RÉSUMÉ
ABSTRACT Primary graft failure (PGF) is a known complication following penetrating keratoplasty (PKP). The usual approach to treat this complication is to repeat a penetrating keratoplasty. Here, we report a case of Descemet's membrane endothelial keratoplasty (DMEK) for the treatment of PGF after PKP. A patient that underwent PKP, developed PGF with persistent graft edema and very poor visual acuity despite aggressive steroid use and a proof anti-viral treatment. Three months after the initial surgery, a DMEK was performed under the PKP graft. There was progressive early corneal clearing and, by the end of the first month, the patient already had no corneal edema. Uncorrected visual acuity (UCVA) improved to 20/40 and best corrected visual acuity (BCVA) to 20/20. DMEK may be an alternative to a second PKP for the treatment of PGF. This technique is a less invasive option when compared to the standard PKP procedure.
RESUMO A falência primária do enxerto é uma complicação conhecida que pode ocorrer após o transplante penetrante de córnea. O tratamento usual dessa complicação é com um novo transplante penetrante. Apresentamos um caso em que foi usado o transplante endotelial de membrana de Descemet (DMEK - do inglês Descemet membrane endo-thelial keratoplasty) para o tratamento da falência primária após o transplante penetrante. Uma paciente submetida a transplante penetrante evoluiu com falência primária do enxerto a despeito do uso intenso de corticoide tópico e uma prova terapêutica de antivirais. Três meses após a cirurgia inicial, foi optado pela realização do transplante endotelial de membrana de Descemet sob o transplante penetrante. Houve um clareamento precoce e progressivo do enxerto com melhora importante da visão. Após um mês, a visão sem correção era de 20/40 melhorando para 20/20 com refração. O transplante endotelial de membrana de Descemet pode ser uma alternativa a um novo transplante penetrante como tratamento da falência primária.
RÉSUMÉ
ABSTRACT This case report describes the clinical characteristics and ophthalmic management of a patient who developed corneal perforation due to severe enophthalmos consistent with "silent brain syndrome." A 27-year-old man with a history of congenital hydrocephalus and ventriculoperitoneal shunt was referred with complaints of "sinking of the eyeballs" and progressively decreasing vision in the left eye. Examination revealed severe bilateral enophthalmos in addition to superonasal corneal perforation with iris prolapse in the left eye. The patient underwent therapeutic keratoplasty the next day. Orbital reconstruction with costochondral graft and shunt revision of the intracranial hypotension were performed the next month to prevent further progression.
RESUMO Este relato de caso descreve as características clínicas e o manejo cirúrgico de um paciente que teve perfuração da córnea devido à enoftalmia grave consistente com a "síndrome do cérebro silencioso". Um homem de 27 anos com história de hidrocefalia congênita e derivação ventrículo-peritoneal foi encaminhado com queixas de "afundamento dos globos oculares" e diminuição progressiva da visão no olho esquerdo. O exame revelou enoftalmo bilateral importante, além de perfuração superonasal da córnea com prolapso iriano no olho esquerdo. A paciente foi submetida à ceratoplastia terapêutica no dia seguinte. Foi realizado no mês seguinte a reconstrução da órbita com enxerto costocondral e revisão do shunt para evitar progressão e piora do caso.
Sujet(s)
Humains , Adulte , Perforation cornéenne , Encéphale , Perforation cornéenne/chirurgie , Perforation cornéenne/étiologieRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To evaluate the clinical course and management of infectious interface keratitis after Descemet membrane endothelial keratoplasty. Methods: A total of 352 cases that had undergone Descemet membrane endothelial keratoplasty were retrospectively reviewed. Patients with infectious interface keratitis during follow-up were analyzed. The microbiological analyses, time to infection onset, clinical findings, follow-up duration, treatment, and post-treatment corrected distance visual acuity were recorded. Results: IIK was detected in eight eyes of eight cases. Three fungal and three bacterial pathogens were identified in all cases. All patients received medical treatment according to culture sensitivity. Antifungal treatment was initiated in two cases with no growth on culture, with a preliminary diagnosis of fungal interface keratitis. Intrastromal antifungal injections were performed in all patients with fungal infections. The median time to infection onset was 164 days (range: 2-282 days). The postoperative infectious interface keratitis developed in the early period in two cases. The mean follow-up duration was 13.4 ± 6.2 months (range: 6-26 months). Re-Descemet membrane endothelial keratoplasty was performed in two patients (25%) and therapeutic penetrating keratoplasty in four patients (50%) who did not recover with medical treatment. The final corrected distance visual acuity was 20/40 or better in five patients (62.5%). Conclusion: The diagnosis and treatment of infectious interface keratitis following Descemet membrane endothelial keratoplasty are challenging. Early surgical intervention should be preferred in the absence of response to medical treatment. Better graft survival and visual acuity can be achieved with therapeutic penetrating keratoplasty and re-Descemet membrane endothelial keratoplasty in patients with infectious interface keratitis.
RESUMO Objetivo: Avaliar o curso clínico e o manejo da ceratite infecciosa de interface após ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet. Métodos: Um total de 352 casos submetidos a ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet foram revisados retrospectivamente. Pacientes com ceratite infecciosa de interface foram analisados durante o acompanhamento. As análises microbiológicas, o tempo até o início da infecção, os achados clínicos, a duração do acompanhamento, o tratamento e a acuidade visual para longe corrigida pós-tratamento foram registrados. Resultados: Ceratite infecciosa de interface foi detectada em 8 olhos de 8 casos. Três patógenos fúngicos e três bacterianos foram identificados em todos os casos e receberam tratamento médico de acordo com a sensibilidade da cultura. O tratamento antifúngico foi iniciado em dois casos sem crescimento em cultura, com diagnóstico preliminar de ceratite infecciosa fúngica. Injeções antifúngicas intraestromais foram usadas em todos os casos com infecções fúngicas. O tempo médio para o início da infecção foi de 164 dias (variação: 2-282 dias). A ceratite infecciosa de interface pós-operatória desenvolveu-se no período inicial em dois casos. A duração média do acompanhamento foi de 13,4 ± 6,2 meses (variação: 6-26 meses). A ceratoplastia endotelial de membrana de Descemet foi realizada em dois casos (25%) e ceratoplastia penetrante terapêutica em quatro casos (50%) que não se recuperaram com tratamento médico. A acuidade visual para longe corrigida final foi de 20/40 ou melhor em 5/8 (62,5%) dos pacientes. Conclusões: O diagnóstico e o tratamento da ceratite infecciosa de interface após ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet são difíceis. A intervenção cirúrgica precoce deve ser o procedimento preferido se não houver resposta ao tratamento médico. Melhor sobrevida do enxerto e melhor acuidade visual podem ser alcançadas com ceratoplastia penetrante terapêutica e ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet em pacientes com ceratite infecciosa de interface
RÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To evaluate the epidemiological and clinical profiles of corneal transplants performed in a reference eye center in Recife, state of Pernambuco, Northeastern Brazil. Methods: This cross-sectional study collected epidemiological and clinical data from the medical records of patients who underwent keratoplasty at the Altino Ventura Foundation between January and December 2017. Results: A total of 356 procedures were performed in 327 patients, of whom 165 (50.5%) were female. The mean age at surgery was 50.9 ± 22.6 years (range, 10-89 years). Most patients (n=152 [46.5%]) were from the capital and metropolitan areas. The mean waiting time for keratoplasty was 52.4 ± 58.9 days (range, 0-460 days). The main indications for keratoplasty were infectious keratitis (n=88 [24.7%]), keratoconus (n=80 [22.5%]), and previous transplant failure (n=75 [21.1%]). Penetrating keratoplasty was the most common surgical technique performed (n=213 [59.9%]) and more frequently performed in men (n=132 [76.7%]), whereas posterior lamellar transplant (n=143 [41.1%]) was more frequently performed in women (p<0.001). Conclusion: Infectious keratitis was the main indication for keratoplasty, which was similarly performed in economically active adults of both sexes. Penetrating keratoplasty was more frequently performed in men and lamellar transplants in women.
RESUMO Objetivo: Avaliar o perfil clínico e epidemiológico dos transplantes de córnea realizados em um centro de referência oftalmológica de Recife no estado de Pernambuco, localizado no nordeste do Brasil. Métodos: Esse estudo transversal coletou através de prontuários médicos dados clínicos e epidemiológicos de pacientes submetidos a ceratoplastia na Fundação Altino Ventura, de janeiro a dezembro de 2017. Resultados: Um total de 356 procedimentos foram realizados em 327 pacientes dos quais 165 (50.5%) eram mulheres. A média de idade na cirurgia foi de 50.9 ± 22.6 anos (variação, 10 - 89 anos). A maioria dos pacientes (n=152 [46.5%]) era da capital e região metropolitana. A média de tempo de espera na fila para o transplante de córnea foi de 52.4 ± 58.9 dias (variação, 0 - 460 dias). As principais indicações de transplante foram ceratite infecciosa (n=88 [24.7%]), ceratocone (n=80 [22.5%]) e falência de transplante prévio (n=75 [21.1%]). Transplante penetrante foi a técnica mais realizada (n=213 [59.9%]) e foi mais comum em homens (n=132 [76.7%]), enquanto os transplantes lamelares posteriores (n=143 [41.1%]) foram mais realizados nas mulheres (p<0.001). Conclusão: Ceratites infecciosas foram a causa mais comum de transplante, com prevalência similar em adultos economicamente ativos de ambos os sexos. Transplante penetrantes foram os prevalentes em homens e os transplantes lamelares em mulheres.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: This study aimed to investigate the effect of using a viscoelastic substance in Descemet's membrane rupture in "double bubble" deep anterior lamellar keratoplasty. Methods: The medical records and videos of surgeries of 40 patients who underwent surgery between January 2014 and July 2015 were retrospectively evaluated. The patients were divided into two groups: 20 patients whose perforation of the posterior stromal wall was performed without administration of any viscoelastic substance (group 1) and 20 patients whose perforation of the posterior stromal wall was performed with administration of viscoelastic substance onto the posterior stroma (group 2). The Descemet's membrane perforation rate was compared between groups. Results: Perforation of the Descemet's membrane was observed in 12 (60.0%) patients in group 1 and only three (15.0%) patients in group 2. This difference was statistically significant (p=0.003). Only one (5%) patient in group 2 had macroperforation during the procedure, and the surgery was converted to penetrating keratoplasty. Eleven (55.0%) patients in group 1 had macroperforation of Descemet's membrane, and surgeries were converted to penetrating keratoplasty. This difference between the groups was statistically significant (p=0.001). Conclusions: Administering a viscoelastic substance onto the posterior stromal side just before puncture is an effective method to decrease the risk of Descemet's membrane perforation in deep anterior lamellar keratoplasty.(AU)
RESUMO Objetivo: Investigar o efeito do uso de uma substância viscoelástica na ruptura da membrana de Descemet em casos de ceratoplastia lamelar anterior profunda em "bolha dupla". Métodos: Foram avaliados retrospectivamente prontuários e vídeos de cirurgias de 40 pacientes operados entre janeiro de 2014 e julho de 2015. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 20 pacientes nos quais a parede posterior do estroma foi puncionada sem a colocação de nenhuma substância viscoelástica (grupo 1) e 20 pacientes nos quais uma substância viscoelástica foi aplicada sobre o estroma posterior ao ser puncionada a parede posterior do estroma (grupo 2). A taxa de perfuração da membrana de Descemet foi comparada entre os grupos. Resultados: Observou-se perfuração da membrana de Descemet em 12 casos (60,0%) no grupo 1 e em apenas 3 casos (15,0%) no grupo 2. Essa diferença foi estatisticamente significativa (p=0,003). Apenas um caso (5%) no grupo 2 teve macroperfuração durante o procedimento, sendo a cirurgia então convertida em uma ceratoplastia penetrante. Onze casos (55,0%) no grupo 1 tiveram macroperfuração da membrana de Descemet e essas cirurgias foram convertidas em ceratoplastias penetrantes. Essa diferença entre os grupos foi estatisticamente significativa (p=0,001). Conclusões: A aplicação de substância viscoelástica sobre o lado posterior do estroma logo antes da punção é um método eficaz para diminuir o risco de perfuração da membrana de Descemet na ceratoplastia lamelar anterior profunda.(AU)
Sujet(s)
Humains , Transplantation de cornée/instrumentation , Lame limitante postérieure/chirurgie , Substances viscoélastiques , Stroma de la cornéeRÉSUMÉ
RESUMO Relato de caso não descrito na literatura oftalmológica nacional de múltiplas camadas da membrana de Descemet. Mulher de 59 anos, pseudofácica, com diagnóstico de ceratopatia bolhosa, foi submetida à ceratoplastia penetrante em olho direito, sendo encontrado achado incomum de multiplicidade de camadas da membrana de Descemet, variáveis em forma e espessura, além de corpos ovoides com coloração de metamina de prata de Gocott-Gomori (GMS) negativa. Como a membrana de Descemet tem no seu desenvolvimento um período fetal e outro pós-natal que frequentemente é bem identificável nos cortes histológicos em adultos. No caso apresentado, em que outras camadas estão presentes, há evidência de corpos esféricos que poderiam significar que a potencialidade de produzir outras camadas pode permanecer na fase adulta mais tardia.
ABSTRACT To relate a case not described previously in the national multilateral ophthalmological literature of Descemet's membrane. A 59-year-old pseudophakic woman diagnosed with bullous keratopathy underwent penetrating keratoplasty with an unusual finding of multiple layers of Descemet's membrane, which were variable in shape and thickness. In addition, ovoid bodies with negative Gocott-Gomori (GMS) color were present. Discussion and Conclusion: As Descemet's membrane has a fetal and a postnatal period in its development, it is frequently and well identifiable in histological sections in adults. In the case presented, in which other layers are present, there is evidence of spherical bodies that could mean that the potential to produce other layers may remain into later adulthood.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte d'âge moyen , Oedème cornéen/diagnostic , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Lame limitante postérieure/malformations , Épidémiologie Descriptive , Diagnostic différentiel , Microscopie/méthodesRÉSUMÉ
ABSTRACT Objective To identify preoperative clinical characteristics of patients undergoing femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty who failed to achieve optimal postoperative visual outcomes. Methods In this single-center, retrospective case series, patients who underwent femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty between 2013 and 2018 were included if they required graft revision, subsequent corneal procedure, or additional postoperative visits for a femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty-related issue. Visual outcomes assessed included best-corrected visual acuities and postoperative corneal astigmatism. Results Eight eyes of eight patients meeting the above criteria were included. Mean patient age was 64.5 years (range, 21 to 89 years). Mean included preoperative best-corrected visual acuities was one logarithm of the minimum angle of resolution (range, 0.3 logarithm of the minimum angle of resolution to counting fingers). Indications for femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty included anterior stromal scarring due to viral keratitis (two cases), bacterial keratitis (one case), chronic epithelial defect (one case), Avellino dystrophy (one case), trauma (one case), and chronic endothelial failure (two cases). Six patients had history of prior intraocular surgeries including phacoemulsification (four cases), pars plana vitrectomy (one case), endothelial keratoplasty (two cases), and trabeculectomy (one case). Mean included best-corrected visual acuities at most recent follow-up was one logarithm of the minimum angle of resolution (range zero logarithm of the minimum angle of resolution to hand movements) representing improvement or stability in six of eight patients. Visually significant corneal astigmatism was present in four of eight patients. Post-femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty procedures included graft repositioning, arcuate keratotomy, phacoemulsification, and regraft. Conclusion While femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty offers a less-invasive treatment option compared to penetrating keratoplasty, intraoperative and postoperative management can be complex. Femtosecond laser-assisted anterior lamellar keratoplasty in patients with history of prior endothelial keratoplasty or ongoing ocular comorbidities should be pursued with caution.
RESUMO Objetivo Identificar as características clínicas pré-operatórias de pacientes submetidos à ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo que não alcançaram resultados visuais pós-operatórios ideais. Métodos Nesta série de casos retrospectiva em um único centro, os pacientes submetidos à ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo entre 2013 e 2018 foram incluídos se precisassem de revisão do enxerto, procedimento corneano subsequente ou visitas pós-operatórias adicionais por uma intercorrência relacionada à ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo. Os resultados visuais avaliados incluíram melhor acuidade visual corrigida e astigmatismo pós-operatório da córnea. Resultados Oito olhos de oito pacientes que atenderam aos critérios descritos foram incluídos. A idade média dos pacientes foi de 64,5 anos (variação de 21 a 89). A melhor acuidade visual corrigida pré-operatória média foi de um logaritmo do mínimo ângulo de resolução (variação de 0,3 logaritmo do mínimo ângulo de resolução para contagem de dedos). As indicações para ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo incluíram cicatriz do estroma anterior devido à ceratite viral (dois casos), ceratite bacteriana (um caso), defeito epitelial crônico (um caso), distrofia de Avellino (um caso), trauma (um caso) e insuficiência endotelial crônica (dois casos). Seis pacientes tinham história de cirurgias intraoculares anteriores, incluindo facoemulsificação (quatro casos), vitrectomia via pars plana (um caso), ceratoplastia endotelial (dois casos) e trabeculectomia (um caso). O mínimo ângulo de resolução médio no acompanhamento mais recente foi de um logaritmo do mínimo ângulo de resolução (variação de zero logaritmo do mínimo ângulo de resolução para movimentos das mãos), representando melhora ou estabilidade em seis de oito pacientes. Astigmatismo corneano visualmente significativo estava presente em quatro de oito pacientes. Os procedimentos pós-ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo incluíram reposicionamento do enxerto, ceratotomia arqueada, facoemulsificação e enxerto. Conclusão Embora a ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo ofereça uma opção de tratamento menos invasiva em comparação com a ceratoplastia penetrante, o manejo intra e pós-operatório pode ser complexo. A ceratoplastia lamelar anterior assistida por laser de femtossegundo em pacientes com história de ceratoplastia endotelial anterior ou comorbidades oculares correntes deve ser avaliada com cautela.
Sujet(s)
Humains , Transplantation de cornée/méthodes , Cornée/chirurgie , Complications postopératoires , Réfraction oculaire , Études rétrospectives , Kératoplastie transfixiante , Résultat thérapeutique , Chirurgie de la cornée par laser/méthodes , Thérapie laser/méthodes , Kératite , LasersRÉSUMÉ
RESUMO Objetivo: Descrever o perfil clínico, cirúrgico e geográfico de pacientes acompanhados em um hospital universitário e submetidos a transplante de tecido corneano penetrante, com descrição das indicações para o procedimento e do tempo médio na fila de espera. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo, incluindo 40 olhos de 40 pacientes submetidos à ceratoplastia penetrante no período de 1° de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2019, acompanhados em um hospital universitário em Alagoas. Os dados foram coletados por meio das fichas de informações cirúrgicas dos transplantes de córnea da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos de Alagoas, adaptados aos objetivos da pesquisa. Resultados: Dos transplantes de córnea estudados, 52,5% (n=21) foram realizados em pacientes do sexo feminino, 62,5% (n=25) na faixa etária acima de 60 anos, com média de idade de 59,17 anos (±20,4). Todos ocorreram em pacientes que residiam no estado de Alagoas, sendo 60% deles na região intermediária de Maceió. As principais indicações para o transplante de córnea foram ceratopatia bolhosa do pseudofácico (n=11; 27,5%), descemetocele (n=9; 22,5%) e falência tardia do enxerto (n=6; 15%). Dentre os procedimentos, 70% foram realizados no olho esquerdo (n=28) e 65%(n=26) com propósito óptico; houve associação de extração de catarata em 22,5% (n=9), e 5% (n=2) apresentaram complicações peroperatórias. O tempo médio geral em lista de espera foi de 332,3 dias (11 meses), sendo 486 dias (2 anos e 4 meses) para cirurgias eletivas e 12,8 dias para as de urgência. Conclusão: O tempo de espera para cirurgias eletivas foi longo e inadequado. A principal condição indicadora para o transplante de córnea foi a ceratopatia bolhosa. O conhecimento do perfil dos transplantes de córnea pode permitir a identificação de grupos de risco para fins de prevenção e implementação de cuidados, que resultem em prognósticos mais favoráveis, bem como incentivar a implementação de políticas internas e externas para melhoria do sistema captação-doação.
ABSTRACT Objective: To describe the clinical, surgical, and geographic profile of patients submitted to corneal transplantation and followed up at a teaching hospital, and, with a description of the indications for the procedure and mean waiting time. Methods: A cross-sectional and retrospective study, including 40 eyes of 40 patients who underwent penetrating keratoplasty, from January 1, 2018 to December 31, 2019, followed up at a teaching hospital in Alagoas State. Data were collected using the surgical records of corneal transplants, from the Central Reporting, Procurement and Distribution of Organs and Tissues of Alagoas, and adjusted to the research objectives. Results: Of the corneal transplants studied, 52.5% (n=21) were performed in female patients; 62.5% (n=25) in the age group over 60 years; with a mean age of 59.17 years (± 20.4). All transplanted patients lived in the state of Alagoas, 60% of them in the intermediate metropolitan region of Maceió. The main indications for corneal transplantation were pseudophakic bullous keratopathy (27.5%, n=11), descemetocele (22.5%, n=9) and late graft failure (15%, n=6). Seventy percent (n= 28) of procedures were performed on the left eye and 65% (n=26) for optical purposes. There was an association of cataract extraction in 22.5% (n=9), and 5% (n=2) had perioperative complications. The mean waiting list time was 332.3 days (11 months); in that, 486 days (2 years and 4 months) for elective surgeries and 12.8 days for emergency surgeries. Conclusion: The waiting time for elective surgeries was long and inappropriate. The major indication for corneal transplantation was bullous keratopathy. Knowledge of the clinical profile of corneal transplants can enable identifying the risk groups for prevention and implementation of care, resulting in better prognosis, fostering implementation of internal and external policies to improve the procurement-donation system.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Transplantation de cornée/méthodes , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Maladies de la cornée/épidémiologie , Hôpitaux universitaires , Brésil , Épidémiologie Descriptive , Études transversales , Études rétrospectivesRÉSUMÉ
ABSTRACT This article reports a combined technique of sutureless intrascleral fixated intraocular lens implantation and Descemet membrane endothelial keratoplasty in a patient with anterior pseudophakic bullous keratopathy. Two scleral tunnels were created, corneal incisions were made, and a foldable intraocular lens was cut and removed from the anterior chamber. After performing anterior vitrectomy, a 3-piece foldable intraocular lens was implanted into the anterior chamber. One of the intraocular lens haptics was grasped with a forceps and pulled out from the scleral tunnel. Then, the end of the haptic was cauterized. Similar maneuvers were applied for the other haptic. Next, an 8-mm-diameter donor tissue was prepared, and the recipient endothelial tissue was peeled and removed from the center of the recipient cornea. The prepared donor tissue was injected into the anterior chamber. After proper opening and placement of the donor tissue, an air bubble was injected below the tissue. There were no postoperative complications during the 1-month follow-up.
RESUMO Relato de uma técnica que combina o implante de uma lente intraocular com fixação intraescleral sem sutura e uma ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet em paciente com ceratopatia bolhosa pseudofácica anterior. Foram criados dois túneis esclerais. Foram feitas incisões na córnea e a lente intraocular dobrável foi cortada e removida da câmara anterior. Foi então efetuada uma vitrectomia anterior e uma lente intraocular dobrável de 3 peças foi implantada na câmara anterior. Um dos hápticos da lente intraocular foi pinçado com um fórceps e puxado para fora do túnel escleral. A extremidade do háptico foi cauterizada. Manobras semelhantes foram feitas no outro háptico. Foi preparado um tecido de doador com 8 mm de diâmetro e o tecido endotelial da área receptora foi removido do centro da córnea. O tecido preparado do doador foi injetado na câmara anterior. Após abertura e posicionamento adequados do tecido do doador, foi injetada uma bolha de ar abaixo do tecido. Não foi observada nenhuma complicação pós-operatória durante um mês de acompanhamento.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Sujet âgé , Transplantation de cornée , Lentilles intraoculaires , Sclère/chirurgie , Instruments chirurgicaux , Pose d'implant intraoculaire , Lame limitante postérieureRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: The length of Descemet's membrane and donor graft sizes in deep anterior lamellar keratoplasty do not match in very steep corneas, which can lead to Descemet's membrane folds. The aim of this study is to establish a theoretical model for graft size calculations for deep anterior lamellar keratoplasty and evaluate its efficacy for preventing Descemet's membrane folds. Methods: We calculated the arc diameter of the recipient bed by using the cosine formula and developed a table to aid surgeons in donor punch size selection. To test the usefulness of this formula, we evaluated the development of Descemet's membrane folds in keratoconus patients with very steep corneas (K >60 D). In group 1, deep anterior lamellar keratoplasty surgeries were performed using graft sizes that were determined based on our model (n=31). In group 2, graft sizes were determined based on the empirical judgment of the surgeon without any formal calculation (n=30). Results: Our theoretical calculations demonstrated that the diameter of donor punch sizes needed to prevent Descemet's membrane fold increases when the cornea is steeper, or the trephine size is larger. We tested the efficacy of this model on the clinical outcome of deep anterior lamellar keratoplasty. The mean age (28.9 ± 10.1 years vs. 32.8 ± 8.3 years, p=0.11) and preoperative K1 (59.2 ± 9.3 D vs. 58.1 ± 9.4 D, p=0.67), K2 (66.2 ± 6.0 D vs. 65.7 ± 7.4 D, p=0.81), and Km values (62.1 ± 7.7 D vs. 61.8 ± 8.1 D, p=0.88) were similar between the two groups. Three patients developed Descemet's membrane folds in group 2, and none of the patients developed Descemet's membrane folds in group 1. These results supported our theo retical calculations. Conclusion: Adjustment of donor graft size based on the calculated arc diameter of the recipient bed reduced the development of Descemet's membrane folds after deep anterior lamellar keratoplasty in steep corneas.
RESUMO Objetivo: O comprimento da membrana de Descemet e o tamanho do enxerto doador na ceratoplastia lamelar anterior profunda não coincidem em córneas muito íngremes, o que pode levar às dobras da membrana de Descemet. O objetivo deste estudo é estabelecer um modelo teórico para cálculo do tamanho do enxerto para ceratoplastia lamelar anterior profunda e avaliar a sua eficácia na prevenção de dobras da membrana de Descemet. Métodos: Calculamos o diâmetro do arco do leito receptor usando a fórmula do cosseno e desenvolvemos uma tabela para auxiliar os cirurgiões na seleção do tamanho da punção no doador. Para testar a utilidade dessa fórmula, avaliamos o desenvolvimento das dobras da membrana de Descemet em pacientes com ceratocone com córneas muito íngremes (K>60D). No grupo 1, foram realizadas cirurgias de ceratoplastia lamelar anterior profunda, utilizando tamanhos de enxerto que foram determinados com base em nosso modelo (n=31). No grupo 2, os tamanhos dos enxertos foram determinados com base no julgamento empírico do cirurgião sem qualquer cálculo formal (n=30). Resultados: Nossos cálculos teóricos demonstraram que o diâmetro dos tamanhos da punção do doador necessários para evitar as dobras na membrana de Descemet aumenta quando a córnea é mais íngreme ou o tamanho da trefina é maior. Testamos a eficácia deste modelo no resultado clínico da ceratoplastia lamelar anterior profunda. A média de idade (28,9 ± 10,1 anos vs. 32,8 ± 8,3 anos, p=0,11) e K1 pré-operatório (59,2 ± 9,3 D vs. 58,1 ± 9,4 D, p=0,67), K2 (66,2 ± 6,0 D vs. 65,7 ± 7,4) D, p=0,81) e Km (62,1 ± 7,7 D vs. 61,8 ± 8,1 D, p=0,88) foram semelhantes entre os dois grupos. Três pacientes desenvolve ram dobras na membrana de Descemet no grupo 2, e nenhum dos pacientes desenvolveu dobras na membrana de Descemet no grupo 1. Estes resultados apoiam nossos cálculos teóricos. Conclusão: O ajuste do tamanho do enxerto doador com base no diâmetro do arco calculado do leito receptor reduziu o desenvolvimento das dobras na membrana de Descemet após ceratoplastia lamelar anterior profunda em córneas íngremes.
Sujet(s)
Humains , Adolescent , Adulte , Transplantation de cornée , Lame limitante postérieure , Kératocône , Acuité visuelle , Lame limitante postérieure/chirurgie , Kératocône/chirurgie , Modèles théoriquesRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To evaluate causes and management of congenital corneal opacities (CCO) diagnosed in a tertiary care eye center and to compare the data with a previous study at the same institution. Methods: Computerized medical records in all patients with congenital corneal opacities diagnosed in the Cornea Service at Wills Eye Hospital (Philadelphia, PA) between January 1, 2007, and December 31, 2015, were retrospectively reviewed. Children aged 12 years and younger at the first visit were included in the study. Patients' demographics, ocular diagnosis, laterality, associated ocular abnormalities, other ocular surgery performed prior or subsequent to the first visit, and their treatment were extracted from the medical records. Results: A total of 77 eyes in 56 patients were examined. The mean age at presentation was 32.8 ± 44.2 months, with the mean follow-up period of 26.7 ± 30.1 months. The most frequent diagnosis was Peters anomaly (53.2%), followed by limbal dermoid (13.0%), aniridia with glaucoma and microphthalmos (6.5%), sclerocornea and congenital glaucoma (5.2%), idiopathic (3.9%), Axenfeld-Rieger anomaly and Hurler syndrome (2.6%), and microcornea (1.3%). Primary keratoplasty was performed in 26 eyes, with the outcome rate in the clear cornea of 76.0% during the follow-up. Conclusion: Peters anomaly is the most common cause of congenital corneal opacities encountered at our institution. Penetrating keratoplasty is the most frequent choice of corneal surgery to treat congenital corneal opacities. Additional interventions during penetrating keratoplasty were moderately positively correlated with graft failure. This study also shows the rates of some etiologies of that changed over the recent decades in our tertiary care Cornea Service. Although Peters anomaly remains the most common presenting reason for congenital corneal opacities, its rate appears to be increasing over the recent decade. Congenital corneal opacities due to birth trauma, which is one of the preventable causes, were observed in a previous study in our clinic; however, no new cases were noted in this study.
RESUMO Objetivo: Avaliar as causas e o controle das opa cidades corneanas congênitas diagnosticadas em um centro oftal mológico de atendimento terciário e comparar os dados com um estudo anterior realizado na mesma instituição. Métodos: Prontuários médicos informatizados de todos os pacientes com opacidade corneana congênita diagnosticada no Serviço de Córnea no Wills Eye Hospital (Filadélfia, PA) entre 1º de ja neiro de 2007 e 31 de dezembro de 2015 foram revisados retrospectivamente. Crianças com 12 anos ou menos na primeira consulta foram incluídas no estudo. A demografia dos pacientes, o diagnóstico ocular, a lateralidade, as anormalidades oculares associadas, outras cirurgias oculares realizadas antes ou após a primeira consulta e o tratamento foram extraídos dos prontuários médicos. Resultados: Um total de 77 olhos de 56 pacientes foi examinado. A idade média de apresentação foi de 32,8 ± 44,2 meses, com um tempo médio de acompanhamento de 26,7 ± 30,1 meses. O diagnóstico mais frequente foi anomalia de Peters (53,2%), seguido por dermóide límbico (13,0%), aniridia com glaucoma e microftalmia (6,5%), esclerocórnea e glaucoma congênito (5,2%), idiopático (3,9%), síndrome de Axenfeld-Rieger e síndrome de Hurler (2,6%) e microcórnea (1,3%). Ceratoplastia primária foi realizada em 26 olhos, com desfecho de córnea clara de 76,0% durante o acompanhamento. Conclusão: A anomalia de Peters é a causa mais comum de opacidade corneana congênita encontrada em nossa instituição. A ceratoplastia penetrante é a escolha mais frequente de cirurgia corneana para o tratamento de opacidades corneanas congênitas. Intervenções adicionais durante a ceratoplastia penetrante foram moderadamente correlacionadas positivamente com a falha do enxerto. Este estudo também mostra as taxas de algumas etiologias do que mudou ao longo faz últimas décadas em nosso serviço de córnea de atendimento terciário. Embora a anomalia de Peters continue a ser a causa mais comum das opacidades congênitas da córnea, sua taxa parece estar aumentando na última década. Opacidades congênitas da córnea devido a trauma no nascimento, que é uma das causas evitáveis, foram observadas em um estudo anterior em nossa clínica; no entanto, nenhum caso novo foi observado neste estudo.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Nouveau-né , Nourrisson , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Opacité cornéenne/chirurgie , Opacité cornéenne/congénital , Centres de soins tertiaires , Maladies héréditaires de l'oeil/complications , Malformations oculaires/complications , Glaucome/complications , Dossiers médicaux , Études rétrospectives , Facteurs de risque , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Résultat thérapeutique , Statistique non paramétrique , Cornée/malformations , Cornée/anatomopathologie , Maladies de la cornée/complications , Opacité cornéenne/complications , Pôle antérieur du bulbe oculaire/malformationsRÉSUMÉ
Objetivo identificar as principais complicações intraoperatórias dos pacientes que realizaram ceratoplastias e sua relação com fatores clínicos e cirúrgicos. Método estudo transversal, observacional. Realizou-se um censo dos pacientes submetidos a ceratoplastias que totalizou 258 procedimentos. Resultados foram registradas 22 complicações intraoperatórias, todas em ceratoplastias penetrantes. Do total, 59,09% foram realizadas em pacientes do sexo masculino com idade média de 58,5 anos. A principal complicação intraoperatória notificada foi a perda vítrea (36,36%). Encontrou-se relação estatisticamente significativa entre a variável "complicação intraoperatória" e as variáveis "cirurgia prévia", "ceratoplastia combinada com extração de catarata" e "botão corneano do receptor maior que 8,0 mm". Conclusão identificar as principais complicações intraoperatórias da ceratoplastia possibilita à enfermagem compreender quais fatores podem interferir nesses procedimentos, apontar possíveis fatores preditores das complicações e buscar medidas de controles para que tais complicações não ocorram.
Objective to identify the main intraoperative complications of patients who underwent keratoplasty and relationship between these complications and clinical and surgical factors. Method cross-sectional observational study. A census of the patients submitted to keratoplasty was carried out, which totaled 258 procedures. Results twenty-two intraoperative complications were recorded, all in penetrating keratoplasty surgeries, of which 59.09% were performed in male patients with a mean age of 58.5 years. The main intraoperative complication was vitreous loss (36.36%). A statistically significant relationship was found between the variable "intraoperative complication" and the variables "previous surgery", "combined keratoplasty and cataract extraction" and "corneal host button greater than 8.0 mm". Conclusion identifying the main intraoperative complications of keratoplasty enables nurses to understand which factors may interfere with these procedures, point out possible predictors of complications, and seek control measures so that such complications do not occur.
Objetivo identificar las principales complicaciones intraoperatorias de los pacientes que realizaron queratoplastias y su relación con factores clínicos y quirúrgicos. Método estudio transversal, observacional. Se realizó un censo de los pacientes sometidos a las queratoplastias que tuvo un total de 258 procedimientos. Resultados fueron registradas 22 complicaciones intraoperatorias, todas en queratoplastias penetrantes. Del total, 59,09% fueron realizadas en pacientes del sexo masculino con edad media de 58,5 años. La principal complicación intraoperatoria notificada fue la pérdida vítrea (36,36%). Fue encontrada relación estadísticamente significativa entre la variable "complicación intraoperatoria" y las variables "cirugía previa", "queratoplastia combinada con extracción de catarata" y "botón corneal del receptor mayor que 8,0 mm". Conclusión identificar las principales complicaciones intraoperatorias de la queratoplastia posibilita a la enfermería comprender cuáles factores pueden interferir en estos procedimientos, apuntar posibles factores predictores de las complicaciones y buscar medidas de controles para que tales complicaciones no ocurran.
Sujet(s)
Humains , Transplantation de cornée/rééducation et réadaptation , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Complications peropératoires , Extraction de cataracte , Cornée/physiologie , Oeil/anatomie et histologieRÉSUMÉ
ABSTRACT We report a case of central corneal perforation treated with an autologous lamellar scleral graft and histologic findings obtained after a subsequent penetrating keratoplasty. A corneal perforation within a large Pseudomonas ulcer in a 55-year-old male rigid gas permeable contact lens wearer was sealed by a lamellar scleral graft from the same eye, followed by an uneventful penetrating keratoplasty 6 months later. Histology of the excised button revealed that the well-apposed graft, which maintained the irregular arrangement of the scleral collagen fibers, was embedded in the corneal stroma over the deep blood vessels and a rupture in Descemet's membrane. The clinical and histologic findings showed that autologous lamellar scleral grafts can be successfully used for the emergency treatment of corneal perforation when a corneal transplant is not available. The distinctive scleral structure revealed by histology and the inadequate graft transparency indicate that visual rehabilitation of eyes with a central corneal perforation can be achieved only by a subsequent optic penetrating keratoplasty.
RESUMO Relatamos um caso de perfuração corneana central tratada com enxerto autólogo lamelar de esclera e os achados histológicos obtidos após ceratoplastia penetrante (CP) subsequente. Uma perfuração da córnea devido a uma grande úlcera por Pseudomonas em um usuário de lentes de contato rígidas gás permeável de 55 anos de idade foi selada por um enxerto escleral lamelar do mesmo olho, seguida de ceratoplastia penetrante, sem intercorrências, seis meses depois. A histologia do botão excisado revelou que um enxerto bem posicionado, que manteve o arranjo irregular das fibras de colágeno escleral, foi incorporado no estroma corneano sobre os vasos sanguíneos profundos e uma ruptura na membrana de Descemet. Os achados clínicos e histológicos demonstraram que o enxerto autônomo de esclerose lamelar pode ser usado com sucesso como tratamento de emergência da perfuração da córnea, quando o transplante de córnea não é possível. A estrutura escleral característica revelada pela histologia e a transparência inadequada do enxerto indicam que a reabilitação visual dos olhos com uma perfuração corneana central só pode ser alcançada através de uma ceratoplastia penetrante óptica subsequente.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte d'âge moyen , Sclère/transplantation , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Perforation cornéenne/chirurgie , Sclère/anatomopathologie , Transplantation autologue , Acuité visuelle , Reproductibilité des résultats , Résultat thérapeutique , Cornée/anatomopathologie , Perforation cornéenne/anatomopathologieRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: The purpose of this study was to determine the indications and frequency of evisceration after penetrating keratoplasty (PK). Methods: The medical records of all patients who underwent evisceration after PK between January 1, 1995 and December 31, 2015 at Ankara Training and Research Hospital were reviewed. Patient demographics and the surgical indications for PK, diagnosis for evisceration, frequency of evisceration, and the length of time between PK and evisceration were recorded. Results: The frequency of evisceration was 0.95% (16 of 1684), and the mean age of the patients who underwent evisceration was 56.31 ± 14.82 years. The most common indication for PK that resulted in evisceration was keratoconus (37.5%), and the most common underlying cause leading to evisceration was endophthalmitis (56.25%). The interval between PK and evisceration ranged from 9 to 78 months. Conclusions: Although keratoplasty is one of the most successful types of surgery among tissue transplantations, our findings show that it is associated with a possible risk of evisceration.
RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar as indicações e a frequência de evisceração ocular após cirurgia de ceratoplastia penetrante ou transplante de córnea (PK). Métodos: Foram analisados os registros médicos de todos os pacientes submetidos à evisceração após PK entre 1º de janeiro de 1995 e 31 de dezembro de 2015 no Hospital de Treinamento e Pesquisa de Ankara. Foram registradas a demografia do paciente e as indicações cirúrgicas de PK, diagnóstico de evisceração, frequência de evisceração, tempo entre PK e evisceração. Resultados: A frequência de evisceração foi de 0,95% (16 de 1684) e a média de idade foi de 56,31 ± 14,82 anos. A indicação mais comum para PK que terminou na evis ceração foi o ceratocone (37,5%) e a causa subjacente à evisceração foi a endoftalmite (56,25%). O intervalo entre PK e evisceração variou de 9 a 78 meses. Conclusão: Embora a ceratoplastia seja uma das cirurgias mais bem sucedidas entre os transplantes de tecidos, pode-se deduzir do estudo que não é tão inócua, pois pode evoluir para a evisceração ocular.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Jeune adulte , Complications postopératoires/étiologie , Complications postopératoires/épidémiologie , Kératoplastie transfixiante/effets indésirables , Éviscération du bulbe oculaire/statistiques et données numériques , Réintervention , Facteurs temps , Turquie/épidémiologie , Dossiers médicaux , Endophtalmie/chirurgie , Endophtalmie/étiologie , Endophtalmie/épidémiologie , Incidence , Études rétrospectives , Facteurs de risque , Résultat thérapeutique , Maladies de la cornée/chirurgie , Maladies de la cornée/étiologie , Maladies de la cornée/épidémiologieRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To determine the outcomes of penetrating keratoplasty (PK) for treatment of corneal scarring caused by Herpes simplex virus (HSV) keratitis, and whether the corneal scar type affects treatment outcome. Methods: A retrospective analysis of patients who underwent PK for HSV-related corneal scarring between January 2008 and July 2011 was performed. The patients were categorized into two groups. Group 1 consisted of patients with a quiescent herpetic corneal scar and group 2 consisted of patients who developed a corneal descemetocele or perforation secondary to persistent epithelial defects with no active stromal inflammation. The mean follow-up was 21.30 ± 14.59 months. The main parameters evaluated were recurrence of herpetic keratitis, graft rejection, graft failure, visual acuity, and graft survival rate. Results: There were 42 patients in group 1 and 13 in group 2. Preoperative BCVA varied from hand movements to 0.7 logMAR. Postoperatively, 34 patients (61.8%) achieved visual acuity of 0.6 logMAR or more. Recurrence of HSV keratitis was noted in 12 (28.57%) eyes in group 1 and 4 (30.76%) eyes in group 2 (p=0.40). Graft rejection occurred in 4 eyes (9.52%) in group 1 and in 3 (23.07%) eyes in group 2 (p=0.58). The 1-, 2-, and 3-year graft survival rates were 91.9%, 76.0%, and 65.1% in group 1, and 89.5%, 76.0%, and 63.6% in group 2 (p=0.91), respectively. Conclusions: Although there were different recurrence and graft rejection rates for two groups, the graft survival rates at 3 years were similar. According to our results, without inflammation, corneal herpetic scarring with a descemetocele or perforation achieved similar graft survival rates with quiescent herpetic corneal scars.
RESUMO Objetivo: Determinar os resultados da ceratoplastia penetrante (PK) para o tratamento da cicatriz da córnea consequente à ceratite por Herpes simplex vírus (HSV), e se o tipo de cicatriz na córnea afeta o resultado cirúrgico. Métodos: Foi realizada análise retrospectiva dos pacientes, submetidos à PK para a cicatriz da córnea relacionados com o HSV entre janeiro de 2008 e julho de 2011. Os pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo 1 consistiu de pacientes que tiveram cicatriz corneana herpética quiescente e grupo 2 consistiu de pacientes que desenvolveram descemetocele ou perfuração córnea secundária a defeitos epiteliais persistentes sem inflamação estromal ativa. O seguimento médio foi de 21,30 ± 14,59 meses. Os principais parâmetros avaliados foram recorrência de ceratite herpética, rejeição de enxerto, falência do enxerto, acuidade visual e taxa de sobrevida do enxerto. Resultados: Foram avaliados 42 pacientes do grupo 1 e 13 doentes do grupo 2. Acuidade visual pré-operatória variou de movimentos das mãos (HM) para 0,7 logMAR. No pós-operatório, 34 pacientes (61,8%) atingiram acuidade visual de 0,6 logMAR ou melhor. Doze olhos (28,57%) tiveram recorrência de HSV ceratite no grupo 1, e quatro olhos (30,76%) tiveram recorrência no grupo 2 (p=0,40). A rejeição do enxerto ocorreu em 4 olhos (9,52%) no grupo 1, e em 3 olhos do grupo 2 (23,07%; p=0,58), taxa de sobrevivência do enxerto foi de 91,9% a 1 ano, 76,0% aos 2 anos e 65,1% aos 3 anos no grupo 1, e 89,5% a 1 ano, 76,0% aos 2 anos e 63,6% aos 3 anos no grupo 2 (p=0,91). Conclusões: Embora diferentes taxas de recorrência e de rejeição do enxerto foram encontradas nos dois grupos, a taxa de sobrevida do enxerto em 3 anos foi semelhantes nos dois grupos. De acordo com nossos resultados, em casos sem inflamação, a cicatriz herpética da córnea com descemetocele ou perfuração demonstra as taxas de sobrevivência do enxerto semelhantes às da cicatriz corneana herpética quiescente.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Kératite herpétique/complications , Lésions de la cornée/chirurgie , Rejet du greffon , Survie du greffon , Antiviraux/usage thérapeutique , Aciclovir/usage thérapeutique , Acuité visuelle , Études rétrospectives , Résultat thérapeutique , Kératite herpétique/chirurgie , Lésions de la cornée/virologieRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To report the visual rehabilitation outcomes and complications of patients fitted with mini-scleral rigid gas-permeable (RGP) contact lenses (mini-SCLs) after penetrating keratoplasty. Methods: We retrospectively reviewed 27 eyes (21 patients) that were fitted with mini-SCLs between October 2013 and December 2014. We analyzed demographic data, previous corneal disorders, visual outcomes, interval from keratoplasty to contact lens fitting, topographic and specular microscope data, fitted contact lens parameters, and complications. The patients were divided into two groups according to the elapsed time since surgery: Group A, grafts with <10 years (n=14 eyes); and Group B, grafts with ≥10 years (n=13 eyes). Results: Lens use was discontinued in four eyes, and microbial keratitis developed in one eye during follow-up. No corneal graft rejection was observed. The mean interval between grafting and initial contact lens fitting was 10.6 ± 7.3 years (range: 1-29 years). The most frequent reason for keratoplasty was keratoconus (22 eyes, 81.4%). The mean contact lens-corrected visual acuity (CLCVA) was 0.09 ± 0.12 logMar (range: 0.50-0.00 logMar). The average topographic astigmatism, mean steepest keratometry (Kmax), and average cellularity on specular microscopy were 6.19 ± 3.49 diopters (D), 58.4 ± 7.8 D, and 1,231 ± 723 cells/mm2, respectively. Conclusions: Mini-SCL use allowed successful visual rehabilitation after corneal keratoplasty, particularly in patients who required corrective lenses for low visual acuity and were unable to wear RGP contact lenses. Our results indicate that mini-scleral lenses may be an option for the treatment of corneal irregularities, such as those associated with keratoplasty.
RESUMO Objetivos: Avaliar a reabilitação visual e complicações com o uso de lentes de contato rígidas gás-permeáveis mini-esclerais em pacientes submetidos ao transplante penetrante de córnea. Métodos: Estudo retrospectivo de 27 olhos (21 pacientes) adaptados com lentes de contato mini-esclerais entre outubro de 2013 e dezembro de 2014. Informações demográficas, doença corneana prévia, acuidade visual, tempo decorrido entre transplante e adaptação da lente, dados topográficos e de microscopia especular, parâmetros da lente de contato adaptada e complicações foram analisadas. Os pacientes foram divididos em dois grupos, levando em consideração o tempo decorrido do transplante de córnea: menos de 10 anos (Grupo A, n=14 olhos) e mais de 10 anos (Grupo B, n=13 olhos). Resultados: Quatro olhos desistiram do uso da lente de contato e 1 paciente apresentou quadro de ceratite infecciosa durante o período de acompanhamento. Não ocorreu episódio de rejeição de botão corneano transplantado durante o período avaliado. O tempo médio entre o transplante e a adaptação da lente de contato foi de 10,6 ± 7,3 anos (variação de 1 a 29 anos) e a causa mais frequente de ceratoplastia foi ceratocone (22 olhos, 81,4%). A acuidade visual média corrigida com lente de contato foi de 0,09 ± 0,12 logMar (variação de 0,50 a 0.00 logMar). O astigmatismo topográfico médio foi de 6,19 ± 3,49 dioptrias (D), a ceratometria média mais curva (Kmax) foi 58,4 ± 7,8 D e a celularidade média na microscopia especular foi 1.231 ± 723 células/mm2. Conclusões: Este estudo retrospectivo mostra o sucesso da adaptação de lentes de contato mini-esclerais na reabilitação visual após o transplante de córnea, especialmente em pacientes com baixa acuidade visual com óculos e intolerância ao uso de lentes de contato rígidas gás-permeáveis. Nossos resultados demonstram que as lentes de contato mini-esclerais são um opção para córneas com irregularidades corneanas, assim como aquelas após o transplante de córnea.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Astigmatisme/chirurgie , Kératoplastie transfixiante/rééducation et réadaptation , Lentilles de contact/effets indésirables , Kératite/rééducation et réadaptation , Kératocône/chirurgie , Complications postopératoires , Astigmatisme/complications , Facteurs temps , Acuité visuelle , Études rétrospectives , Kératoplastie transfixiante/effets indésirables , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
Objective To observe the curative effects of pterygium excision combined with autologous limbal stem cell transplantation in the treatment of primary pterygium.Methods 50 cases (72 eyes) of primary pterygium were selected in our hospital.According to the method of random number table,50 canses were divided into the control group (37 eyes) underwent pterygium excision and the study group (35 eyes) received autologous limbal stem cell transplantation on the basis of the control group,with 25 cases in each,and the efficacy were compare between the two groups.Results The healing time of study group[(3.02±0.37)d] was significantly shorter than in the control group[(6.85±0.48)d](t=2.95,P=0.01) and the recurrence rate (20%) was significantly lower than in the control group (52%) (x2=10.35,P=0.03),and the postoperative complications rate (8%) was significantly lower than in the control group (36%) (x2=13.94,P=0.03).Conclusion Compared with pure pterygium excision,pterygium excision combined with autologous limbal stem cell transplantation in the treatment of primary pterygium has higher clinical efficacy,which can effectively shorten the repair time and reduce recurrence rate,with high safety,so it is worthy of further promotion and application in clinic.
RÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: To evaluate the long-term outcomes of medically or surgically treated patients with atopic keratoconjunctivitis (AKC). Methods: Charts of 16 patients with AKC (32 eyes) observed between 1996 and 2013 were reviewed retrospectively. Outcome measures included demographic features, follow-up duration, and biomicroscopic findings at the first and most recent visits. The corrected distance visual acuity (CDVA; in decimal units) was evaluated at the initial visit and the 1-, 6-, and 12-month follow-up visits. Results: In the medically treated group (25 eyes of 15 patients), the median follow-up duration was 3 (range, 1-9) years, and the median CDVA values were 0.01 (0.001-1.0) at the first visit and 0.01 (0.001-0.8) at the most recent visit (p=0.916). In the penetrating keratoplasty (PK) group (7 eyes of 6 patients), the median follow-up duration was 7 years (range, 1-11), and the median CDVA increased from 0.01 (0.001-0.01) to 0.2 (0.001-0.7) postoperatively (p=0.043). Conclusion: Whereas most AKC patients maintained a useful CDVA with medical treatment, PK may be required in some cases. Despite the frequent occurrence of complications, PK can significantly improve the CDVA.
RESUMO Objetivo: Avaliar os resultados a longo prazo em ceratoconjuntivite atópica (AKC) pacientes que foram tratados clinicamente ou cirurgicamente. Métodos: Os prontuários de 16 pacientes (32 olhos) com AKC, que foram acompanhados entre 1996 e 2013 foram avaliados retrospectivamente. As medidas adotadas foram as características demográficas, tempos de seguimento, e resultados biomicroscópicos da visita inicial e da visita mais recente. A acuidade visual corrigida para distância (CDVA), apresentada em unidades decimais, foi avaliada na visita inicial e nas visitas do 1º mês, 6º mês e 1º ano de seguimento. Resultados: No grupo tratado clinicamente (25 olhos de 15 pacientes), a mediana do tempo de seguimento foi de 3 anos (variação, 1-9) e a CDVA média foi de 0,01 (0,001-1,0) na visita inicial e 0,01 (0,001-0,8) na visita mais recente (p=0,916). No grupo de ceratoplastia penetrante (PK) (7 olhos de 6 pacientes), a mediana de tempo de seguimento foi de 7 anos (variação, 1-11) e a CDVA média aumentou de 0,01 (0,001-0,01) para 0,2 (0,001-0,7) (p=0,043) no pós-operatório. Conclusões: Embora a maioria dos pacientes AKC mantém a CDVA útil com o tratamento clínico, alguns necessitam de PK a fim de obter CDVA útil. Embora as complicações pós-PK ocorrem com freqüência, a CDVA pode melhorar significativamente.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Adulte , Sujet âgé , Jeune adulte , Conjonctivite allergique/thérapie , Acuité visuelle/physiologie , Kératoplastie transfixiante , Kératoconjonctivite/thérapie , Conjonctivite allergique/chirurgie , Études cas-témoins , Études rétrospectives , Études de suivi , Résultat thérapeutique , 29918 , Kératoconjonctivite/chirurgieRÉSUMÉ
ABSTRACT Purpose: The optical quality of the interface after deep anterior lamellar keratoplasty (DALK) using the big-bubble technique has been shown to be excellent, leading to results comparable to penetrating keratoplasty. However, there is little in the literature with respect to the controversy surrounding the preparation of the donor cornea. The purpose of this study was to evaluate visual acuity (VA) in patients with keratoconus who underwent DALK without removal of the donor graft endothelium. Methods: The records of 90 patients who underwent DALK without the removal of the Descemet membrane (DM) and endothelium were retrospectively reviewed. Data collected included uncorrected VA (UCVA) and spectacle-corrected VA (SCVA) at 7, 30, 180 days, and 1 year postoperatively. Contact lens-corrected visual acuity (CLVA) was evaluated after 1 year of the procedure. Results: UCVA was significantly better than preoperative values at 7 days (p<0.001), 30 days (p<0.001), 180 days (p<0.001), and 1 year (p<0.001) after surgery. The 1-year postoperative mean SCVA and CLVA also improved when compared with preoperative SCVA (p<0.001 for both). Conclusions: DALK utilizing donor corneas with attached Descemet membrane and endothelium results in satisfactory VA in patients with keratoconus.
RESUMO Objetivos: A qualidade óptica da interface após ceratoplastia lamelar anterior profunda (DALK) utilizando a técnica de "Big Bubble" mostrou-se ser excelente, levando a resultados comparáveis aos da ceratoplastia penetrante. No entanto, há poucos dados na literatura com respeito à controvérsia em torno da preparação da córnea doadora. O objetivo deste estudo foi avaliar a acuidade visual (VA) em pacientes com ceratocone submetidos DALK sem a remoção da membrana de descemet e endotélio do tecido doador. Métodos: Os prontuários de 90 pacientes que foram submetidos a DALK sem a remoção da membrana Descemet (DM) e do endotélio foram avaliados retrospectivamente. Os dados coletados incluíram VA sem correção (UCVA) e VA corrigida por óculos (SCVA) aos 7, 30, 180 dias, e 1 ano de pós-operatório. A acuidade visual corrigida por lente de contato (CLVA) foi avaliada após 1 ano do procedimento. Resultados: UCVA no pós-operatório melhorou após 7 dias (p<0,001); 30 dias (p<0,001); 180 dias (p<0,001); e após 1 ano (p<0,001). Ocorreu melhora da SCVA pré-operatória quando comparada com a SCVA e CLVA após 1 ano (p<0,001 para ambos). Conclusão: Transplante lamelar anterior utilizando córneas doadas com membrana de Descemet e endotélio demonstrou resultados visuais satisfatórios em pacientes com ceratocone.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adolescent , Adulte , Jeune adulte , Donneurs de tissus , Endothélium de la cornée/transplantation , Acuité visuelle/physiologie , Kératoplastie transfixiante/méthodes , Lame limitante postérieure/chirurgie , Kératocône/chirurgie , Période postopératoire , Facteurs temps , Études rétrospectives , Résultat thérapeutique , Période préopératoire , Traitements préservant les organes/méthodes , Rejet du greffonRÉSUMÉ
ABSTRACT One patient with a history of trabeculectomy with Mitomicin C 0.02%, but no history of systemic disorders, exhibited unilateral corneal lipid infiltrates, together with deep stromal vascularization. She was treated with a bevacizumab injection and penetrating keratoplasty. No sign of recurrence was noted after one year post-operative.
RESUMO Um paciente com história de trabeculectomia com Mitomicina C 0,02%, sem doenças sistêmicas pré-existentes, apresentou infiltrado lipídico corneano unilateral associado à vascularização intraestromal profunda. Injeção subconjuntival de Bevacizumabe foi realizada e posterior ceratoplastia penetrante. Não houve sinais de recorrência em um ano.