum levels with clinical, laboratory, and histopathological aspects of NAFLD and the relationship between SIBO and endotoxin serum levels before and after antibiotic therapy. METHODS: Adult patients with a histological diagnosis of NAFLD, without cirrhosis were included. A comprehensive biochemistry panel, lactulose breath test (for diagnosis of SIBO), and serum endotoxin measurement (chromogenic LAL assay) were performed. SIBO was treated with metronidazole 250 mg q8h for 10 days and refractory cases were given ciprofloxacin 500 mg q12h for 10 days. RESULTS: Overall, 42 patients with a histopathological diagnosis of NAFLD were examined. The prevalence of SIBO was 26.2%. Comparison of demographic and biochemical parameters between patients with SIBO and those without SIBO revealed no statistically significant differences, except for use of proton pump inhibitors, which was significantly more frequent in patients with positive breath testing. The presence of SIBO was also associated with greater severity of hepatocellular ballooning on liver biopsy. Although the sample, as a whole, have elevated circulating endotoxin levels, we found no significant differences in this parameter between the groups with and without SIBO. Endotoxin values before and after antibiotic treatment did not differ, even on paired analysis, suggesting absence of any relationship between these factors. Serum endotoxin levels were inversely correlated with HDL levels, and directly correlated with triglyceride levels. CONCLUSION: Serum endotoxin levels did not differ between patients with and without SIBO, nor did these levels change after antibacterial therapy, virtually ruling out the possibility that elevated endotoxinemia in non-cirrhotic patients with NAFLD is associated with SIBO. Presence of SIBO was associated with greater severity of ballooning degeneration on liver biopsy, but not with a significantly higher prevalence of NASH. Additional studies are needed to evaluate the reproducibility and importance of this finding in patients with NAFLD and SIBO.
RESUMO CONTEXTO: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das doenças hepáticas crônicas mais comuns em todo o mundo. Aproximadamente 20% dos indivíduos com DHGNA desenvolvem esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) que está associada a maior risco de cirrose, hipertensão portal e/ou carcinoma hepatocelular. Alterações da microflora intestinal, incluindo o supercrescimento bacteriano intestinal (SBI), parecem ter um papel importante na patogênese da doença, como demonstrado em estudos clínicos e experimentais, pela alteração da permeabilidade intestinal e permitindo que endotoxinas bacterianas alcancem a circulação sanguínea. OBJETIVO: Determinar a relação entre o SBI e níveis de endotoxina sérica em pacientes não cirróticos com DHGNA, com os aspectos clínicos, laboratoriais e histopatológicos da doença e a relação entre SBI e níveis séricos de endotoxina antes e após tratamento com antibiótico. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos e com diagnóstico histológico de DHGNA, sem cirrose. Foram realizados: avaliação bioquímica geral, teste do H2 expirado com lactulose para diagnóstico de SBI e dosagem de endotoxina sérica - ensaio cromogênico para LAL. Para o tratamento do SBI utilizamos o metronidazol 250 mg de 8/8 horas por 10 dias e para os casos de retratamento foi utilizado ciprofloxacino 500 mg de 12/12 horas por 10 dias. RESULTADOS: Incluímos 42 pacientes com diagnóstico histopatológico de DHGNA. A prevalência de SBI foi de 26,2%. Quando comparamos o grupo dos pacientes com SBI com aquele sem SBI e analisamos suas variáveis demográficas e bioquímicas, não encontramos diferença estatisticamente significante entre elas, exceto pela utilização de inibidores de bomba de próton, que foi significantemente mais frequente nos pacientes com teste respiratório positivo. A presença de SBI também esteve associada à maior intensidade de balonização na biópsia hepática, quando comparados àqueles sem SBI. Embora o grupo como um todo apresentasse elevação dos níveis circulantes de endotoxinas, não pudemos encontrar diferenças estatísticas entre os grupos com e sem SBI. Os valores de endotoxinas pré e pós tratamento antibiótico não diferiram entre si, mesmo em análise pareada, sugerindo ausência de relação entre esses fatores. Os níveis de endotoxina sérica apresentaram correlação inversa com os níveis de HDL e correlação direta com os níveis de triglicerídeos. CONCLUSÃO: Níveis de endotoxinas séricas não diferiram entre os pacientes com e sem SBI, e que esses níveis não se modificaram após tratamento medicamentoso da proliferação bacteriana, praticamente excluindo a possibilidade de que os níveis elevados de endotoxemia estejam relacionados à SBI. A presença dessa proliferação bacteriana esteve associada à maior intensidade de balonização na biópsia hepática, mas não à maior prevalência de EHNA entre os portadores de SBI. Estudos complementares são necessários para avaliar a reprodutibilidade e a importância desse achado em portadores de DHGNA com SBI.
Sujet(s)
Humains , Adulte , Stéatose hépatique non alcoolique/complications , Reproductibilité des résultats , Endotoxines , Intestin grêle , Cirrhose du foie , Tumeurs du foieRÉSUMÉ
ABSTRACT Background: Patients with chronic kidney disease (CKD) present an imbalance of the gut microbiota composition, leading to increased production of uremic toxins like p-cresyl sulfate (PCS), product from bacterial fermentation of the amino acids tyrosine (Tyr) and phenylalanine (Phe) from the diet. Thus, diet may be a determinant in the uremic toxins levels produced by the gut microbiota. The aim of this study was to evaluate the possible relationship between Tyr and Phe intake and PCS plasma levels in non-dialysis CKD patients. Methods: Twenty-seven non-dialysis CKD patients (stages 3 and 4) without previous nutritional intervention were evaluated. The dietary intake was evaluated using a 24-hour recall, 3-day food record and protein intake was also estimated by Protein Nitrogen Appearance (PNA). The plasma levels of PCS were measured using reverse phase high performance liquid chromatography. Results: The evaluated patients (GRF, 34.8 ± 12.4 mL/min, 54.2 ± 14.3 years, BMI, 29.3 ± 6.1 kg/m2) presented mean protein intake of 1.1 ± 0.5 g/kg/day), Tyr of 4.5 ± 2.4 g/day and Phe of 4.6 ± 2.5 g/day. PCS plasma levels (20.4 ± 15.5 mg/L) were elevated and positively associated with both, Tyr (r = 0.58, p = 0.002) and Phe intake (r = 0.53, p = 0.005), even after adjustments for eGFR and age. Conclusion: This study suggests that the diet is an important modulator of the uremic toxins plasma levels produced by the gut microbiota, in non-dialysis CKD patients.
RESUMO Introdução: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam desequilíbrio na composição da microbiota intestinal, gerando toxinas urêmicas, como o p-cresil sulfato (PCS), pela fermentação bacteriana dos aminoácidos tirosina (Tyr) e fenilalanina (Phe) da dieta. Assim, a dieta pode ser determinante nos níveis de toxinas urêmicas produzidos pela microbiota intestinal. O objetivo deste estudo foi avaliar a possível relação entre a ingestão de Tyr e Phe e os níveis plasmáticos de PCS em pacientes com DRC não dialisados. Métodos: Foram avaliados 27 pacientes com DRC em tratamento conservador (estágios 3 e 4), sem intervenção nutricional prévia. A ingestão alimentar foi avaliada pelo recordatório alimentar de 24h (R-24h) de 3 dias, e a ingestão proteica também foi verificada através do Protein Nitrogen Appearance (PNA). Os níveis plasmáticos de PCS foram determinados por cromatografia líquida de fase reversa. Resultados: Os pacientes avaliados (TFG, 34,8 ± 12,4 mL/min, 54,2 ± 14,3 anos, IMC 29,3 ± 6,1 kg/m2) apresentaram ingestão média de proteína de 1,1 ± 0,5 g/kg/dia, Tyr de 4,5 ± 2,4 g/dia e Phe de 4,6 ± 2,5 g/dia. Os níveis plasmáticos de PCS (20,4 ± 15,5 mg/L) foram elevados e positivamente associados à ingestão de Tyr (r = 0,58, p = 0,002) e Phe (r = 0,53, p = 0,005), mesmo após ajustes pela TFG e idade. Conclusão: Este estudo sugere que a dieta é um importante modulador dos níveis plasmáticos de toxinas urêmicas produzidas pela microbiota intestinal em pacientes com DRC não dialisados.
Sujet(s)
Humains , Phénylalanine , Tyrosine , Régime alimentaire , Insuffisance rénale chronique , Indican , Sulfates , Sulfates organiques , Crésols , Consommation alimentaireRÉSUMÉ
ABSTRACT BACKGROUND: Aging is a complex process marked by alterations on gut functioning and physiology, accompanied by an increase on the inflammatory status, leading to a scenario called "inflammaging". OBJECTIVE: To evaluate the effects of a synbiotic substance on systemic inflammation, gut functioning of community-dwelling elders. METHODS: This is a secondary analysis from a randomized clinical trial, lasting 24 weeks, including 49 elders, distributed into two groups: SYN (n=25), which received a synbiotic substance (Frutooligossacaride 6g, Lactobacillus paracasei LPC-31 109 to 108 UFC, Lactobacillus rhamnosus HN001 109 to 108 UFC, Lactobacillus acidophilus NCFM 109 to 108 UFC e Bifidobacterium lactis HN019 109 to 108 UFC), or PLA (n=24), receiving placebo. The evaluations consisted of serum IL-10 e TNF-α (after overnight fasting), evaluation of chronic constipation (by Rome III Criteria) and faeces types (by Bristol Stool Form Scale). Data were compared before and after the supplementation time, and between groups. RESULTS: No significant differences were found between baseline and final values of serum inflammatory markers. Some subtle beneficial changes were observed in SYN, concerning both gut functioning and faeces types. CONCLUSION: From our data, synbiotic supplementation showed a subtle benefit in gut functioning in apparently healthy community-dwelling elders. Our findings can suggest that the benefits in healthy individuals were less expressive than the ones presented in studies with individuals previously diagnosed as dysbiosis. Future studies, comparing elders with and without gut dysbiosis can confirm our findings.
RESUMO CONTEXTO: O envelhecimento é um processo complexo marcado por alterações no funcionamento e fisiologia intestinais, acompanhado de alterações no estado inflamatório, o que leva ao quadro denominado inflammaging. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de uma substância simbiótica sobre o funcionamento intestinal e a inflamação sistêmica de idosos inseridos na comunidade. MÉTODOS: Trata-se de uma análise secundária de um estudo clínico randomizado, com 24 meses de duração, que incluiu 49 idosos, distribuídos em dois grupos: SIM (n=25), que receberam uma substância simbiótica (Frutooligossacaride 6g, Lactobacillus paracasei LPC-31 109 to 108 UFC, Lactobacillus rhamnosus HN001 109 to 108 UFC, Lactobacillus acidophilus NCFM 109 to 108 UFC e Bifidobacterium lactis HN019 109 to 108 UFC), ou PLA (n=24), que receberam placebo. As avaliações foram realizadas antes e após o período de suplementação, e incluíram: concentrações de IL-10 e TNF-α no soro (após uma noite de jejum); investigação de constipação crônica (pelo Critério de Roma III) e dos tipos de fezes (pela Escala de Bristol). Os dados foram comparados entre antes e após a suplementação, e entre os grupos. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significativas entre valores iniciais e finais nos marcadores de inflamação; alguns benefícios sutis foram observados no grupo SIM, no funcionamento intestinal e nos tipos de fezes. CONCLUSÃO: A suplementação com simbióticos mostrou um benefício sutil nessa população. Nossos resultados apontam que idosos aparentemente saudáveis não se beneficiam tanto da suplementação de simbióticos quanto pessoas previamente identificadas com disbiose. Estudos futuros, comparando idosos com e sem disbiose poderão confirmar esses achados.