RÉSUMÉ
O objetivo deste artigo é discutir, através de análise de conteúdo, as estratégias de comunicação pública adotadas pelas Indústrias Nucleares do Brasil no 'Espaço INB', um centro de informações localizado na cidade baiana de Caetité, onde a empresa realiza a mineração e o beneficiamento de urânio. Desde que foram iniciadas, essas atividades levantaram inúmeras suspeitas de danos ambientais e problemas de saúde pública. Diante disso, buscamos compreender como a INB se posiciona diante dessas suspeitas e se relaciona com as populações atingidas por suas atividades. De acordo com nosso argumento, ao adotar uma postura que denominamos tecnoentusiasta e tecnocrática, a empresa dificulta um debate público aberto e descentralizado sobre as controvérsias em torno da mineração de urânio
This article aims to use the content analysis to discuss the public communication stated by the 'Espaço INB', an information center managed by Indústrias Nucleares do Brasil located in the city of Caetité BA, where the company mines and processes uranium. Since INB started its activities in Caetité, several suspicions of environmental damage and public health problems emerged. Thus, we analyze how INB responds to these suspicions and relates to the populations affected by its activities. We argue that INB adopts an attitude that we call techno-enthusiastic and technocratic, hindering an open public and decentralized debate about the controversies surrounding uranium mining.
El objetivo de este artículo es discutir, a través del análisis de contenido, la comunicación pública transmitida por el 'Espaço INB', un centro de información administrado por Indústrias Nucleares do Brasil ubicado en la ciudad de Caetité/Bahia, donde la empresa hace la mínería y el procesamiento del uranio. Desde que comenzaron, estas actividades han generado numerosas sospechas de daños ambientales y problemas de salud pública. Por eso, analizamos como el INB contesta estas sospechas y se relaciona con las poblaciones afectadas por sus actividades. Argumentamos que el INB adopta una actitud que llamamos tecno-entusiasta y tecnocrática, lo que dificulta un debate público abierto y descentralizado sobre las controversias respecto a la minería de uranio.