RÉSUMÉ
Este artigo analisa o reconhecimento no trabalho. Trata-se de recorte de tese de doutorado em andamento que tem como campo os Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS) de Aracaju-SE, Brasil. Utilizando a psicossociologia como aporte teórico e metodológico, realizamos oficinas grupais com educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais de três CREAS daquele município. A psicossociologia está atenta aos conflitos que surgem no contexto institucional e organizacional e às diversas modalidades de mal-estar que ali se instauram, favorecendo o olhar sócio-clínico e a intervenção. Neste texto, discutiremos o trabalho no campo em questão atentando para sua função social e pensando-o enquanto via de acesso ou não ao reconhecimento social dos seus trabalhadores.(AU)
On this paper we analyse the recognition at work. It refers to an extract of a PhD thesis which field work was developed at Center of Reference Specialized of Social Assistance (CREAS) in Aracaju-SE, Brasil. The psychossociology is the theoretical and methodological reference that supports the proposition of groups organized amongst professionals on the field of three CREAS, such as social educators, psychologists and social workers. The psychossociology discusses conflicts and the various forms of malaise in these contexts, where a socio-clinical regard and intervention are made possible. On this text we discuss the fieldwork paying attention to its social function, and also considering it as a device that gives access, or not, to social recognition.(AU)
Este artículo analiza el reconocimiento del trabajo. Se trata de un recorte de tesis de doctorado en curso que tiene como campo los Centros de Referencia Especializados de la Asistencia Social (CREAS) de Aracaju-SE, Brasil. Apoyadas en la psicosociología como aporte teórico y metodológico, realizamos grupos con educadores sociales, psicólogos y asistentes sociales en tres CREAS. La psicosociología está actuando en los conflitos que surgen en el contexto institucional y organizacional y como múltiples modalidades de malestar que instaura, favoreciendo la análisis socioclínica y la intervención. Es sobre esta base que discutimos el trabajo en el campo de la asistencia social, atentando para su función social y pensando en él como vía de acceso o no al reconocimiento social de sus trabajadores.(AU)
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Psychologie sociale , Services sociaux et travail social (activité) , Travail/psychologie , Désirabilité sociale , BrésilRÉSUMÉ
Este estudo objetiva discutir o trabalho de Eros e de Tanatos no contexto de regulação social na qual a responsabilidade social organizacional é comumente associada a um sistema de gestão capaz de minimizar os efeitos negativos do capitalismo. O trabalho de campo indicou uma falácia entre o discurso e as práticas da responsabilidade. Utilizaram-se dados qualitativos de três organizações, classificados com base na lógica das representações sociais. Identificou-se a responsabilidade social organizacional a serviço de Eros, enquanto possibilidade para vencer a angústia de morte organizacional. Mas este modelo também é vulnerável ao trabalho de Tanatos. Internamente, junto aos trabalhadores, se a RSO não recebe investimentos para ser uma ferramenta eficaz de oxigenação do sistema organizacional torna-se ela mesma parte de sua necrose. Conclui-se que a percepção do trabalho de morte que se instala na dinâmica institucional pode favorecer seu enfrentamento e criar saídas para a necrose do tecido social do qual as organizações também fazem parte.
This study aims to discuss the work of Eros and Thanatos in the context of social regulation, where the organizational social responsibility is commonly identified as being a management system capable of minimizing the negative effects of capitalism. The fieldwork indicated a fallacy between discourse and practices of responsibility. Qualitative data from three organizations were used and categorized based on the logic of social representations. It has been identified that the organizational social responsibility is in the service of Eros, being a possible way to beat the anguish of organizational death. However, that model is vulnerable to the work of Thanatos. It has been concluded that the perception of the work of death that is noticeable in the institutional dynamics may favor its confrontation and also find ways out to the necrosis in the social tissue which work organizations are also part.