Résumé
Entre 1971 e 1985, o implante de marca-passo cardíaco artificial permanente (MPCAP) foi necessário em 38 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca (CC). A cardiopatia que motivou CC era congênita em 9 e adquirida em 29 pacientes (valvar em 17, isquêmica em 11 e miocardiopatias em 1) e a arritmia que requereu implante do MPCAP foi diagnosticada, no pré-operatório, em 5 pacientes, ocorreu por trauma cirúrgico em 19 e manifestou-se tardiamente em 14 pacientes. A técnica de implante do MPCAP foi a transvenosa em 20 e transtorácica em 18. Originalmente, foi utilizada a estimulaçäo ventricular de demanda em 37 procedimentos e um paciente recebeu MPCAP atrioventricular seqüencial. Näo ocorreram óbitos durante o implante de MPCAP simultâneo (n=10) ou posterior (n=28) à CC, mas, tardiamente, 3 pacientes faleceram, sendo dois por insuficiência cardíaca congestiva e outro por arritmia ventricular. O acompanhamento pós-operatório mostrou diversos eventos implicando em nova CC, reprogramaçäo ou reimplante de MPCAP, mas a evoluçäo clínica tem sido satisfatória para os pacientes sobreviventes. Concluiu-se que a associaçäo de CC e MPCAP contribuiu para uma sobrevivência adequada, resguardadas, a necessidade de um acompanhamento pós-operatório criterioso e a versatilidade nas técnicas e modos de estimulaçäo cardíaca artificial