RÉSUMÉ
SUMMARY OBJECTIVE Vesicoureteral reflux (VUR) represents one of the most significant risk factors for acute pyelonephritis in children. Various intravesical and extravesical techniques have been described for the surgical correction of VUR. The aim of our study was to compare the results of open intravesical and extravesical procedures for unilateral primary VUR in children. METHODS Between January 2012 and August 2018, 38 children with primary VUR who underwent open ureteral reimplantation surgery were retrospectively reviewed. The Cohen (intravesical) and the Lich-Gregoir (extravesical) approach were grouped as groups A and B, respectively. The groups were compared for age, gender, preoperative reflux grade, presence of lower urinary tract symptoms, operation time, discomfort and pain, analgesic requirements, duration of hematuria, postoperative complications, and hospital stay. All the parameters were statistically compared. RESULTS There were 38 patients in this study. Group A had 18 patients, and group B had 20 patients. The mean operative time was significantly shorter in group B than in group A. The mean hospital stay was also shorter in group B. The urethral foley stay period was 4.7±0.9 days 2±0 days (p = 0.000*), respectively, for group A and B. Macroscopic hematuria was seen in group A. The objective pain scale was worse after intravesical surgery. Analgesic requirements were higher in group A (p =0.131). CONCLUSION Intravesical and extravesical ureteroneocystostomy methods are equally successful and feasible in the treatment of primary unilateral VUR. The Cohen technique is associated with a longer and more painful hospital stay, gross hematuria, and longer operative time, compared to the Lich-Gregoir technique.
RESUMO OBJETIVO O Refluxo Vesicoureteral (RVU) representa um dos mais importantes fatores de risco para pielonefrite aguda em crianças. Diversas técnicas intra e extravesicais já foram descritas para a correção cirúrgica do RVU. O objetivo do nosso estudo é comparar os resultados de procedimentos extravesicais e intravesicais abertos para o tratamento de RVU primário unilateral em crianças. METODOLOGIA Entre janeiro de 2012 e agosto de 2018, 38 crianças com RVU primário foram submetidas a cirurgia aberta de reimplante ureteral. Esses casos foram retrospectivamente revisados. As abordagens de Cohen (intravesical) e Lich-Gregoir (extravesical) foram agrupadas nos grupos A e B, respectivamente. Os grupos foram comparados quanto à idade, sexo, grau de refluxo pré-operatório, presença de sintomas no trato urinário inferior, tempo de operação, desconforto e dor, necessidade de analgésicos, duração de hematúria, complicações pós-operatórias e tempo de internação. Todos os parâmetros foram comparados estatisticamente. RESULTADOS No total, 38 pacientes foram incluídos neste estudo. O grupo A teve 18 pacientes e o grupo B, 20. O tempo médio de operação foi significativamente menor no grupo B do que no grupo A. O tempo médio de internação também foi menor no grupo B. O tempo de uso do foley uretral foi de 4,7 ± 0,9 dias e 2±0 dias (p = 0,000*) , respectivamente, para o grupo A e B. Hematúria macroscópica foi observada no grupo A. A pontuação na escala objetiva de dor foi pior após a cirurgia intravesical. A necessidade de analgésicos foi maior no grupo A (p = 0,131). CONCLUSÃO As técnicas extravesicais e intravesical de ureteroneocistostomia são igualmente bem-sucedidas e viáveis para o tratamento de RVU primário unilateral. A técnica de Cohen está associada a um período de internação mais longo e mais doloroso, hematúria e maior tempo operatório, em comparação com a técnica de Lich-Gregoir.