RÉSUMÉ
Chama a atenção que, apesar da freqüência com que ocorrem os traumatismos cranioencefálicos (TCE), haja tão poucos estudos a respeito das complicações neuroendócrinas deles decorrentes. Tanto deficiência neuroipofisária, com diabetes insípidus, como deficiências adenoipofisárias podem fazer-se presentes e o tempo decorrente entre o traumatismo e as manifestações neuroendócrinas pode ser muito variável, chegando a ocorrer décadas após o evento. A possibilidade de tais complicações nunca deve passar despercebida ao profissional que atende o paciente, pois, muitas vezes, nem o paciente se recorda mais do evento traumático prévio e cuidadosa anamnese pode recuperar esta importante informação. Não devemos esquecer, também, que acidentes esportivos ou hemorragias subaracnóideas podem também gerar seqüelas neurológicas e, eventualmente, neuroendócrinas.