Valor de predição da ultrassonografia cerebral em recém-nascidos pré-termo para alteração de desenvolvimento neuropsicomotor aos 12 meses de idade corrigida / The predictive value of neonatal brain ultrasound in premature babies for impaired neurodevelopment with a correted age of 12 months

OBJETIVO: verificar o valor preditivo da ultrassonografia transfontanelar em recém-nascidos prematuros na determinação das alterações do desenvolvimento neuropsicomotor. MÉTODO: coorte prospectivo. Foram estudados 99 recém-nascidos prematuros com peso de nascimento menor ou igual a 1800 gramas e idade gestacional abaixo de 37 semanas que fizeram ultrassom transfontanelar no período neonatal durante internação em UTI. Para avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor utilizou-se o Teste de Denver II. Na análise bivariada utilizou-se o teste do qui-quadrado e na análise multivariada, regressão logística onde foram detectadas associações entre características sócio-econômicas e a variável resposta. Finalmente foi realizada análise para avaliação de valores preditivos positivos e negativos. RESULTADOS: população composta de crianças com 12 meses de idade corrigida, com média de peso de nascimento de 1320 gramas e idade gestacional média de 31 semanas e 3 dias. Alterações ultra-sonográficas estiveram presentes em 49,4 por cento das crianças. Dos testes realizados, 34,3 por cento tiveram resultados desfavoráveis. Dos fatores de risco para alteração de desenvolvimento, alterações ultra-sonográficas cerebrais e renda familiar mostram-se estatisticamente significantes. O valor preditivo positivo dos exames ultra-sonográficos transfontanelares para alterações de desenvolvimento neuropsicomotor, foi de 51,02 por cento e o negativo, 82 por cento. Acrescentando-se a variável renda familiar às alterações ultra-sonográficas transfontanelares, o valor preditivo positivo aumentou para 90 por cento e o negativo reduziu-se para 71,91 por cento. CONCLUSÃO: acredita-se que o acréscimo à análise da variável renda familiar é boa alternativa para aumentar a capacidade de predizer o desenvolvimento de prematuros com alterações ultra-sonográficas transfontanelares

Lesiones talámicas en neonatos evaluadas por ultrasonido transfontanelar:: casos reportados en cinco años en el Instituto Materno Perinatal, Lima, Perú / Thalamic lesions in neonates evaluated by ultrasound:: reported cases in five years at the Perinatal Maternal Institute. Lima, Perú

Objetivos: Determinar las características ultrasonográficas de la lesión talámica neonatal (hemorragia o infarto) y de sus factores perinatales asociados. Material y Métodos: Es un estudio descriptivo retrospectivo de una serie de casos de neonatos con lesión talámica unilateral y bilateral. Se revisaron los informes ecográficos de 3 562 neonatos, de agosto 1999 hasta agosto 2004. Los exámenes ecográficos transfontanelares se realizaron en el servicio de Cuidados Intensivos Neonatales y Servicio de Diagnóstico por Imágenes, se utilizó un ecógrafo con transductores microconvexos de 5 y 7.5MHz. Resultados: Se presentan 8 (0,2%) casos de lesión talámica: 6 unilaterales y 2 bilaterales; 5 en neonatos pretérmino y 3 en neonatos a término. El peso promedio de los prematuros fue de 1,490gr y el de los recién nacidos a término 3,210 gr. La edad gestacional promedio en prematuros fue 30,4 semanas y en los neonatos a término 39,3 semanas. Los factores perinatales asociados fueron: asfixia (4), coagulopatía (3), desprendimiento prematuro de placenta (1), prolapso de cordón (1) y no determinada (3). Mortalidad en 5 de 8 neonatos. Conclusión: la lesión talámica es de presentación rara, esta asociada principalmente a encefalopatía hipoxica-isquémica severa y a trastornos de la coagulación. Tiene dos formas de presentación: lesión talámica bilateral en neonatos a término y lesión talámica unilateral en prematuros y en neonatos a término.

Objetive: assess the ultrasound characteristics of neonatal thalamic damage (hemorrhage or infarction) and the associated prenatal factors. Material and methods: it’s a retrospective descriptive study of a series of neonates’ cases with thalamic damage. We review the data of the ultrasound report from 3 562 neonates, since august 1999 until august 2004. The transfontanellar ultrasound studies were performed in the Diagnostic Imaging and Neonatal Intensive Care Services. An ultrasound equipment with micro-convex transducer of 5 and 7.5 Mhz was used. Results: there were 8 (0,2%) cases of thalamic damage: 6 unilateral and 2 bilateral, 5 in preterm neonates and 3 in term neonates. The average weight of the preterm newborns was 1,490 gr, and in the term newborns was 3,210 gr. The average gestational time in newborns was 30,4 weeks and 39,3 weeks for the term ones. The prenatal factors were: asphyxia (4), coagulopathy (3), premature detachment of the placenta (1), prolapse of umbilical cord (1), and undetermined (3). Five out 5 neonates died. Conclusion: the thalamic damage is a rare presentation, and it was associated fundamentally to the severe hypoxic-isquemic encephalopathy and coagulopathy problems. There were two ways of presentation: bilateral thalamic damage in term neonates and unilateral thalamic damage in preterm neonates.